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há Dias assim...

Há dias históricos, banais, marcantes, deprimentes, excelentes, maus, magníficos, secantes, fantásticos, desinteressantes e, quiçá, bons. E depois também há Dias assim... Se gosta de Dias assim, parabéns. Está no blog certo.

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há Dias assim...

29
Mai08

A minha aproximação a Conan O'Brien.

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Conan O'Brien é frequentemente confrontado com a expressão "I love you, Conan!" aquando da sua entrada no seu (brilhante) programa. A isto, Mr. O'Brien costuma sempre responder "I love you too, sir.", pois quem diz "I love you, Conan!", regra geral, tem uma voz masculina.

E, após isto, é habitual Conan O'Brien dizer "I'm doing well with the guys...", havendo sempre risada geral após tal desabafo.

 

Sendo eu um fã do trabalho de Conan O'Brien, como genial talk show host que ele é, nunca pensei que a minha primeira grande aproximação a tão grande vulto fosse por esta frase.

"I'm doing well with the guys..."

 

E digo-vos isto porque no último dia do ano passado publiquei neste blog um artigo chamado "O projecto do PNR para as Berlengas". Era um artigo simples, relativamente imparcial e que abordava uma série de esterótipos, com base numa notícia do allafrica.com.

É com espanto que reparo hoje que este é um dos artigos com mais comentários de resposta!

(Já agora, revejam o artigo e leiam os comentários aqui.)

 

Ou seja, eu escrevo sobre tanta coisa neste blog, e no final de contas quem me comenta mais são... Os gays.

"I'm doing well with the guys."

 

Mas, ao contrário de Conan O'Brien, não comentam de forma amigável. (Bolas, estava mesmo a precisar de um amigo gay para me ajudar a escolher a roupa para a próxima festividade de gala.)

Comentam de forma bem indignada e fundamentada, senão reparem, por exemplo, no comentário de "alguem":

 

"acho muito engraçado quando um cidadão, com sua ignorância, falta de conhecimento, falta e dissernimento do que fala, aliás falta de tudo né, pois só digo e falo o que conheço e tenho propriedades intelectuais, racionais, mentais e pisicologicos para tal, pois caso contrário fico calado sem dizer nada."

 

(Nota: "alguem" afirmou no final deste comentário que era heterossexual. Convém referi-lo pois até este ponto estou a dar a entender que ele não o é.)

 

Calma... "alguem" disse que eu era cidadão! Ignorante, é certo, e com falta de tudo. Mas sou um cidadão!

Está giro, de facto. É um orgulho ser cidadão, caro "alguem". Porque, sendo cidadão, tive o direito de frequentar o ensino primário, onde me ensinaram a escrever frases com nexo.

Já o senhor... Não quer ser cidadão e ir aprender a escrever alguma coisa coerente?

 

"alguem" ainda escreve mais umas coisas, muitas delas acertadas (Mas mal escritas... Enfim, não se pode ter tudo, não é?) mas acaba com esta frase:

"Que Deus lhe abençõe e possa te ilumninar a sua cabecinha tão pequena e medilcre."

 

(Nota: Preciso de um dicionário novo. O meu não tem o verbo "ilumninar" e também não tem a palavra "medilcre".)

Caro "alguem", eu li umas passagens da Bíblia... E tenho a impressão que Deus disse "Crescei e multiplicai-vos!" depois de criar o Homem. É impressão minha ou Deus não contemplou os gays nesta citação?

Não invoque Deus em vão, caro "alguem". Especialmente quando Ele não o tem em grande consideração.

 

Mas "alguem" não foi o único a comentar o meu artigo.

Hoje foi a vez de "tiago" expressar a sua indignação. Mas com um discurso francamente mais coerente que o de "alguem", senão vejam:

 

"A ideia de deportar todos os homossexuais para uma ilha, podia ser divertido."

(Nota: "tiago" é panasca. Ele próprio o diz durante o comentário. Percebe-se assim porque é que ele acha que esta ideia podia ser divertida. Estou a imaginá-lo a dizer "Ai que divertido!" com as mãozinhas a abanar ao nível dos ombros.)

