Sem título.
Não faço a mínima ideia de quantos dias passaram desde a criação deste blog.
Posso ainda assim dizer com rigor, à boa moda deste espaço, que foram nele escritos, até agora, 407 artigos, não querendo de forma alguma fazer publicidade à Peugeot com este número.
E este artigo será o quatrocentésimo oitavo.
Será, talvez, o último.
A vontade de escrever acabou há algum tempo, e o tempo para o fazer há muito que não se escreve.
Neste espaço foram poucos os limites que impus.
E marcou, para mim, uma passagem da adolescência para a fase prematura da vida adulta muito divertida.
Escrevia porque queria ver como eram interpretadas as ideias que tinha, queria testá-las nas mentes das outras pessoas.
E por muito estranho que isto seja para mim, quero agradecer a quem leu estas ideias.
Algumas ideias, reconheço, até tinham algum sentido.
Outras... É melhor não falarmos disso.
Agradeço a quem leu este blog. Amigos e amigas, e até aqueles que eu nunca acreditei que existissem: os desconhecidos.
Os que visitavam este blog, ainda que inadvertidamente, sem que eu lhes tenha falado um dia sequer da existência dele.
É certo que me incomodou sempre escrever e não obter comentários de resposta (afinal, o objectivo era ver a reacção de quem está desse lado), mas fica a certeza de que este final nada tem a ver com a ausência desses comentários.
Mas... Se até as coisas boas da vida têm um princípio e um fim, porque não há-de ter este mísero blog um fim também?