Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

há Dias assim...

Há dias históricos, banais, marcantes, deprimentes, excelentes, maus, magníficos, secantes, fantásticos, desinteressantes e, quiçá, bons. E depois também há Dias assim... Se gosta de Dias assim, parabéns. Está no blog certo.

Há dias históricos, banais, marcantes, deprimentes, excelentes, maus, magníficos, secantes, fantásticos, desinteressantes e, quiçá, bons. E depois também há Dias assim... Se gosta de Dias assim, parabéns. Está no blog certo.

há Dias assim...

31
Mar09

Se queres que o teu filho venha a ser como o Joaquin Phoenix, dá-lhe isto.

delta_unit

Reconheço que por não consumir bebidas alcoólicas perco muitas experiências de vida.

Sei que com este princípio nunca saborearei uma manhã de ressaca, a regurgitação ébria ou a Super Bock Pêssego.

 

Ainda assim é óbvio que, tal como qualquer posição extremista, esta também me deixa socialmente ferido.

Porque ter um vodka com laranja na mão é cool ou então porque só no estado embriagado é que muitos de nós dizem o que lhes vai na real gana.

A experiência diz-me que isto de ser extremista não é tão bonito quanto a malta do BE, certamente alucinada, costuma dar a entender.

 

Há, no entanto, algumas coisas no mundo da cerveja que eu gostaria de experimentar.

Será que a espuma de uma imperial é assim tão importante?

E a Guiness? O que raio se passa naquele copo? Aquilo sabe bem?

São tantas as experiências mas, no meio de todas, destaco uma: abrir latas de cerveja.

 

Antes de mais, parece-me lógico que quem inventou a lata de cerveja era, indubitavelmente, português.

Porque a lata dá para levar para todo o lado, envolta em gelo, e não precisa de nenhum utensílio para se abrir.

E não me parece que haja outro povo a querer cerveja em todo o lado.

(Obviamente que a Irlanda é um mundo à parte. A meu ver, a Irlanda é uma grande cerveja na qual navega um navio chamado Dublin.)

 

Mas a lata... A lata de cerveja tem uma magia muito própria.

O puxar do pedaço de metal, que potencia a abertura da lata.

Aquele barulho mágico.

E o ajuste final do pedaço de metal, para que o acto de ingerir fique mais fácil para o senhor.

 

Tudo isto eu tenho perdido.

Tudo isto a Bandai nos oferece agora.

 

(A hiperligação para a notícia, claro, não podia faltar.)

 

No Japão a empresa de brinquedos Bandai criou um brinquedo que simula a abertura de uma lata de cerveja ou uma qualquer outra bebida gaseificada.

Pensem positivo, caros leitores: quando alguém vos perguntar quanto custa a estupidez, podem sempre responder que custa 819 ienes.

 

A ideia é boa se pensarmos que em Portugal se vendem bonecas que urinam.

Mas pode dar azo a muitos problemas de interpretação.

"Mamã, posso ir para casa do André abrir latas de cerveja?"

 

A abertura de uma lata de cerveja é um gesto natural.

Algo que o nosso instinto nos ensinou tão bem que não precisa de ser treinado na infância.

Alguém nos ensinou a comer?

Claro que não! É tão natural como nós!

E quem tiver alguma disfunção e não saiba comer terá sucesso também, pois o que não faltam aí são passerelles.

 

O mesmo se aplica ao abrir de latas.

Quem não souber abrir latas irá conseguir sobreviver neste mundo.

Poderá não coleccionar os pedaços de metal que se puxam ao abrir a lata na argola do seu porta-chaves, como algumas pessoas fazem.

Mas, bolas, nem todos temos de ser idiotas!

23
Mar09

Nem quero saber como se abastece o reservatório disto...

delta_unit

A saga The Matrix já nos avisou, mas ninguém disse que a malta da Warner Bros. era boa conselheira.