 

"Não acho é que isso resolvesse a questão da homossexualidade, que é um fenómeno tão antigo quanto a existência da Humanidade."

Mas quem disse que a homossexualidade era uma questão a resolver? Afinal, o senhor gosta dessa diversão toda e, no fundo, diz que a homossexualidade é uma questão a resolver? Não o percebo.

 

"Como os homossexuais são TODOS filhos de heterossexuais, óu de um "acto sexual" heterossexual, e como portanto, são os heterossexuais que fazem os homossexuais, eu sugeria ao Sheikh Mufti e a quem partilhe dessa ideia, que fosse ele para a ilha, pois se os heterossexuais" lá ficassem até morrerem", como diz, certamente que deixaria de haver também homossexuais porque já não havia heterossexuais para os fabricar."

Boa jogada, caro "tiago".

Conseguiu dar a volta ao assunto.

Mas... Um mundo sem heterossexuais? Só se for nos seus sonhos cor-de-rosa! (Nunca a cor dos sonhos teve tanto sentido.)

 

E, por fim, "tiago" ainda me diz directamente:

"Ah, e quando fizeres o teu planeamento familiar, lembra-te que, ao praticares o coito vaginal, podes estar a trazer um homossexual ao mundo. Quem sabe se Deus não se encarrega de punir a homofobia assim?"

Lá está, mais uma vez, a referência a Deus.

Caro "tiago", talvez não partilhemos o mesmo Deus. O meu, pelo menos, não gosta muito de pederastas. Não o invoque, a sério.

 

Ainda assim, convém aqui deixar uma nota a todos os homossexuais que me lêem:

Eu não acho que seja homofóbico.

Também não patrocino a homossexualidade, é certo. Mas não a condeno de forma alguma.

Portanto, se estão a ler este artigo (ou se leram o mencionado em epígrafe) e estão indignados comigo, é porque não o perceberam. Talvez seja melhor lerem primeiro meia dúzia de artigos deste blog, para perceberem o tipo de coisas que eu escrevo, e depois lerem estes artigos.

Quando já não estiverem indignados comigo, aí sim, estarão a perceber por completo o artigo.

 

Estou em crer, no entanto, que não são só os fãs de Elton John que me lêem. Não obstante, é lógico que sejam eles quem mais me comentam. Afinal, eles têm por hábito ser muito sensíveis...

"Ai, não me toques!"

 

Descansem, caros gays que me lêem, eu não vos chateio mais.

Divirtam-se, a sério. Em vez de me incomodarem com comentários mal escritos, divirtam-se.

 

Entre vocês, claro.

28
Mai08

Dissemelhante.

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O ser humano, competitivo por natureza, procura ser melhor a cada momento que passa. Porque a torrada de hoje não pode ficar queimada como a de ontem, porque o penteado do último casamento não ficou bem nas fotos, porque o Benfica na época passada não foi campeão.

Todos temos a nossa dose de perfeccionismo, mesmo aqueles que se dizem desleixados. Mesmo aqueles que não se penteiam de manhã. Mesmo aqueles que só sabem fazer esparguete. Mesmo aqueles que detestam Cláudio Ramos.

Todos gostamos de melhorar de dia para dia. Para poder pedir um aumento ao patrão, para poder impressionar as amigas giras, para poder comprar aquele carro de alta cilindrada.

Para todos nós, mesmo ao nível da educação, a vida é uma escada. É por isso que os nossos avós são sempre educados. Palavrões? Nem um.

De dia para dia, mesmo os jogadores de futebol, procuram uma melhor educação. A prova é que muitos deles, os bons, com o passar do tempo saem de Portugal. Porque o português nunca chama pelo árbitro, mas sim pela mãe dele, que não teve culpa no penalti mal assinalado que o gajo marcou agora.

 

Com tudo isto... Somos felizes? Não, não somos.

 

Nós fazemos da vida uma escada, mas todos nós sabemos que essa escada tem um fim. E quando chegarmos lá acima, não há tempo para apreciar a plenitude da perfeição.

Eu sei que olham para mim como um sábio amigo que vos dá grandes e bons ensinamentos. E eu, com a breca, gosto dessa sensação. Sinto-me mais astrólogo com isso.

