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há Dias assim...

Há dias históricos, banais, marcantes, deprimentes, excelentes, maus, magníficos, secantes, fantásticos, desinteressantes e, quiçá, bons. E depois também há Dias assim... Se gosta de Dias assim, parabéns. Está no blog certo.

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há Dias assim...

30
Mar08

Nem o Criador se lembrou desta!

delta_unit

A genética, meus amigos, é coisa para ser gira. Quando a dominarmos por completo, vamos poder encomendar filhos com as características físicas que desejamos. Nessa altura, o mundo será composto apenas por Brads Pitt e Angelinas Jolie.

 

Até lá, resta-nos experimentar coisas novas no mundo da genética.

Cruzamentos de espécies diferentes, por exemplo! Há tanto tempo que isso nos intriga... Não é?

E enquanto cientistas e cientistas se debruçam sobre esta temática em laboratório, os agricultores mais velhos riem-se, pois já praticam a reprodução cruzada há uns bons séculos...

Mulas? São filhas de um burro e uma égua!

E a mula, parece-me, é de facto genial. Porque tem a força de um cavalo e a inteligência de um burro.

Quem é que se lembrou deste cruzamento de espécies?

Se ele se tivesse lembrado de clonar ovelhas, hoje em dia a Dolly não era notícia.

 

Ora, a lutar pela evolução científica, como todos nós sabemos, estão os japoneses.

Porquê? Não sei... Mas aposto que José Gameiro diria que a culpa é do meio onde eles se encontram integrados.

Eu confesso que não sabia deste empenho dos japoneses... Na verdade, pensava que no Japão só se fabricavam Hondas.

Viria a surpreender-me esta notícia, que encontrei há já algum tempo no "The Sydney Morning Herald". (Desta vez coloquei a hiperligação no texto corrido... Mas para quê, se afinal nem costumam ler as notícias de que vos falo?)

 

Se o estimado leitor deu uma espreitadela à notícia, já sabe do que vou falar.

Se não a leu, está à espera que eu diga. E como eu gosto de fazer os outros esperarem...

Quantas horas são? Sabe?

Bom, vamos então à notícia...

 

O Japão, país que continua sem escrúpulos a caçar baleias, levou a cabo várias experiências bizarras nos últimos dezoito anos, envolvendo baleias.

"Experiências bizarras, caro Miguel Dias?"

(Se alguém me tratar por "caro" dou-me por feliz.)

Sim, caro leitor. Coisas como tentar a reprodução cruzada entre baleias e vacas ou baleias e porcos!

 

Mas... Quem é que tenta cruzar baleias com vacas?

Será que os japoneses querem inserir no mercado um queijo fundido da marca "A Baleia Que Ri"?

 

Estas foram, sem dúvida, experiências loucas. E foram recentemente dadas a conhecer ao público em geral pois foram divulgados os relatórios destas experiências!

Se há coisa que eu gostava de ler eram estes relatórios. Porque, a julgar pela inteligência de quem pensou em cruzar baleias com vacas, isto poderá estar lá escrito:

"Procedimento: Colocou-se uma baleia macho e uma vaca fêmea no mesmo espaço e observou-se o comportamento.

Resultado: Não aconteceu nada.

Conclusão: A baleia macho não demonstrou qualquer interesse sexual pela vaca fêmea. Logo a baleia macho é gay. É necessário repetir o procedimento com uma baleia que se saiba que é heterossexual."

 

É sábio, sem dúvida.

A pergunta que eu lanço é: quem é que se lembrou de cruzar baleias com vacas? Com que objectivo?

Eu, pessoalmente, acho que se isto fosse possível, o resultado entre o cruzamento de vacas com baleias deveria dar uma espécie de Paris Hilton, só que mais aquática.

Com umas barbatanas, vá.

 

Então e porque é que eles não tentaram outros cruzamentos, como...

Gatos com cães?

Cavalos com baratas?

Eu até dou largas à imaginação e proponho mais!

Porque não tentar cruzar seres humanos com cannabis?

Ah, não... Isso já foi feito.

E o resultado foi Bob Marley.