Ainda assim, ficou o repto: cuidado com as máquinas que elas um dia viram-se contra nós.

Porque a máquina quer-se inteligente para não termos de lhe dar ordens a todo o instante.

Mas se a máquina for mesmo inteligente, depressa se aperceberá que a Humanidade ainda concebe seres tão idiotas como o Toy, e nessa altura a máquina deixa de se orgulhar de ser um rebendo da nossa espécie.

 

Enquanto o tempo do "Homem vs. Máquina" não chega, o homem vai dando motivos para que, no futuro, a máquina se chateie connosco.

(E nessa altura pensem positivo: As máquinas também não aceitarão a existência deste blog.)

Motivos como este que vos apresento no próximo parêntesis.

(Aqui.)

 

No MIT, Universidade de respeito que um dia assinou um protocolo com Portugal, estudantes desenvolveram uma máquina que trata da manutenção das plantas lá de casa, urinando nos vasos.

Sem dúvida, uma máquina digna.

A máquina que faltava para completar o ecossistema da nossa casa.

Longe vão os tempos em que se ralhava com o cão por este urinar nos vasos de flores.

Agora - imagine-se! - inventam-se máquinas para fazerem aquilo que um dia os cães estavam proibidos de fazer.

 

Ainda assim, esta "máquina de urinar" parece-me extremamente inútil, demonstrando claramente que foi inventada por um conjunto de pessoas que, nos tempos livres, joga muito World of Warcraft.

Se o ideal para as plantas das nossas casas é receber urina de vez em quando, está na hora de as mulheres deixarem de reclamar com os maridos por chegarem a casa tarde e embriagados!

"Calma, Maria! Eu estou assim mas durante a noite vou urinar muito, e assim cuido dos teus manjericos."

 

Até porque, verdade seja dita: Máquinas de urinar todos nós somos.

Para quê inventar uma máquina que faz aquilo que todos nós fazemos, de forma natural e sem qualquer esforço?

É idiota.

É como inventar uma máquina feia e sem qualquer traço de inteligência, mas que saiba marcar golos, e oferecê-la ao Cristiano Ronaldo.

 

Peço cuidado a estes inventores de máquinas, pois no dia em que elas forem inteligentes hão-de pedir-nos explicações sobre a criação das suas irmãs.

E aí todos ficaremos embaraçados.

Explicar um parquímetro é fácil.

Já uma máquina de urinar...

 

E agora com licença, tenho de ir ao urinol satisfazer as minhas necessidades básicas.

Espero que não estejam muitas máquinas a fazer fila.

18
Mar09

Portugal Guide IV

delta_unit

O português gosta de pensar por si.

E dir-me-ão vocês:

"Pois claro! Todos os seres humanos gostam de pensar por si, independentemente da sua nacionalidade."

Não é verdade.

Basta verem o povo venezuelano a deixar que o Hugo Chávez se torne no novo ditador da América Latina para perceberem que o pensamento apresentado em epígrafe é uma verdadeira falácia.

 

Although their appearance might say the opposite, portuguese people love to think by themselves.

They know there are those who are specialists on every subject and write on journals or talk on the national television.

But in Portugal 80% of those specialists are corrupted not to say the real truth.

So, for the regular person, the best choice is to think by himself.

 

O problema é que o português comum, tal como qualquer cidadão do mundo, não gosta de se informar como deve ser.

E é à sombra dessa lacuna que surge uma entidade no dialecto português que - qual Darth Vader qual quê! - é o verdadeiro vilão.

Em Portugal, o vilão está no plural.

E os portugueses referem-se ao vilão usando apenas e só uma palavra:

"Eles".

 

The sad part of thinking by themselves is the fact that a portuguese guy can't talk about everything.

In fact, who knows about world economy?

Judging by the actual situation, nobody.

The problem of portuguese people is only one: they don't like to get information about the subjects they're talking about.

So, when it's time to say whose fault is this, portuguese people rely it on one word:

"They".

