Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

há Dias assim...

Há dias históricos, banais, marcantes, deprimentes, excelentes, maus, magníficos, secantes, fantásticos, desinteressantes e, quiçá, bons. E depois também há Dias assim... Se gosta de Dias assim, parabéns. Está no blog certo.

Há dias históricos, banais, marcantes, deprimentes, excelentes, maus, magníficos, secantes, fantásticos, desinteressantes e, quiçá, bons. E depois também há Dias assim... Se gosta de Dias assim, parabéns. Está no blog certo.

há Dias assim...

29
Out07

Uma amêijoa experiente.

delta_unit

A duração da nossa vida é uma questão que nos inquieta a todos.

Todos nós nos questionamos ocasionalmente:

"Quanto tempo vou eu viver?"

 

Acontece que recentemente foi encontrado o animal mais velho do mundo.

Uma amêijoa, encontrada a norte da Islândia, que se presume ter uma idade compreendida entre os quatrocentos e cinco e os quatrocentos e dez anos. (Heis a notícia, cortesia do Guardian Unlimited.)

Bolas, esta amêijoa ainda viu as vitórias do Benfica!

 

O que é que acham que os cientistas que a encontraram lhe fizeram?

Três opções:

a) Trataram-na com cuidado, pois aquela amêijoa tinha idade para ser quadrisavó deles.

b) Sorriram para ela e deixaram-na em paz, para a deixar viver mais um ou dois séculos.

c) Mataram-na, pois são piores que animais quando toca a não maltratar a natureza.

 

Sim, é a última opção!

A verdade é que eles não repararam, no momento da captura, que a dita amêijoa era assim tão velha.

Se todas as amêijoas tivessem as rugas do Mário Soares, tudo era mais fácil.

E esta notícia seria diferente:

"Foi descoberta uma ruga com formato de amêijoa a norte da Islândia."

 

Quatrocentos e cinco anos ainda é um tempo considerável!

O que raio faz uma amêijoa em 405 anos?

Será que esta amêijoa passou a vida toda a bater palmas com as duas conchas?

Se assim foi, será que nunca entalou a língua durante esses exercícios complicados?

Eu gostava de saber o que raio fazem as amêijoas na vida.

Será que falam umas com as outras?

Será que cochicham acerca daquela amêijoa desavergonhada que passa o dia com as conchas abertas?

 

Façam o que fizerem, conseguem viver quatrocentos anos.

Bolas, também quero uma concha para mim!

29
Out07

Um artigo diferente.

delta_unit

O ser humano é fascinante.

Conseguimos fazer o pino, projectar estruturas enormes, debater a natureza, ir à Lua ou até guardar na memória acontecimentos marcantes.

Somos um ser fascinante, mas há aspectos que nos tornam meros objectos.

 

Ás vezes parecemos ímans de frigorífico.

Ás vezes colamo-nos uns aos outros, e nunca mais descolamos.

Porquê? Porquê?

Porque raio não conseguimos nós viver como ímans que não se colam a nada?

Chega a entristecer que a nossa natureza quase roça a do íman.

Nós agarramo-nos aos outros por natureza, não por sinal de evolução.

 

O pior é que não podemos ser um íman que não se cola a nada.

Porque o íman do frigorífico também não tem piada se não estiver lá.

Na porta do frigorífico.

Fora dele, o íman é apenas uma imagem de um jogador de futebol, um logótipo de uma marca de iogurtes ou uma letra.

É no frigorífico que ele ganha sentido.

É no frigorífico que o íman tem razão de ser.

 

Seria mais fácil não estarmos na porta do frigorífico.

A porta do frigorífico nem sempre está no mesmo sítio.

E está sempre a abrir e a fechar!

Seria mais fácil não haver porta para nós.

Teríamos a possibilidade de vaguearmos à vontade, sem a preocupação de saber "onde está a nossa porta?" ou "será que a porta está aberta ou está fechada?" ou até "será que a porta tem muitas garrafas nela para estar assim tão pesada?".

 

Mas não.

Somos ímans de frigorífico, e teremos de conviver com isso.

Resta esperar que a nossa porta também perceba que, quando nos colamos a ela, é difícil largá-la...

26
Out07

Uma obra prima de humildade.

delta_unit

Foi notícia de abertura do Jornal da Tarde de quarta-feira, como costuma ser todos os anos por esta altura: o ranking oficial de escolas secundárias do país.