P.S.: Eu sei que na imagem que ilustra este artigo aparece um golfinho e não uma baleia. Não obstante, achei a imagem tão peculiar que não resisti a colocá-la aqui!

 

27
Mar08

Depois disto, eles hão-de dizer que quem precisa de psiquiatra sou eu.

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Geralmente, tenho como cuidado especial respeitar as pessoas que trabalham.

E respeito porque sinto que quem trabalha não merece ser vítima da piada fácil e rápida.

Porque quem trabalha, no fundo, trabalha e ponto final. Não deve ser gozada.

Daí que goste de achincalhar o nosso Ministro da Economia.

(Não quero dizer que ele não trabalhe... Mas se ele trabalhar a escrever os seus discursos,então está a trabalhar em prol da comédia.)

 

No entanto, há uma área profissional que me intriga na sua essência: a área da psiquiatria.

Não pensem que eu acho os psiquiatras uns inúteis à sociedade.

Eu não acho. Antes pelo contrário, tenho uma certeza inabalável quanto a isto!

 

Acalmem-se, caros leitores, porque eu não tenho por hábito afirmar coisas sem qualquer fundamento. Passo a explicar...

A meu ver, as pessoas úteis à sociedade podem-no ser de diversas formas: ou produzindo algo palpável e que os outros cidadãos usem; ou desempenhando papéis de gestão e coordenação de pessoas e bens, tendo como objectivo a melhoria da qualidade de vida; ou então descobrindo coisas novas, inovadoras!

(Há, obviamente, mais classes de pessoas úteis à sociedade... Não obstante, por muito que procurem, em nenhuma delas se encaixa o psiquiatra.)

 

Ora, já repararam bem no que o psiquiatra faz?

Eu respondo: Nada.

Ele ouve, tudo bem. Ele compreende, sim senhor. Ele debruça-se sobre os problemas, não haja dúvida.

Mas no final, a resposta é sempre a mesma:

"A culpa de tal comportamento é do meio em que essa pessoa se encontra inserida, e não propriamente dela. Ela é o espelho do meio onde nasceu, e não pode ser culpabilizada por isso."

Se é para dar sempre a mesma resposta, dêem-me o diploma e eu vou para a SIC debater o problema da violência nas escolas!

 

E esta resposta, não duvidem, é a que eles dão a todos os problemas. Todos.

Então e Sócrates, que nasceu num meio tão honesto e trabalhador... Como é que explicam o que ele alegadamente é agora?

(Nada como usar um "alegadamente" de vez em quando para jogar à defesa...)

 

Os psiquiatras acabam sempre a dizer o mesmo!

"Este senhor é um serial killer... Mas a culpa não é dele! Ele teve uma infância difícil e triste, coitado... Temos que o apoiar e integrar na sociedade!"

"Este jovem assalta estudantes à saída da sua faculdade... Mas coitado, ele vive num meio muito complicado! Temos que o integrar na sociedade..."

"Esta menina bateu na professora porque ela lhe tirou o telemóvel! Mas, coitada, é a educação que teve... Temos que a apoiar e integrar na sociedade!"

 

Eu não costumo acordar com vontade de dizer mal de ninguém. E hoje, por sinal, cumpri o que habitualmente se verifica. No entanto, ao ver o debate no Jornal da Noite da SIC sobre o caso da menina, da professora e do telemóvel (Há alguém que não saiba do que estou a falar?), fiquei com este bichinho nas entranhas.

Não quero culpar José Gameiro, o psiquiatra que estava neste debate.

Não. A culpa não é dele. É do meio onde ele cresceu e, especialmente, o meio onde ele se formou. Onde ele aprendeu, no fundo, a ser psiquiatra.

 

Peço desculpa, mas... Se o país fosse gerido por psiquiatras, as prisões estariam vazias e os criminosos deste país passavam as tardes no sofá da TVI, a desabafar com a Júlia Pinheiro!

É mesmo esta a ideia, caros psiquiatras?

 

Eu compreendo a história do meio onde os criminosos/marginais vivem...

Mas...

Só por isso, ficam desculpados de todas as coisas más que fazem por aí?

