Um casamento garante-te novos vôos. Ou não.
Casar de branco, com um vestido enorme e um ramo de flores, é o sonho declarado de muitas celebridades: Luciana Abreu, Miley Cyrus, Alexandra Lencastre e, obviamente, Miguel Veloso.
Para muitos haverá algum valor simbólico nisto.
Para outros, apenas o prazer material de, na estante da sala, guardar a fotografia do dia mais bonito das suas vidas.
E pode, na verdade, ser o dia mais bonito das suas vidas.
Especialmente quando se nasce na Rinchoa.
Naquele dia, tudo está feito ao gosto dos noivos.
O local da cerimónia. A ementa. O carro.
A música de fundo do almoço.
E no final, se assim o desejarem, um belo fogo de artifício.
Mas se for terrorista, também se arranja alguma coisa para si.
(E agora, uma novidade neste blog: Uma hiperligação para a notícia que vos vou falar neste artigo! O que acham da ideia?)
Na vila italiana de Suvereto um avião embateu numa pousada quando passava por cima de um casamento, no momento em que a noiva atirava o ramo de flores às solteiras ali presentes.
Isto porque os noivos acharam que era fofo um avião passar por cima deles naquele dia.
Ora, reza a história que quem agarrar o ramo de flores será a próxima pessoa a casar-se.
Ironia ou talvez não, quem ficou com o dito ramo foi o motor do avião ultra-leve que sobre eles passava, e instantes depois este casou-se com um belo edifício de betão armado.
Para nós, gente de boa formação - Sim, porque quem me lê é, com certeza, bem formado. De outra forma já me tinha ofendido de todas as formas possíveis na zona de comentários. -, esta é uma situação triste.
Mas imaginem que Bin Laden se casava.
Isto seria, para ele, o equivalente a atar as latas de Coca-Cola ao carro dos noivos, no final da noite.
E, atendendo ao número de mulheres que o Osama tem, seria também um grande empurrão para a indústria aeronáutica.
Mas... Quem é que anseia ter um avião a sobrevoar a sua cerimónia de casamento?
Só Bill Clinton, assumindo que o avião simboliza um valente "Please, get me out of here!"
Eu gostava, isso sim, de me casar dentro de um avião.
E depois de já ter a aliança no dedo, atirava-me com a minha esposa do avião, ambos munidos dos nossos pára-quedas, e juntos aterrávamos nesse novo mundo da vida a dois.
E, acreditem, gostava imenso de partilhar este meu sonho com muitas pessoas.
Gostava de ver muita gente a casar-se desta forma.
Entre os quais a Elsa Raposo e o João Kléber.
Mas neste caso sem pára-quedas, claro.