Assim sendo, sigam o que vos digo e não se arrependerão: por vezes, há que esquecer a escada.

Por vezes tempos de comer a torrada queimada durante uma semana inteira. Temos de ir a dois casamentos com maus penteados. Temos de ser benfiquistas nos dias que correm. Temos de só comer esparguete durante 1 mês. Temos de viver sem merecer aumentos de ordenado (ou, quiçá, a merecer diminuições de ordenado, porque afinal não é bom brincar com o mau humor do patrão).

E mesmo ao nível da educação, por vezes temos de ser uns bons estupores. Daqueles que olha com desdém, que ignora, que não quer ouvir.

Porque só ignorando a escada é que se anda de elevador.

27
Mai08

Mais uma gotinha e estão lá.

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É notícia hoje no SAPO (Como podem corroborar aqui, para o caso de duvidarem de mim. Não seriam os únicos!): um carro português, produzido pela Faculdade de Engenharia do Porto, percorreu 291 quilómetros com apenas 1 litro de gasolina.

 

291 quilómetros, amigos! É muito quilómetro com apenas 10 decilitros de gasolina! Os meus parabéns à Faculdade de Engenharia do Porto!

 

Este feito é enorme, caros leitores!

Eu sei que muitos dos meus leitores podem não ter uma noção do que isto significa, mas eu faço já aqui uma analogia...

Conseguem imaginar a Amy Winehouse a dar 10 concertos com apenas 1 litro de whiskey?

Este feito, o da Faculdade de Engenharia do Porto, é mais ou menos a mesma coisa, só que no mundo automóvel...

 

É um feito enorme, não me esfalfo de o dizer, e o investigador principal diz que a culpa é da dedicação com que todos os envolvidos trabalharam no projecto.

Eu, peço desculpa a intrepidez, não acho.

O que eu acho é que a malta do Porto está predestinada a conseguir grandes feitos com poucos recursos.

O Pinto da Costa, por exemplo, consegue ganhar vários campeonatos com apenas um telefonema. Bem como disfarçar problemas intestinais com apenas 1 cigarro.

 

Ainda assim, é um feito que demonstra até que ponto nós, portugueses, nos desenrascamos bem em tempos de angústia.

Se um dia o preço da cerveja subir ao mesmo ritmo com que tem subido o preço do combustível, nós, portugueses, ainda havemos de arranjar maneira de nos embebedarmos com apenas meia cerveja mini!

 

Quero aqui deixar publicamente os meus parabéns à Faculdade de Engenharia do Porto.

Sim, porque os parabéns de alguém como eu, e eu sei disso, podem mudar a vida de muita gente.

Só para terem uma noção, eu dei os parabéns a Mourinho quando este ganhou a Taça UEFA.

E todos sabem o que veio a seguir...

 

É verdade que, muitas vezes, a necessidade aguça o engenho. E que, portanto, atingimos grandes feitos sem dar por isso. Porque, na verdade, foi por necessidade que o atingimos.

E a malta da Faculdade de Engenharia do Porto alcançou este feito por necessidade, é sabido.

Mas não satisfizeram a sua necessidade ainda.

Para a atingirem, faltam-lhes mais 26 km.

Quando o conseguirem, poderão ir até Lisboa com apenas 1 litro de gasolina.

E deixar o Porto para ir para Lisboa com apenas 1 litro de gasolina, é sabido, é uma necessidade.

26
Mai08

Esta precisa de uns headphones especiais, não?

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Caros leitores, se já estão fartos daquelas histórias sobre a pessoa com mais piercings no mundo, ou então a pessoa com as tatuagens mais bonitas de sempre... Então este artigo é para vocês! Tomem-no, a sério. Não o quero para nada.

 

E isto porque nesta página (tão bem hiperligada aquando da sua enunciação) irão encontrar imagens de uma jovem que transformou as suas orelhas em orelhas de elfo.

Precisamente.

Tal como Legolas, o elfo do outro filme.

Mas neste caso, a pessoa em questão tem uma aparência menos feminina.

 

O que é que leva uma rapariga a moldar as suas orelhas, fazendo um corte e apertando de seguida as mesmas, aguardando que elas sarem com um formato pontiagudo?