 

Bolas, porque é que eu não nasci no Casal Ventoso... Assim podia assaltar carros à vontade! Ou, pelo menos, o carro de José Gameiro. Ele compreenderia.

Malvada boa educação, caramba.

26
Mar08

Espaço?

delta_unit

Comoseriaanossavidasemabarradeespaços?

Éestaaquestãoquevosdeixo...Conseguiríamosnóspercebertudooqueescrevemos?

Equandoescrevemos...Seráqueconseguimosfazê-losemlevarospolegaresàquelabarrinhatãoutilquesestáaliembaixo?

(Aestarespondoeu:não.Jálácarregueiváriasvezes,mesmoinvoluntariamente,dadoohábitonaturalque,talcomotodasaspessoas,jáganhei.)

Averdadeestáqui,àfrentedosvossosolhos:émuitomaisdifícillersemabarradeespaços.

Autilizaçãodo"Enter"paradestacarosparágrafosaindadájeito.

Não

obstante,

usá-la

para

separar

todas

as

palavras

daria

origem

a

artigos

visualmente

pouco

atraentes.

Lançoentãooutraquestão:oqueémenosatraente:umtextoemcolunaouumasequênciadecaracteressemqualquerespacamentoentreeles?

Nãosei...

 

Nota:Reparoqueesteblogtendeparaaestupideznaturaldeumaformaassustadora.

Nasemanapassadadeipormimaescreveraocontrário.Hojedecidinãousarabarradeespaços.

Pensempositivo:semetivesselembradodefazerasduascoisasaomesmotempo,erabempior.

 

Dêem-meespaço!

25
Mar08

Ironia obesa!

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Uma das características que facilmente se atribui ao escritor de blog é, sem dúvida, o facto de ser gordo.

(Pode ser mentira. Aliás, nem tem grande sentido este estereótipo que acabei de apresentar. Mas, bolas, dava-me jeito iniciar o artigo com esta frase! Posso?)

E quanto a isso, eu não posso dizer nada. Nem sequer refutar! Quem me conhece sabe que eu sou um valente nédio...

(Percebem agora o porquê desta entrada? Era só para usar a palavra "nédio", dando assim a [falsa] imagem de que eu sou um conhecedor profundo da nossa língua!)

 

Dada a minha proeminente barriguinha, sou obrigado a conformar-me.

Já tentei de tudo: Comer menos, comer só saladas, correr ao final do dia...

Resultados: Nada.

Continuo a pesar 65 kg, para 1,73 metros de altura.

(Nunca pensei ter um discurso tão anorético... O que eu faço por este blog!)

 

Eis que encontro no SAPO o link para o site que eu preciso neste momento! O site chama-se SLife, e a sua frase de promoção é "o seu ginásio online.". (O link? Estão a pedir o link? Bolas, está aqui, não é preciso chatearem-se.)

Estava mesmo a precisar de um ginásio online, para poder fazer exercício em frente ao computador. Eu e toda esta comunidade de escritores de blog, cuja grande maioria é tão farta quanto eu!

 

Parece-me lógico o conceito deste site. Lógico e oportuno!

Porque todos os utilizadores da internet, quando se sentam em frente à secretária, pensam apenas numa coisa: Exercício físico.

Só isso nos faz vir à internet.

Então e quando nos apetece informar acerca do que se passa no mundo? Vestimos o fato de treino e vamos correr lá para fora, para o mundo. Ver o que se passa in situ.

 

A promoção à prática de exercício físico tem vindo a aumentar. Aliás, até já vi malta a demonstrar como se fazem alguns exercícios na Praça da Alegria, nas manhãs da RTP.

São momentos televisivos de rara qualidade e primor técnico, onde temos a oportunidade de ver um senhor com cara de cansado após ter saltitado durante dois minutos.

Depois disto, vemos um jogo do Sporting e, no final, o Polga está sempre com um ar de quem esteve no sofá os últimos noventa minutos.

Quem é o falso: O Polga ou o senhor ginasta da Praça da Alegria?

(Nota: talvez nenhum deles...)