 

"Eles só aí andam na caça à multa!"

"Eles estão a dar chuva para amanhã."

"Eles é que não sabem mandar neste país!"

"Eles dizem-nos para meter o dinheiro no banco mas na verdade estão a metê-lo no bolso deles."

"Eles não sabem sinalizar as estradas."

"Eles não têm amor à camisola."

"Eles passam sempre a mesma música."

 

You may not be used to this, but portuguese people is always talking about "them" as if "they" were everywhere, taking all the important decisions that society faces.

And "we" are the small ones, who have to take "their" decisions without saying a word.

Something like:

They're taking bad decisions on the Wall Street and we are the ones who really suffer the consequences.

Or...

They always beat us on european or world football championships.

 

E se por vezes é lógico quem são "eles", muitas são as situações em que damos por nós a ter a certeza que a outra pessoa não sabe bem quem são "eles".

Mas é precisamente por isso que o termo "eles" é utilizado.

Porque é suficientemente abrangente para que, na verdade, se acerte em quem tem realmente a culpa.

Ainda assim, caro leitor, sugiro-lhe uma loucura.

Quando alguém se referir a "eles", lance a pergunta:

"Eles... Mas 'eles' quem?"

Aposto que a resposta será:

"Epá, os gajos que fazem isto."

 

If you're not thinking about talking with portuguese people, you don't have to worry.

However, if you're into contacting with them, please be ready to listen about how evil "they" are.

And all those bad things "they" do.

But please, do not ask a portuguese person "Who are 'they'?"

Because the portuguese will think you think he's stupid, but he isn't.

Even if he votes on José Sócrates, he's not as stupid as that looks.

16
Mar09

O mito que eu nunca consegui contrariar.

delta_unit

Por experiência, inocência ou então parvoíce, acho que a ciência funciona.

E por muito que esta ideia de explicar o universo através de contas e princípios universais possa soar a idiota, continuo a achá-la mais razoável que o que Ratzinger preconiza.

 

No entanto, a ciência tende para o falhanço quando procura explicar a natureza humana.

E porque é que isto acontece?

(Sim, adivinhou, caro leitor. Encontra-se perante mais um bonito exercício de retórica.)

Eu não acho que isso se deva à elevada complexidade do Homem, nem tão pouco ao facto de cada um de nós ter a capacidade de pensar por si próprio e de se abstrair, ainda que apenas aparentemente, da realidade onde se encontra, agindo assim das formas mais inesperadas.

Não.

Para mim, a ciência não explica decentemente o ser humano porque quem investiga a sério, na verdade, não tem grande contacto com os outros seres humanos.

 

E sim, eu sei que nem todos os cientistas usam óculos de elevada graduação, barba grande e camisa aos quadrados para dentro das calças.

Aliás, eu já acreditei que os cientistas podiam ser cool.

Mas depois surgem certos estudos que me fazem acreditar exactamente o contrário: os cientistas usam todos óculos de elevada graduação, barba grande e camisa aos quadrados para dentro das calças.

Estudos como este que agora vos reporto.

 

(E cujo link se encontra aqui.)

 

Um estudo encomendado pela seguradora Sheila's Wheels conclui que, para se arranjar para um encontro especial, uma mulher demora em média 23 horas e 45 minutos a preparar-se.

Perdoem-me, mas o que eu acho que acontece é que as mulheres quando marcam encontros com estes cientistas precisam de 23 horas e 45 minutos para se mentalizarem bem no sarilho em que se estão a meter.

 

Uma mulher quer-se arranjadinha num encontro, pois claro.

E elas arranjam-se, para bem da continuidade da Humanidade.

Mas, caros cientistas, elas não demoram quase um dia a arranjarem-se!

Pode parecer inacreditável, sim, que existam tão belos seres humanos, com atraentes curvas, tão distintas das nossas enquanto exemplares macho da espécie, mas elas existem.