Será vício?

Será álcool?

Será que tem um namorado gótico?

 

Os góticos, coitados, nunca estão contentes com o que têm.

Têm sempre de pintar a cara de branco, de se emproar com correntes de guindaste de obras, de usar Skip Black Velvet na roupa.

 

Mas... Porquê orelhas pontiagudas? Será que alguém acha aquilo sexy? As orelhas a furarem o cabelo, ficando para sempre expostas ao mundo, independentemente do penteado... Alguém acha isso giro?

Eu não acho. A sério.

Para mim, a coisa mais sexy do mundo são orelhas pequenas. Assim bem pequeninas, sabem? E que, ao mesmo tempo, ninguém repara à primeira que são pequenas... Isso sim, é o auge da sensualidade!

 

Eu percebo que hajam pessoas que gostem muito dos livros que lêem ou dos filmes que vêem, e que se identificam com as personagens e que gostavam de ser como elas. Mas... Porque é que não vêem antes os filmes da Katherine Heigl? Ou da Jessica Alba... Essas sim, são uma boa referência!

 

Agora elfos...

Se esta moda de imitar personagens de filmes pega, qualquer dia temos um monte de geeks a andar na rua vestidos de Darth Vader sempre que há um novo filme da saga Star Wars! Ou então com um sabre na mão!

(O quê? Já acontece? Mas querem ver que...)

 

Se esta notícia se tornar popular, um dia enviarão um jornalista a casa desta rapariga, que irá interromper os seus momentos de leitura... E nessa altura, quando o jornalista bater à porta do quarto dela e ela abrir a porta, aposto que sei o que ela vai perguntar!

"Então mas os homens existem mesmo?"

O mesmo que dizem os fãs de Star Trek, mas em relação ao sexo oposto.

24
Mai08

A aspirar um mundo.

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No mundo do marketing existem vários tipos de abordagem. Existe a abordagem sincera, simpática, simples e honesta. E existe também o inverso, a abordagem de vendedor de aspiradores.

Quantos de nós não se depararam com aquele sorriso de quem é nosso amigo porque está ali a apresentar-nos a inovação no mundo da aspiração?

Aquele sorriso que, na verdade, quer dizer “Epá, compra lá esta porcaria para eu ganhar uns trocos e poder dizer às miúdas da minha terra que sou comercial de vendas!”.

Sim, porque o vendedor de aspiradores diz-se comercial de vendas.

Na verdade, não o é.

Um comercial de vendas, geralmente, não nos aspira o hall de entrada. E isso faz toda a diferença.

O vendedor de aspiradores sabe tudo sobre o mundo da aspiração. E sabe que o nosso aspirador é mau.

Qualquer aspirador que nós tenhamos será pior que aquele que ele tem ali para nos vender.

"Ainda bem que veio, caro vendedor de aspiradores! Estava mesmo a precisar de um aspirador com um mostrador electrónico que avisa quando o saco está cheio!"

Mas com tanta tecnologia de ponta, será que não conseguem inventar um sensor que determina se nós estamos ou não interessados no aspirador?

Se eles, os vendedores de aspiradores, o tivessem, tudo seria mais fácil!

Suponhamos um localizador de pessoas interessadas em aspiradores provenientes do Paraíso. Se os vendedores de aspiradores tivessem um, tudo seria óptimo!

Bastava eles passarem numa rua e ele dir-lhes-ia onde estão os clientes. Facilitava-lhes o trabalho.

Poupava-lhes tempo.

Mas, acima de tudo, eles deixavam de me chatear!

Não me aspirem mais a paciência, pá.

20
Mai08

Deglutir é engraçado.

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Comer, tal como Valentina Torres evidencia, é algo divertido de se fazer.

Eu confesso: acho que o acto de comer é das coisas mais cómicas que a nossa vida nos permite visualizar.

 

Antes de mais, a forma como comemos hoje em dia é das coisas mais maricas que a Humanidade pode criar. Em especial, aquela forma de gala, tão bem apanagiada por Paula Bobone em todas as suas publicações.