 

Mas se há coisa que me apetece agora é afastar a cadeira da secretária, ir até ao SLife e começar a saltar aqui em casa.

Até porque esta moda de praticar exercício físico com aparelhos informáticos por perto já não é nova.

Se bem se lembram, foi Paris Hilton quem inaugurou esta modalidade, usando aparelhos de gravação de imagens.

 

Chegará o dia em que os computadores nos dirão tudo o que devemos fazer. Inclusive respirar.

Inspira.

Expira.

Inspira.

Expira.

Inspira.

Expira.

 

Nesse dia, eu irei mostrar ao mundo as minhas seis linhas de texto anteriores a esta e dizer que fui o pioneiro nesta coisa.

Ficarei tão rico que não mais voltarei a escrever "blog", mas sim "blogue".

É mais chique.

24
Mar08

Eu leio uma espécie de "Maria" sobre pessoas inteligentes.

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O meu telemóvel trazia um manual de instruções. O meu computador trazia um manual de instruções. O meu afinador de guitarra trazia um manual de instruções. A minha calculadora trazia um manual de instruções.

Sabem quantas frases li em cada um destes manuais?

Nenhuma.

 

Não quero com isto dizer que sou um ser extraordinariamente inteligente e com uma capacidade fora do normal para aprender sozinho a trabalhar com os mais variados utensílios. Até porque se for essa a explicação para o facto de eu não pegar nos manuais de instruções, então todos nós, portugueses, somos extraordinariamente inteligentes e temos uma capacidade fora do normal para aprender sozinhos a trabalhar com os mais variados utensílios.

 

Porque todos (mas mesmo todos) nós ignoramos o manual de instruções.

E só pegamos nele quando pensamos algo semelhante a:

Epá, acho que isto não era para retirar do resto do aparelho… Parece-me que já parti alguma coisa. Deixa lá ver o manual…

 

O que me leva a concluir uma coisa: nós não gostamos de ler sobre algo com o qual convivemos no dia-a-dia.

Eu acho isto lógico, mas ainda assim vou tentar ser mais claro.

Reparem: Eu preciso de calculadora quase todos os dias. Assim sendo, quando a comprei, atirei-me logo a ela, ignorado o que sobre ela se escreve no manual de instruções.

Do mesmo modo, Mário Soares também não deverá de gostar de ler sobre a sesta…

E o raciocínio é linear: se temos de conviver com algo no dia-a-dia, no tempo livre que nos resta o que sabe bem é ler sobre algo ao qual não estamos expostos no horário de trabalho. Aliás, só isso explica o facto de o estimado leitor estar a visualizar isto agora. Aposto que no seu trabalho não há textos enfadonhos e parvos… A não ser, claro, que trabalhe com os discursos de Luis Filipe Menezes.

 

(Vamos partir do princípio que ninguém me lê durante o horário de trabalho. Há tempos o sitemeter havia registado uma entrada neste blog às 12:23 de uma quarta-feira e o IP era do Banco de Portugal… Suponhamos então que no Banco de Portugal não se trabalha às 12:23, está bem?)

 

Digam-me, caros leitores: não acham isto lógico?

 

Bom, até este ponto, encontro-me apenas a interpretar factos. E isso, diga-se, é um trabalho demasiado sério para um blog tão idiota como este. É então tempo de eu puxar das minhas credenciais de idiotice e criar a minha teoria, naturalmente pouco fundamentada e facilmente refutável.

 

Eu acho, sinceramente, que o inverso dos factos apresentados em epígrafe também se verifica.

Ou seja: nós gostamos de ler sobre coisas com as quais não convivemos. Ou então, de uma forma mais humana, gostamos de ler sobre coisas que não temos e gostávamos de ter um dia.

 

Pensem comigo:

Só lê revistas sobre destinos turísticos quem nunca lá foi e que gostava de lá ir um dia… Certo?

Só vê revistas de arquitectura de interiores quem tem a casa pelo avesso e gostava de um dia a remodelar… Certo?

Eu diria mais: Só vê o kamasutra quem não costuma conviver muito com pessoas do sexo oposto… Não é?