E todos os anos é assim:

Há uma escola secundária que é a melhor do país porque se trabalha muito lá dentro, porque os professores são exigentes e porque os alunos têm um bom acompanhamento...

Todos os anos, a mesma conversa.

 

Este ano, o Jornal da Tarde decidiu destacar o Colégio S. João de Brito, pois esta foi a escola do país com mais de cem exames a ter melhores classificações.

Uma vez mais, o discurso é o mesmo:

Acompanhamento por parte dos professores, trabalho e exigência.

Mas na reportagem da RTP (Convido-vos a vê-la aqui! Ao minuto dois o pivot começa a anunciar a notícia.) surge uma frase proferida por uma aluna deste colégio quando, confrontada com o facto de a sobeja maioria dos alunos que frequentam o estabelecimento serem da classe média-alta:

"É um privilégio, mas não sinto que outras pessoas que estão lá fora não possam também ter os mesmos conhecimentos e chegar a um nível tão alto como eu."

 

É, de facto, uma frase a analisar.

Esta aluna do Colégio S. João de Brito tem, realmente, um óptimo acompanhamento por parte dos professores.

E trabalhar... Upa upa, trabalha que nem uma doidivanas!

Mas parece-me que em tantos anos de aulas neste colégio fantástico, ainda não houve um único professor que, por um minuto que fosse, lhe falasse sobre uma coisa muito gira e fofa que às vezes ouvimos falar: humildade.

 

Não. Esta estudante coloca-se no seu alto pedestal de aluna de um colégio da capital e refere-se aos alunos de outros estabelecimentos como sendo "outras pessoas que estão lá fora".

Elitismo? Não.

Idiotice.

 

Esta estudante merece, de facto, a nossa admiração! Nós, pessoas que estamos cá fora, idolatramo-la de forma tão convincente que quando a vimos ajoelhamo-nos sempre.

Eu, confesso: se a vir um dia na rua, peço-lhe um autógrafo.

Ah, não. Ela não anda na rua. A rua é para as outras pessoas que estão lá fora.

Para ela, o mundo é o colégio, a mansão da sua família e o carro que a leva todos os dias à porta do colégio.

Vida social? Não. Isso é para as outras pessoas que estão lá fora.

 

Mas depois esta estudante ainda diz:

"...não possam também ter os mesmos conhecimentos e chegar a um nível tão alto como eu."

Ainda hoje suspiro pelo dia em que consiga ser tão culto e ter um nível tão alto quanto esta rapariga.

A sério.

Aliás, estou a rever o vídeo, só para confirmar se ela não tinha o cabelo branco, um farto bigode e um charuto na mão, enquanto murmurava ao longo do seu discurso "E=mc2".

Mas não. O Einstein era um pouco mais magro.

 

Esta senhora (Sim, senhora. Raparigas são as outras lá de fora!) é, indubitavelmente, um poço de cultura.

Em que dia completou Paulo Portas o seu ensino superior?

Aposto que ela sabe.

E se não souber, pergunta ao papá à hora de jantar, que ele deve conhecer o Portas de certeza.

 

"Eu quero ser mais que perfeito,

maior do que a imaginação."

Assim se cantava no genérico do Pokemón.

 

Eu não. Hoje canto:

"Eu quero ser aluno do Colégio S. João de Brito

Maior que um simples parvalhão."

 

Mas porque raio ainda se fazem rankings destes?

Para engrandecer o ego dos alunos que por sí só já não são humildes por natureza?

25
Out07

A arte de representar.

delta_unit

 

A 4 de Outubro de 2007, Connie Britton afirma em pleno "Late Night with Conan O'Brien" (O melhor talk-show de sempre, ou não tivesse ele o grande host Conan O'Brien.) que não quer perceber nada de futebol americano, pois na série "Friday Night Lights" ela desempenha o papel de mulher de um empresário de futebol americano.

E o argumento dela é simples:

Ela é actriz.

Se ela começasse a perceber de futebol americano, a sua participação na série deixava de ser representação, pois ela já sabia o que estava mesmo a fazer.

Ou seja: Só é interessante representar quando se interpreta um papel ao qual somos completamente alheios.

 

Soraia Chaves já se pronunciou.