O pano sobre as pernas, os 3 copos para diferentes bebidas, o não apoiar os cotovelos na mesa e, como piéce de resistance, os talheres na posição que indica que já acabámos de comer.

 

Porquê tudo isto, porquê?

Porque é que não deixamos cair a comida em cima das pernas, indo depois com as calças sujas para a sessão de fotografias a seguir ao almoço?

Porque é que não bebemos tudo através do mesmo copo, podendo assim beber vinho espumante com sabor a sumo de laranja e vinho tinto?

Porque é que não falamos com os cotovelos em cima da mesa, deixando as mãos ao nível do nosso cabelo?

Porque é que não deixamos os talheres desarrumados e gritamos simplesmente "Ó garçon, vem mas é tirar o prato da minha frente antes que eu coma mais e dê cabo do meu colesterol!"?

 

Eu sei a resposta e, por muito que eu não a quisesse dizer, vocês iriam implorar-me para que vos desse essa resposta.

Cedo à vossa pressão e digo-vos: Nós gostamos disto porque, por vezes, gostamos de nos sentir um pouco mais do que animais.

Querem mais uma prova? Sexo tântrico.

E mais não digo.

 

A verdade é que a comida está cada vez mais cara. Que o digam os clientes da Wall Street Burger Shoppe. E a história encontra-se devidamente hiperligada nesta brilhante palavra.

Na Wall Street Burger Shoppe existe um hambúrger que custa nada mais nada menos que 175 dólares. Portanto, este hambúrger custa mais que um barril de petróleo. (Por enquanto, claro. Daqui a um ano não poderei dizer o mesmo. E a GALP agradece.)

 

E a ideia da Wall Street Burger Shoppe é simples: há dias maus de negócios na bolsa de Wall Street... Mas também há dias bons! E para esses dias bons, há este hambúrger!

Isto, confesso, faz-me alguma confusão... Haverá alguém que, para comemorar o brilhante negócio que acabou de fazer, vá comer um hambúrger?

Claro que não!

Irá, como é óbvio, abastecer o depósito do carro!

 

Já do outro lado do mundo, outra história chega a este deprimente blog. Eis a ligação.

(Escrevi bem "eis"!)

Um neo-zelandês tentou comprar comida numa estação de serviço a troco de cannabis. Não reparou foi que o cliente atrás dele na fila era um... Agente da polícia.

Mas, ainda assim, eu levanto a questão: será que o empregado da estação de serviço aceitaria tal moeda?

Se o caso se passasse nas festas de trance que se realizam em Vila de Rei, a resposta seria outra...

Mas... Na Nova Zelândia?

Talvez... Afinal, só alguém bem mocado é que é capaz de dançar o haka no início de um jogo de râguebi.

14
Mai08

Mas que artigo jeitoso!

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Freud, como é sabido, defendia que todos nós nos movíamos ao sabor do que a líbido nos ordena.

Eu não acho, na medida em que o Estádio da Luz ainda vai enchendo para que as pessoas na bancada vejam a sua equipa perder. Se isso é prazer libidinoso então aquela tara por pés começa a ter algum sentido de existência.

 

Ainda assim, muitas são as evidências que me obrigam a, pelo menos parcialmente, concordar com Freud.

Uma delas é o facto de os trabalhadores da construção civil, os da verdadeira mão-de-obra (vulgarmente apelidados de trolhas), mesmo passando o dia de volta do betão e do ferro, não serem capazes de ignorar as senhoras que passam na rua.

Todos nós sabemos meia dúzia de piropos de trolhas, e há que confessar que alguns deles são bem originais.

 

Mas... Como fica a mulher depois de assediada por trabalhadores das obras?

Este é um trauma sobre o qual nem José Gameiro deve ter meditado.

Como interpretam as mulheres um piropo de senhores das obras: um elogio ou algo assustador?

A resposta pode vir na tese de mestrado de Holly Kearl, recentemente noticiada no site da CNN. Mais precisamente aqui.

 

Kearl diz-nos que podem haver as duas reacções em epígrafe enunciadas.

Das 225 mulheres que responderam ao inquérito, 98% diz já ter sido alvo do belo piropo na rua.

98%, caros leitores.