 

Eu acredito nisto. Pode ser uma crença idiota, mas isso só vem demonstrar o quanto coerente eu sou.

 

Só espero que esta teoria falhe em relação aos leitores da Caras. Espero bem que ninguém queira ser como José Castelo Branco ou Lili Caneças…

20
Mar08

A embraiagem da nossa vida.

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Vários são os milhares de anos desde que a raça humana abandonou o estilo de vida nómada. E mesmo nas outras espécies de mamíferos, o sedentarismo já é muito frequente. Só os hippies parecem resistir a este passo da Teoria de Darwin.

(Epá, não te metas com os hippies!”, pensam os meus leitores mais cuidadosos. Descansem, eles não usam internet… Não há internet no cimo do monte. Ou dentro da carrinha pão-de-forma.)

 

Como sedentários que somos, a mudança de casa é sempre difícil. Ou então é, pelo menos, fora do normal.

Porque às vezes chegamos a um determinado ponto em que já nos habituámos a tudo na nossa casa: à chávena de café, à torneira do lavatório, à cama.
Digam-me: Há mais algum humano que mude de cama todos os dias, para além de Paris Hilton?

 

A mudança de casa na nossa vida é sempre chata. Mas pode ser atenuada, se não a mudarmos algumas das coisas quando fazemos essa mudança.
Levar o mobiliário todo atrás, por exemplo! E as formigas que tanto nos chateavam na casa antiga… Se as trouxermos para a nova casa, a mudança custa menos!

 

Ora, para auxiliar o comum dos mortais neste processo, existe uma actividade profissional que está cada vez mais em voga (ou então não está, mas pareceu-me o momento indicado para usar a palavra “voga”. Parece que alguém se esqueceu de escrever o “l” no final da palavra): o negócio de mudanças!

 

Hoje em dia são muito, muito frequentes anúncios como este:

 

 

Portanto, pessoal especializado em mudanças.

Eu levanto a questão: O que é que uma pessoa especializada em mudanças estudou?

Há algum curso superior (ou até mesmo profissional) que seja “Técnico de mudanças”?

A única pessoa a quem eu chamo “técnico de mudanças” trabalha na oficina aqui perto de casa, e só falo com ele quando tenho problemas na caixa de velocidades do carro.

(Repararam no brilhante trocadilho que eu construi na frase anterior? Sim, porque no nosso carro, quando trabalhamos com a caixa de velocidades, estamos a fazer aquilo a que corriqueiramente se chama “meter mudanças”. Peço desculpa, mas eu sou como o armadilho. O rei do trocadilho. E nem sequer tenho uma oficina perto de casa.)

 

Mas o anúncio que em cima vos apresento chamou-me à atenção por outro motivo.

Reparem bem na última frase do dito papel publicitário. Sim, aquela debaixo do número de contacto da empresa. (Número esse que, por sinal, se encontra distorcido. Se a Transportugal me pagasse para fazer publicidade, não teria tanto trabalho a editar a imagem…)

 

Feliz é o Homem que confia em DEUS.

Se há coisa que eu gosto de conferir quando contrato uma empresa de transporte de mobiliário é se o seu dono é Testemunha de Jeová.

Dá jeito.

 

O que esta malta não percebe é o poder da frase. Lendo tal ensinamento, muitos poderão ser os clientes que vão pensar “Olha, afinal para eu ser feliz não preciso de levar o meu mobiliário atrás. Basta confiar em DEUS! Já não preciso da Transportugal!

É impressão minha ou aquela frase ali no final do cartaz é um bocadinho contraproducente?

Pense nisto, caro director de marketing da Transportugal.

P.S.: Porque raio se chama este artigo "A embraiagem da nossa vida"? Alguém arrisca?

 

19
Mar08

A dedicatória que faltava.

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Sou um copinho de leite.

Matinal. Meio gordo, que não faz mal.

 

E digo que sou um copinho de leite porque, como quem me conhece sabe, eu não bebo bebidas alcoólicas.

E, por favor, não me perguntem porquê. Não há um porquê.

Para mim, não beber é como ser do Benfica: Não tem explicação. É irracional.