E aparentemente não concorda, ao alegadamente dizer:

"Se eu pensasse assim não podia desempenhar o papel de prostituta de luxo no meu próximo filme.

20
Out07

Suécia - A terra prometida?

delta_unit

Porque é que quando se discute algo relativo à sociedade portuguesa as pessoas têm a tendência a comparar sempre a nossa situação com a situação dos países nórdicos?

Parece que, subitamente, todos nós olhámos para o norte da Europa e descobrimos lá o paraíso para viver!

 

Ontem na viagem entre Lisboa e Vila de Rei ouvi Ana Bola, na Antena 3, a comparar a nossa situação com a situação sueca no que toca à utilização da internet!

É incrível mesmo.

Se estamos a falar de economia, comparamo-nos sempre com a Suécia.

Se estamos a falar de comida, falamos que na Suécia é que é bom.

Se pensamos em mobilar a casa, comparamos sempre a mobiladora da esquina ao lado com o Ikea.

É incrível como a Suécia,de repente, invadiu a nossa mentalidade como sendo "A situação ideal".

 

Eu não acredito nisso. A sério.

O Figo acredita.

E eu, no lugar dele, talvez acreditasse também.

Mas não. Sendo eu quem sou, não acredito que tudo na Suécia seja perfeito.

 

É que reparem: A Suécia tem um sistema de saúde sem problemas, o sistema de reformas não está em crise e os políticos são empreendedores. Pode ser verdade.

Mas a Suécia também tem os ABBA! E os Roxette!

Nem tudo é perfeito na Suécia, bolas!

 

E o futebol? Já viram bem o Farnerud a jogar?

 

E o frio? Aquilo é bem lá em cima, já a arranhar o Pólo Norte!

Será que chegam a vender t-shirts na Suécia?

Não! No Verão eles devem vestir casacos à mesma!

Até o hino da Suécia tem uma referência ao frio! Reparem no nome do hino sueco: "Du gamla, Du fria".

É como quem diz: "Este hino é música, mas é música da fria!"

 

A Suécia tem uma coisa boa: Poupam imensa energia em refrigeração.

Quem é que precisa de um frigorífico quando na rua está sempre um frio desgraçado?

Ninguém.

Na Suécia, os camiões de transporte da Iglo não têm cobertura.

"Gelado de ovo? Não. Apenas um pudim que se me esqueceu à janela."

 

Raio, na Suécia a produtividade é maior apenas porque as esplanadas estão cheias de gelo!

Entre isso ou trabalhar, a fábrica do Ikea sempre tem ar condicionado.

 

E ainda me dizem que a Suécia é o país ideal para viver?

Não me convencem.

18
Out07

Pés a ferver.

delta_unit

Passar os dias em casa, envolto no cobertor, com a cara já deformada e muitas histórias para contar aos amigos, deve ser engraçado.

(Com esta frase, pode parecer que vos vou falar da Lili Caneças... Mas não.)

 

Ser velho deve ser engraçado!

O nosso corpo deve começar a desligar-se gradualmente.

Começamos a sentir mais frio. Começamos a perder a memória. As rugas da cara mostram-nos o percurso da vida. E no auge, quiçá, ainda nos candidatamos à presidência da república!

 

Mas é engraçado ver como, com a idade, as pessoas deixam de tolerar o frio.

Nas noites de Inverno percebe-se. Quem é que, de nós, não gosta de calçar a bela da pantufinha quente enquanto se ouve a chuva lá fora?

Mas no Verão, a coisa parece-me estranha. Mas tudo bem: Com a idade deixamos de conseguir aquecer o nosso corpo.

 

A verdade é que, por vezes, fazemos loucuras para aquecermos as nossas pantufas antes de as por nos pés. Sabe bem!

Consta que a Manuela Moura Guedes costuma por as pantufas debaixo da língua só para as aquecer.

 

Mas em Inglaterra, Joan Hiscock, de 84 anos, não olha a meios para aquecer as suas pantufas!

E que tal acender o forno e enfiá-las lá dentro, só para aquecerem um bocadinho? (Heis a notícia, amigos. Com uma fotografia da senhora a segurar umas pantufas. Vale a pena ver, a sério!)

Parece-me boa ideia.

O pior é que com a idade vem o esquecimento.

E esquecermo-nos de pantufas dentro de um forno pode não ser grande ideia.