Nomeadamente fora dos laboratórios onde os senhores cientistas passam os dias todos.

 

Apesar de fascinado pela coisa, nasci abençoado por não ser cientista, podendo assim ter encontros com mulheres.

E posso garantir a qualquer cientista, com base na observação, que elas não demoram um dia a prepararem-se para um encontro.

Ainda assim, isto pode querer dizer que, na verdade, nunca uma mulher considerou à partida um encontro comigo algo de verdadeiramente especial.

(Estou ciente dessa possível explicação e já meditei sobre ela e, perdoem-me o ego, conclui que não é muito correcta.)

 

As mulheres gostam de se arranjar, de se porem bonitas.

E nós agradecemos.

Na verdade até retribuímos da mesma forma, e é aí que o cientista falha.

Porque o cientista não se arranja.

Não tem tempo.

E depois afirmam que quem se arranja são as mulheres e os pederastas.

 

O estudo diz ainda que existe uma percentagem de mulheres que, antes de um encontro, vão ao solário, colocam botox ou até branqueiam os dentes.

É possível? Claro que sim.

Mas estou a crer que, no caso dos cientistas, nada disto acontece.

O que lhes pode acontecer é marcarem um encontro com uma mulher e ela, ao aperceber-se da situação onde se está a meter, contrata uma "acompanhante de luxo" para ir desempenhar o seu papel.

 

"Minha senhora, está muito diferente da fotografia que vi no seu Facebook!"

"Pois... Eu arranjei-me para este encontro, Sr. Einstein."

10
Mar09

A prova de que, no Vaticano, ninguém percebe de mulheres.

delta_unit

No domingo passado comemorou-se uma vez mais o Dia Internacional da Mulher.

Alguns acham que o dia não tem sentido, outros defendem-no de forma aguerrida.

Para mim, sinceramente, não era preciso este dia.

Porque eu, ao contrário do José Castelo Branco, penso em mulheres durante todo o ano.

Não é preciso chegar o 8 de Março para pensar: "Olha, as mulheres existem!"

 

Sou até um acérrimo defensor da igualdade de direitos.

Se um homem pode chegar tarde ao trabalho e justificar-se com o jogo do Benfica na véspera, a mulher também o pode fazer justificando-se com a novela da noite.

E eu digo mais: Se uma mulher grávida tem prioridade nas filas de espera, o Fernando Mendes também devia ter esse direito!

 

No entanto, nem toda a sociedade pensa da mesma forma.

Até porque, verdade seja dita, existem diferenças entre o homem e a mulher que não devem ser disfarçadas, por muito que a Solange F. discorde comigo.

E no meio de todas as ideias diferentes, eis que surge a do Vaticano.

 

(A notícia, pois claro, anda por aqui.)

 

O que terá contribuído mais para a emancipação da mulher ocidental?

A pílula? Não, claro que não, que é pecado!

O direito ao aborto? Jamais! Isso é matar!

Pois é, leitores, segundo o Vaticano, o que mais ajudou a mulher a ganhar direitos na sociedade ocidental foi... A máquina de lavar roupa.

 

Não houvesse máquina de lavar roupa e Hillary Clinton estaria em casa, a esfregar as camisas do marido, e não na equipa de Obama.

Com a máquina de lavar roupa foram-se as preocupações e a "água fria da ribeira" da Aldeia da Roupa Branca não mais foi motivo de constipação.

 

Vêem, caras leitoras, como nós, homens, somos bem simpáticos?

Sim, porque quem vos libertou fomos nós!

Afinal, a máquina de lavar roupa terá sido inventada por um homem.

Um homem com grande sentido de igualdade, ou então um homem que apenas queria a sua mulher disponível para outras coisas.

 

Mas dito desta forma irónica até parece que as mulheres não têm mérito na luta pela igualdade.

Têm, claro que têm!

Só é pena que ainda hajam mulheres como a Elsa Raposo a estragarem a reputação do género.