E sim, eu sei que há bons motivos para deixar de ser assim. Para deixar de ser do Benfica. E para começar a beber alguma coisa alcoólica.

Mas, com a breca, ainda não me deu na cachimónia!

 

Não pensem, amigos, que eu acho que quem bebe álcool é isto ou aquilo.

É falso.

E digo que é falso porque há muita gente que me faz ter a certeza disto.

Posso até dizer, com propriedade, que as melhores pessoas que eu conheço apanham umas valentes carraspanas de vez em quando!

 

No entanto, há que dizê-lo: há por aí muito "boa" gente que não vai à bola com malta que não bebe.

Gente mesquinha, com furúnculos no nariz, que pura e simplesmente não gosta da cara daquele gajo porque ele já os viu bêbados e quando isso aconteceu, ele estava sóbrio.

Mas, mais idiota ainda, gente que se julga a maior porque bebe. Gente que acha que uma pessoa é algo mais apenas porque bebe.

 

E eu confesso: têm razão.

De facto, quem bebe para mostrar ao mundo que é o maior está, sem dúvida, um passo à frente.

Prostro-me perante essa gente.

Apenas porque ando neste mundo há 20 anos e continuo sem poder dizer a quem me rodeia: "Olha, eu sou o maior nisto e naquilo."

 

Continuo entregue ao anonimato do Sumol Néctar.

Enquanto muitos podem dizer "Eu sou o mais rápido a beber uma cerveja!" ou "És a maior porque te enfrascaste à grande comigo na quinta passada!", eu cinjo-me ao reles "Epá, o Sweet Dreams do Vícios Bar, em Vila de Rei, é que rende."

(Nota séria: O cocktail Sweet Dreams do bar em questão está longe, bem longe de ser reles.)

 

A sério: quem bebe por estes motivos é, de facto, o maior. Por causa dos objectivos que cada um traça para a sua vida.

Eu, confesso, ainda não os cumpri.

Mas esta gente consegue cumpri-los, a cada quinta-feira e a cada fim-de-semana.

Sinto-me David d'Orange junto ao Golias di Martini.

Se fosse de limão, sempre me cortava e juntava-me a ele, no copo. Amigos eternos, até chegar o maior e beber tudo num hausto.

 

Não tenho nada contra quem bebe em geral. Não vejo nada de mal nisso, a sério.

Mas esta gente, que se julga Alexandre Magno apenas porque emborca álcool como quem respira oxigénio, peço desculpa: têm a minha admiração.

Agradeço-vos, porque sem vocês não tinha ninguém para achincalhar ironicamente neste artigo.

18
Mar08

.giro Está

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.contrário ao escrever Apetece-me

17
Mar08

Nós não gostamos é de apertos.

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Se há coisa com a qual nós, portugueses, não conseguimos lidar bem, essa coisa é a pressão.

Aquela pressão de cumprir horários. Ou a pressão de fazer algo bem feito.

Não, não conseguimos. Ninguém.

De José Rodrigues dos Santos a Nuno Gomes, todos reagimos mal à chamada pressão.

E isto já para não falar dos adversários portugueses do F.C. Porto...

 

Eis o ponto de interrogação: Porquê? Porque é que nós não conseguimos lidar com essa coisa que, em certos contextos, se mede numa unidade chamada "bar"?

Bom, eu acho que a culpa é da própria unidade de pressão: bar.

E isto porque os portugueses em geral, quando houvem falar em bar, pensam logo em cerveja.

Portanto, secalhar até nos damos bem com a pressão, na medida em que a ignoramos...

No entanto, mesmo dentro de um bar há quem se preocupe com a pressão: a pressão da máquina de cerveja.

E se a pressão de máquina não estiver bem regulada? O português não sabe o que fazer.

 

Porque nós, repito, não sabemos lidar com a pressão.

Sempre fomos muito descontraídos.

Até a descoberta do Brasil foi por acaso!

Podia-se pensar que Pedro Álvares Cabral saiu de Portugal com a pressão de descobrir novas terras por esse mundo fora...

Não.

Saiu descontraído e disse à mulher que voltava dentro de uns meses.