 

A casa quase ardeu.
E tudo isto porque a senhora Hiscock decidiu dar um uso diferente ao seu forno.

Parece-me inteligente.

Consta que o Santana Lopes também costuma dar um uso diferente aos seus electrodomésticos.

Dizem que no fogão ele queima fotografias de José Mourinho.

E que com o aspirador puxa o cabelo para trás depois de aplicar o gel.

 

Enfim... Confesso que nem sei bem como acabar este artigo.

Será que faço uma piada sobre o sobrenome da protagonista da história?

"Hiscock".

Hummm...

É melhor não.

16
Out07

Face to face, Lord, with the beast.

delta_unit

(Para quem se questionar, eu confirmo mesmo: o título deste artigo vem mesmo da música "Don't You Know?" dos Wraygunn.)

 

Muitos de nós podem pensar que na Nova Zelândia só há râguebi.

Existe, de facto, muito râguebi na Nova Zelândia. Mas há também outras coisas interessantes.

Tubarões, por exemplo.

 

Os tubarões são um mamífero aquático, bem carnívoro, e que gosta tanto de peixe como de carne humana. Um pouco como a Paris Hilton.

A diferença entre estes é apenas o membro que preferem.

Os tubarões têm a tendência para trincar braços e pernas de seres humanos que nadam em praias habitadas por eles...

Já a Mrs. Paris, dizem que trinca outras coisas.

 

Acontece que os ataques de tubarões a seres humanos são uma notícia corrente, nos Estados Unidos, na Austrália e até na Nova Zelândia.

O que a notícia de hoje adiciona é a coragem de uma senhora! (A sério: Leiam mesmo a notícia!)

Chama-se Linda Whitehurst, e fez com um tubarão aquilo de João Salgueiro fez com um toiro quando este atacou o seu cavalo.

A diferença é que Linda Whitehurst conseguiu ser mais convincente que João Salgueiro.

O que me parece normal: Uma neo-zelandesa é capaz de ser mais assustadora para um tubarão do que um toureiro a cavalo português para um toiro, com aqueles casaquinhos todos enfeitados...

 

Linda Whitehurst encontrava-se a fazer ski aquático quando um tubarão branco a surpreendeu. Ela caiu e, dentro de água, enfrentou o tubarão, tal como tinha falado com o seu marido anteriormente.

Ela diz que apenas se tentou mexer e fazer o barulho suficiente para fazer o tubarão pensar que ela era maior que ele.

E o tubarão lá se foi embora!

 

Eu não acho que a história se explique assim.

Dizem que os golfinhos são mais inteligentes que nós, seres humanos.

E dado que eles passam tanto tempo ao lado dos tubarões, já lhes devem ter ensinado alguma coisa!

Como tal, acredito que o tubarão tenha pensado algo como:

"Olha, hoje temos carninha humana para o almoço! Ah, espera lá... Esta só esperneia e grita de forma parva! Secalhar tem aquela doença do 'Síndrome de Mika' que o outro golfinho me contou ontem... É melhor não, é melhor não."

 

Mas a ideia de enfrentar um tubarão parece-me mais lógica que a de enfrentar um toiro, tal como João Salgueiro fez.

Apenas pelo seguinte:

Linda Whitehurst é capaz de nunca ter feito mal a um tubarão.

Como tal, porque raio o tubarão a há-de atacar? É mais fácil apelar aos sentimentos do animal desta maneira...

Já João Salgueiro tinha passado a noite e enfiar ferros nas costas do toiro, estava à espera do quê?

De um sorriso taurino?

11
Out07

E o telhado, também se levanta?

delta_unit

A casa-de-banho nem sempre foi o que é hoje.

E no futuro, não será o que é hoje.

 

Em tempos, "casa-de-banho" era uma utopia!

Afonso Henriques, o pai da nossa nação, não tinha casa-de-banho!

Quando queria aliviar o intestino grosso, ia à mata como todos os seus soldados!

E tomar banho... Só quando passou pelo Tejo à conquista de Beja!

 

Mas mesmo depois de alguém ter pensado que fazer as necessidades na mata era relativamente primitivo, a casa-de-banho teve muito a percorrer até chegar ao que é hoje!

Primeiro era apenas uma retrete... Depois ficou casa-de-banho... Hoje em dia, há quem lhe chame quarto-de-banho!