 

Isto quer dizer que, à parte de um certo erro, 98% das mulheres deste mundo têm, pelo menos, um admirador. Ainda há esperança para a Lili Caneças.

Mas 30% das mulheres dizem que são alvo de piropos muito frequentemente.

 

Eu devo confessar que não lanço piropos ao desbarato a moçoilas que não conheço.

Parece-me bastante estranho, ainda para mais num país onde há mais mulheres que homens.

Mas ainda há mais!

Eu gosto de olhar para as mulheres para além do corpo. Gosto de olhar para a carteira, por exemplo. E para o carro.

E há quem goste de olhar para o interior das mulheres. A sua essência. Coisa que eu também faria, se as radiografias não estivessem tão caras...

 

Mas uma professora de psicologia diz-nos algo que merece a nossa atenção.

Segundo ela, os piropos fazem com que as mulheres olhem para elas como sendo apenas um corpo, esquecendo-se que também são seres humanos e inteligentes.

Pois é, coitada da Merche Romero.

Já se esqueceu que sabia fazer continhas de somar...

 

O que me parece é que Freud tinha razão: nós só pensamos em sexo.

No entanto, eu diria que somos irracionais ao fazê-lo. Pelo menos nós, homens.

Porque, digam-me mulheres, nós com piropos não aumentamos a nossa probabilidade de vos levar para cama... Ou aumentamos?

12
Mai08

Vamos multar a camada do ozono por ela se querer ir embora? Vamos?

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Acho que ainda é segredo.

Ninguém sabe, mas eu investiguei e digo aqui, em primeira mão e pela primeira vez: O aquecimento global está aí.

Ecoam vozes de espanto com tal afirmação.

 

“Miguel, estás doido? Ainda ontem me constipei ao frio…”

Tal como todas as grandes personalidades da nossa História, também eu estou a ser negado por vocês agora.
Um dia mais tarde perceber-me-ão. E chamar-me-ão génio.

 

O aquecimento global está aí e, vocês não sabem mas eu sei, os governos estão a par disso. Na verdade, fui eu que lhes disse.

Disse ao Lula da Silva e ele percebeu.

Disse ao Sarkozy e ele percebeu.

Disse ao Bush mas ele não me deu grande atenção porque estava a jogar Command and Conquer, a fim de perceber que país vai ele invadir até ao fim do mandato.

Tentei dizer ao Sócrates mas nunca o vi no edifício da Ordem dos Engenheiros. Disseram-me que ele costuma ir ao Teatro Maria Matos. Tenho de ir lá tentar.

 

Como já avisei todos os governos dos países do mundo civilizado e também a Madeira, já se vêm muitas medidas para evitar o aquecimento global a serem tomadas.

A mais recente vem do executivo de Tallin e a notícia, não vão acreditar, está nesta trissilábica palavra.

 

Os agricultores da Estónia receberam um aviso do seu governo a avisar que vão começar a pagar uma taxa de emissão de gases poluentes, referente à flatulência do seu gado

Eu não sabia disto, mas a notícia conta que, por dia, uma vaca produz por dia, em média, 350 litros de metano. Cerca de metade do que produz Pinto da Costa, segundo “Eu, Carolina”.

 

A medida, perdoem-me a franqueza, é estúpida. É certo que, segundo a notícia, as emissões de gases provenientes das vacas estonianas equivalem a 15-25% da emissão global de gases pesados para a atmosfera. Mas… Já tentaram tudo em relação à emissão de gases dos automóveis? E na indústria, já tentaram tudo? E a produção de energias renováveis, já está ao rubro?

É que se é para atacar as vacas assim tratem de policiar devidamente a envolvente ao Técnico durante a noite.

 

Mas… Porquê as vacas? As vacas (as estonianas), parecendo que não, ainda alimentam muita gente, especialmente em tempo de crise alimentar.

Se querem mesmo evitar a emissão de metano para a atmosfera, eu sugiro algo diferente: Proibir o consumo de feijão, grão ou favas.

Isso sim, seria eficaz.

09
Mai08

Não desperdicem um terço de Crispi-X, por favor.