"Olha, terra à vista! Querem ver que descobrimos um novo continente?"

 

Nem um pedacinho de pressão.

O que é lógico: Só sofre pressão quem tem objectivos a cumprir.

E nós, em Portugal, não temos o hábito de delinear objectivos. E mesmo quando os delineamos, não temos o hábito de os cumprir.

Até o nosso Governo vive sem se preocupar com o objectivo de ganhar as próximas eleições!

Não tanto por estarem num estado de graça, mas sim pelo facto de a concorrência ser muito fraquinha...

 

Eu, como ser humano incrivelmente sensual que sou, gosto de delinear objectivos. Um dos quais é mentir acerca da minha sensualidade.

É um objectivo estranho, eu sei. Mas tem um lado positivo: eu consigo adormecer todos os dias com a sensação de dever cumprido.

Paulo Bento, por exemplo, não se pode gabar do mesmo. Porque ele não consegue atingir os objectivos a que se propõe.

A não ser, claro, que os seus objectivos passem por ter um penteado ridículo.

Se for esse o caso, parabéns Paulo Bento.

13
Mar08

Falo demasiado a sério, caramba.

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Estou a chegar a um ponto, neste blog, em que já não sei bem o que escrever.

Não que tenha chegado a um ponto de saturação de ideias boas, pois em abono da verdade nunca as tive.

Deve-se sim ao facto de eu estar a ser treinado no dia-a-dia para ter uma forma de pensar complicada.

E, como tal, fico sempre na dúvida, se escrevo artigos sobre temas complicados ou temas mais simples e que todos conseguem perceber.

 

Hoje, sob um certo ponto de vista, poderá parecer que vou falar de um assunto complicado.

Apenas porque o assunto é "mulheres".

Na verdade, elas não são complicadas. E, como tal, este será mais um artigo com um tema simples.

 

Nós, homens, é que temos a tendência para complicar. Basta ver como falamos de futebol hoje em dia: transições, passes para o espaço vazio, pressão no último terço de campo... Noutros tempos, quando éramos mais simples, só se falava em passes e remates! Nada mais.

 

Mas as mulheres, dizia eu, são simples.

Simples como o leopardo quando corre atrás da gazela.

Não sei se sabem mas o leopardo, quando corre atrás de uma gazela, coloca os olhos apenas nela. E se outra gazela lhes passar à frente, ela ignora-a, pois está apenas concentrada no seu alvo.

As mulheres são assim também. Mas com alguma dose de maquiavelismo pelo meio.

 

E nesta dose de maquiavelismo, elas fazem tudo.

Tudo.

Para conseguirem o que querem.

Até mentir.

E olhem que não sou eu que o digo.

É uma mulher que o diz. Susan Edelman, do New York Post. (E a notícia, incrivelmente, está aqui.)

 

Ora então as mulheres mentem. Quem diria!

Eu confesso, já sabia que elas mentem. Porque um dia ouvi a Júlia Pinheiro dizer "Hoje vamos ter um programa muito bom!". Será possível que um programa com a Júlia Pinheiro seja bom? Só se fosse "O Elo Mais Fraco"...

 

Não quero dizer que nós, homens, não mintamos também. Na verdade, também o fazemos. Quando dizemos que o Benfica anda a jogar bem, por exemplo.

Mas não o fazemos tão bem quanto elas... E a prova disso é que muitos de nós não nos achamos enganados por elas. Elas sabem mentir, e bem!

 

Diz Susan Edelman que as mulheres mentem não só por uma questão de sobrevivência mas também para conseguirem o que querem. E que forma tão digna para se conseguir o que se almeja: mentindo.

[Nota: Sócrates é digno então.]

 

No fundo, no fundo, as mulheres não são complicadas. São simples até.

Complicado é nós conseguirmos perceber quando é que elas estão a mentir ou a falar a sério.

O que será melhor então: conseguirmos perceber quando elas mentem ou melhorar a nossa capacidade para mentir, igualando-as nesse campeonato e deitando-as ao tapete (ou à cama, como queiram) depois?

 

Vamos mentir então.

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