 

A casa-de-banho merece uma associação mundial, não merece? Vamos criar uma?

Não vale a pena. Já existe! Já existe a "World Toilet Association"!

Vamos então construir uma casa com um formato de uma sanita, e lá dentro construir três casas-de-banho de luxo?

Não vale a pena. Já está na fase final de construção e será inaugurada de hoje a um mês.

 

A ideia e o chorudo financiamento de 1,6 milhões de dólares partiu de Sim Jae-Duck, e a casa fica situada Suweon, na Coreia do Sul. (Heis a notícia, amigos. Vá, leiam primeiro. Os jornalistas escrevem melhor que eu, a sério. E não são tão parvos quanto eu!)

 

Parece-me lógico: Uma pessoa que tem no seu nome o termo "Duck" é capaz de gostar de chapinhar na àgua enquanto toma banho.

Mas a essência desta construção é bem gira: Sim Jae-Duck nasceu numa casa-de-banho e agora pretende viver e morrer dentro de uma casa-de-banho também.

É justo. É fidelidade ao sítio onde nasceu!

Porque é que ele não se torna ainda mais radical e não tenta viver a vida toda entre as pernas da mãe dele?

 

É bem visto, e Sim Jae-Duck aproveita a deixa para enaltecer um dos maiores problemas da humanidade: As casas-de-banho sem condições.

Se há coisa que temos de combater é a inexistência de casas-de-banho ou, a existirem, a sua má qualidade!

É verdade, eu não nego. Nos países sub-desenvolvidos, as infecções em "casas-de-banho" são perigosíssimas! Mas eu levanto a questão: Não seria melhor pensarmos primeiro em dar comida às pessoas que não a conseguem arranjar e só depois pensarmos numa forma de a expulsarem do seu corpo, findo o processo da digestão?

Não sei, digo eu...

 

Mas se esta ideia da defesa da casa-de-banho se expalhar, um dia teremos 24 horas de concertos em emissão contínua na nossa televisão, num evento chamado "Live Toilet".

 

Sim Jae-Duck tem, no entanto, um óptimo gosto arquitectónico. Quem abrir a notícia verá uma imagem com muita pinta da sua casa em formato de sanita. E ele sabe disso, ao afirmar o seguinte:

"A casa será lembrada como um exemplo de salvação da humanidade dos desastres, bem como de preservação do ambiente."

 

Se há coisa que proteje o ambiente é uma sanita à escala de Gulliver.

E se já houvesse uma coisa destas há 6 anos, nunca o tsunami da Ásia tinha feito tantas mortes!

 

Mas, vá, tenho de ser humano: As infecções em casas-de-banho são uma coisa perigosa. E as estatísticas falam: Todos os anos morrem dois milhões de pessoas, vítimas de infecções em casas-de-banho.

Ainda assim, apraz-me observar o seguinte: Se tivessem ido à mata, talvez não ocorressem tais infecções.

 

É, no entanto, fascinante pensar que tudo isto deriva de uma pergunta que um dia alguém colocou a si próprio:

"Então e se eu cagasse em minha casa?"

04
Out07

Incontinência em hipermercados?

delta_unit

 

Se viram o vídeo que vos propus mesmo acima deste parágrafo, este é apenas mais um dos muitos das campanhas publicitárias do "Modelo e Continente".

Modelo e Continente são duas cadeias de hipermercados irmãs.

(Ou são só uma? Nunca percebi bem...)

Duas irmãs que nunca se separaram, e que sempre partilharam as suas coisas. Duas irmãs unidas e que se dão bem, para gáudio do pai Belmiro de Azevedo.

 

Mas esta ideia de compartilharem as campanhas publicitárias é boa: Os gastos totais da SONAE em publicidade diminuem.

E assim todos nós nos habitamos a ouvir os termos "Modelo" e "Continente" sempre juntos.

É um fenómeno qualquer psicológico, cujo nome, naturalmente, não sei.

Assim como quando ouvimos "Cláudio Ramos" também nos lembramos logo do adjectivo "abichanado", também o mesmo fenómeno acontece quando ouvimos "Modelo". Pensamos logo em "Continente".

 

O problema é que nas campanhas do Modelo e Continente a coisa está demasiado exausta. E as pessoas que emprestam a sua voz às campanhas não repararam nisso. E digo isto porquê?