Mas nós, homens, também temos o Cristiano Ronaldo.

Vá lá... Ainda há igualdade de figuras tristes entre sexos.

 

Nota: Antes que chovam comentários a apelidarem-me de machista informo quem ler este artigo que eu nunca recorro à ironia. Nem mesmo nestas notas com um tipo de letra mais pequeno.

 

09
Mar09

Apenas um pouco pior que os outros.

delta_unit

Olá leitores!

 

Posso fazer um artigo diferente do que é costume e certamente pior que todos os outros?

(Então, ninguém responde?)

Sinto que, se não for hoje, nunca será.

Porque hoje foi um dia bem especial.

Porque hoje passeei pela internet, coisa que, como já repararam, é muito rara para mim.

 

Ainda há pouco li na Blitz que Rihanna já está a gravar o sucessor de "Good Girl Gone Bad".

O alinhamento ainda não é conhecido mas eu diria que o CD se irá chamar "Good Girl Got Beaten".

 

Também na minha viagem pelo mundo informativo li na BBC que um provador de cafés contraiu um seguro em relação à sua língua no valor de dez mil libras.

Parece-me bem, sinceramente. Há que segurar aquilo que utilizamos na nossa vida!

Ao que parece, também Vasco Pulido Valente tentou recentemente fazer um seguro em relação ao seu pensante cérebro, mas desistiu quando reparou que a avaliação mais alta do seu cérebro era de 15 euros.

 

No JSOnline descobri que nos Estados Unidos da América vive uma senhora que atende pelo nome de Marijuana Pepsi Jackson.

E eu não percebo o porquê de tanto alarido à volta do nome da senhora.

A julgar pelo nome, esta é capaz de ser a mulher perfeita: É calma, doce e gosta muito de crianças.

 

Do estado norte-americano da Florida chega-nos a história de uns pescadores que continuaram a pescar enquanto o seu barco se afundava.

Gente dedicada, esta.

O presidente do Sporting, Soares Franco, já demonstrou a sua solidariedade com os pescadores, afirmando que também segue a mesma filosofia quando mantém a aposta em Paulo Bento.

 

Finalmente, no Daily Mail diz-se que as pessoas com uma maior velocidade de reacção têm uma maior esperança média de vida.

Portanto, quanto mais rápida a reacção, mais longa será a vida.

É então tempo de todos darmos os parabéns a Andy Samberg, Akiva Schaffer e Jorma Taccone, os criadores de "Jizz in My Pants".

A julgar pelo que cantam, chegam à centena facilmente!

06
Mar09

Nem só Bruno Aleixo vos deixa conselhos.

delta_unit

Apesar de preocupante para o nosso futuro, bem sei que haverão adolescentes a lerem estes artigos.

Não que estes sejam leitores frequentes deste blog, pois na verdade este conceito não deve existir.

Digo isto porque por vezes reparo através do Sitemeter que há quem entre no meu blog procurando no Google pelos "benefícios do sumo de laranja".

Se não for um adolescente à procura disto com o intuito de dizer à mãe que afinal o sumo de laranja não é assim tão superior à cerveja, não percebo quem mais poderá fazer este tipo de pesquisa.

 

Para esses, os adolescentes que me lêem, já tenho deixado aqui alguns conselhos.

Não que eu seja alguém com experiência de vida para tal.

Longe de mim o patamar de Maya, que todos os dias nos diz o que devemos fazer e o que devemos evitar.

Apenas vou dando alguns conselhos porque me baseio em histórias que vou lendo na internet, na vaga esperança de, graças a elas, potenciar um melhor futuro para a raça humana.

 

Assim sendo, caros jovens, deixem-me dar-vos o seguinte conselho:

Obdeçam sempre aos vossos pais.

Podia dizer que é por estes quererem o melhor para vocês, ou podia até puxar da guitarra e fazer uma musiquinha em sol maior que vos explicasse bem isto, quiçá com uma referência a um fantasminha brincalhão, mas eu ainda tenho cabelo e o meu bigode, para além de escasso, não é branco.