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A crise alimentar está aí, segundo muitos. E eu também concordo, ou não tivesse visto António Guterres na CNN a falar do assunto. Se a CNN apostou em Guterres para falar de um assunto, é porque o assunto é óbvio, inquestionável e não tem contas pelo meio.

 

É verdade, pois. O preço das matérias primas sobe, o preço do combustível (necessário para o transporte de alimentos) sobe e a sociedade em geral começa a não conseguir alimentar tantas carteiras capitalistas.

(Ah, Jerónimo de Sousa, já aprendi o seu léxico.)

Com tudo isto, vamos começar a poupar na comida. Pelo menos na mais cara. Mas, em última instância, vamos todos começar a comer menos. Ou seja, a continuar assim, um dia ainda veremos Valentina Torres elegante.

 

Ainda o mundo vive atónito perante esta realidade quando um estudo na Grã-Bretanha conclui algo ainda mais surpreendente. (Podem encontrar a notícia nesta magnífica hiperligação.)

Um terço da comida que os britânicos compram acaba no caixote do lixo. Um terço!

Eu confesso que já desconfiava. Sempre que via a Victoria Beckham ficava com a impressão de que ela nunca comeu um iogurte até ao fim. Já a injecção de silicone, essa foi até acabar a dose. E isto diz muito acerca de Victoria Beckham: ela dá mais importância ao peito dela que ao que ela come. Tal como o seu marido, presumo.

 

Mas os números apresentados são avassaladores.

Por ano, cerca de 1,3 milhões de iogurtes não abertos, 440 mil refeições prontas e 5500 frangos inteiros são enviados para o lixo. (Nota: este último número poderá aumentar no próximo ano se o guarda-redes Ricardo for jogar para a Premiership.)

 

Estava tentado a dizer à boa maneira portuguesa “é muita fruta” mas, na verdade, não é fruta nenhuma. Ou, pelo menos, a notícia não fala em fruta.

Parece-me que, com tudo isto, está na Moda poupar na comida. E os casos de anorexia entre os modelos de passerelle são prova isso.
 
Mas também... Se nós, portugueses, tivéssemos a gastronomia dos britânicos, talvez deitássemos 1 terço da comida fora.

E, em vez de comer, iamos procurar a Maddie.

06
Mai08

Embriaguez precoce.

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Hoje revi-me numa das notícias que li.

A notícia está na hiperligação da próxima frase. Esta.

E fala de um senhor que, ao beber uma cerveja, ficou altamente alcoolizado.

Chama-se Iancu Boroi, tem 35 anos e é romeno.

 

Calma, amigos: eu revejo-me na história mas nunca fiquei altamente alcoolizado.

Mas penso que, dada a minha elevada inexperiência no assunto, ficaria altamente alcoolizado consumindo apenas uma reles cerveja. Tal como Iancu.

 

Surge então o momento da meditação, caros leitores.

Digam-me: isto de beber uma cerveja e ficar bêbado... É bom ou é mau?

Bom... Segundo Iancu Boroi, é mau. Tanto mais que está a pensar apresentar queixa relativamente à marca de cervejas! Porque ele não se conforma em ter-se embebedado com apenas uma cerveja.

 

Sinceramente, caro Iancu, não me parece lógico que o senhor culpe uma marca de cervejas de você ser um copinho de leite.

(Nota: Tal como eu.)

 

Eu tenho outra visão sobre este assunto: É óptimo ficar extremamente alcoolizado com apenas uma cerveja.

Já pensaram no dinheiro que se poupa com isto?

Tanta gente a beber bebidas brancas, whiskies e Licor Beirão para se embebedar e depois gozar a noite... E tanto eu como Iancu temos a possibilidade de ter tudo isso com apenas uma cerveja!

Isto não vos deixa a roer de inveja?

 

Não se queixe deles, senhor Iancu.

Até porque se não se quer embebedar a beber cerveja, beba cerveja sem álcool!

 

Já que falo em cervejas sem álcool... É impressão minha ou beber cerveja sem álcool é um bocado... Maricas?

Não sei, mas... Ou se bebe ou não se bebe!

Agora isso dos meio-termos...

Sempre duvidoso, sempre duvidoso.

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