É impressão minha ou de vez em quando, em vez de ouvirmos "Modelo e Continente", parece que ouvimos "Modelo Incontinente"?

 

"Modelo Incontinente" é algo aterrador de ouvir quando se está a tentar publicitar Ice Tea de Pêssego.

Já se estivermos a falar de fraldas, parece-me fantástico sob o ponto de vista publicitário a frase "O Modelo Incontinente aconselha-lhe fraldas Lindor".

 

Mas o conceito de "Modelo Incontinente" incomoda-me. E quando oiço num anúncio que existe um cartão "Modelo Incontinente", imagino sempre um cartão magnético com problemas em reter líquidos.

É inquietante, acreditem.

 

Já o "Modelo Incontinente", interpretando o termo "Modelo" como sendo alguém que desfila na passerelle, é perfeitamente absurdo. Apenas porque, tendencialmente, os modelos não comem nem bebem muito, para não engordar.

Como é que uma pessoa pode ter problemas em reter algo que nem sequer ingeriu?

 

Não há modelos incontinentes nas agências de modelos mundiais! Todos têm o seu sistema renal a funcionar em pleno!

Querem uma prova, querem?

É simples:

Já alguma vez viram um desfile de fraldas para malta que não aguenta sem ir à casa-de-banho de 10 em 10 minutos?

02
Out07

O desporto rei, agora disponível para as "rainhas".

delta_unit

Quando o fark.com estava fraco quanto a notícias para eu comentar aqui, heis que o Maisfutebol se chega à frente com estas notícias: a primeira, que saiu há alguns dias, e a segunda, que é de hoje.

 

E as notícias falam-nos do quê?

Não sabes?

Então vai lá lê-las!

Mas eu crio hiperligações catitas nos meus artigos apenas para enfeitar ou quê?

Sim, são mesmo para se utilizar!

Já leste as notícias, já?

Então vá, podes prosseguir para o próximo parágrafo deste artigo.

 

Um Mundial de Futebol para gays e lésbicas!

Mas... Para quê um campeonato à parte só para eles?

Eles dizem que há dificuldades de integração de jogadores gays no futebol actual...

Será que esta gente ainda não reparou que o Calado conseguiu jogar no campeonato normal de futebol?

 

Não se percebe, de facto. Mas o conceito trás imensas coisas cómicas atrás. E esta frase da segunda notícia fala por si só:

"(...)2 mil espectadores nas bancadas, que não hesitavam em chamar heterossexual ao árbitro sempre que não concordavam com alguma decisão."

 

Eu não vi nenhum jogo deste campeonato, mas presumo que seja rico em fairplay. Não devem haver faltas neste jogo!

"Ai fofo, deixa-me tirar-te a bola sem te magoar, 'tá?"

"Ai, só se me deres um beijinho..."

"Não posso. Tenho o meu Hernando ali na bancada a ver-me jogar. Se não queres dar a bola, não dês!"

 

A verdade é que o futebol, tal como João Malheiro dizia na Tertúlia Cor-de-Rosa, ainda é um mundo muito macho. Mas compreende-se: O jogo em si não é propriamente para meninas.

Calma, não me fiz entender!

Há futebol feminino, e é bem engraçado até! Tem mais gritos histéricos pelo meio, mas é engraçado!

O que não deve acontecer é entrar alguém assim mais sensível num jogo de futebol masculino! Ou seja: Não vamos por o José Castelo Branco a jogar no mesmo campo que o Petit ou o Bruno Alves! Apenas e só para pouparmos gesso nos hospitais, não mais que isso...

 

Mas estava eu a dizer: O futebol é um universo bem macho. Não é sítio para haver preocupações com o tom de pele. Ou para estar sempre a ajeitar o cabelo.

(Nuno Gomes: se me lês, não abandones o futebol agora apenas por causa desta minha observação, está bem? Se bem que muitos haveriam de agradecer tal coisa.)

 

Como tal, a criação de um campeonato de futebol apenas para gays até me parece uma coisa minimamente sensata.

Se bem que deve ser chato quando há mais que uma bola em campo.

O árbitro apita e diz:

"Pára! Há duas bolas em campo!"

E os jogadores todos começam a salivar da boca e a perguntar:
"Onde, onde?"

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2009
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2008
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2007
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2006
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2005
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2004
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D