Como é que eu vos convenço que este conselho é bom?

Exacto, é mesmo isso: Com uma notícia.

 

(Que, para não variar muito, aparece no parêntesis logo a seguir à enunciação da mesma. Neste, portanto.)

 

Em Bangor, no estado norte-americano de Michigan, Joseph Rabadue, de 17 anos, acatou a ordem do seu pai, Roy Rabadue, quando este lhe mandou levantar-se do chão e sentar-se num sofá.

Minutos depois de Joseph se ter sentado no sofá, um camião colidiu com a casa dos Rabadue, destruindo a televisão e imobilizando-se apenas no local onde Joseph se encontrava deitado antes.

 

Ser pai é isto.

É ter o poder de dar ordens e depois, num acaso da natureza, essas ordens salvarem o coiro aos filhos, dizendo no final a épica frase "Vês, filho, como eu tinha razão?".

No fundo, um bom pai não se caracteriza pela personalidade, pela proximidade com os filhos ou pela abertura de mente.

No fundo, um bom pai tem de ter uma valente dose de sorte.

Tivesse o camião chocado com o sofá ao invés de cair no sítio onde Joseph estava deitado e Roy Rabadue seria um enviado de Santanás, que pediu ao seu filho para se sentar no sofá onde, minutos depois, um camião viria a embater.

 

Ainda assim, não quero aqui criar um movimento adolescente parvo e sem sentido, que para isso já bastam os pequenotes que crescem a ver os programas da Luciana Abreu.

Apesar do apontamento da sorte, continuo na certeza que o adolescente deve obdecer aos pais.

Pelo menos quando está em casa a ver televisão deitado no chão.

Se, por outro lado, estiver numa festa de anos e aquela amiga estiver a fazer olhinhos lá do canto da sala, então que se dane o telefonema do pai que certamente dirá "Olha que já é meia-noite, anda para casa!".

 

Para mim, o verdadeiro desafio da adolescência é isso: saber distinguir que ordens dos nossos progenitores devemos acatar.

Há os que tomam a decisão certa, e desses ninguém dá conta.

E depois há o Mickael Carreira.

04
Mar09

Antes uma Barbie que uma action figure do vocalista de Tokio Hotel.

delta_unit

Nestes atribulados tempos de crise, eis a questão que eu lanço para o ar:
Qual é, afinal, o grande inimigo da nossa sociedade?

 

Responder a esta pergunta promete ser difícil.

Será o próprio sistema financeiro que não nos deixa viver os dias de uma forma mais descansada?

Ou será Paulo Bento o culpado disto tudo, quando coloca o Abel na equipa principal?

 

Haverá com certeza muitos pensadores a meditar sobre isto, e haverá até aqueles, certamente idiotas, que acham, por exemplo, que o nosso país em específico só está em crise devido ao bacalhau.

Mas não, amigos, a era das teorias acabou.

Está na hora de passar aos factos e perceber quem é o verdadeiro inimigo da sociedade moderna.

 

(A notícia está aqui.)

 

O norte-americano Jeff Eldridge, do estado de West Virginia, propôs uma lei proibitiva em relação à venda de exemplares da Barbie no mesmo estado.

A busca acabou aqui, caros leitores.

O mundo está na ruína por causa da Barbie.

Acabaram as preocupações em relação à economia, acabou a procura de Bin Laden, acabou a petição para o fim das emissões de "Morangos com Açúcar".

 

Afinal uma Barbie é mais nociva do que muitos pensavam.

E isto porque, segundo Eldridge, o culto à Barbie promove a sobrevalorização do aspecto físico das pessoas, relegando para o segundo plano a componente intelectual.

Vamos a isso, pois claro! Barbies todas no lixo!

O que nós queremos são crianças que passem o dia na escola e que, chegadas a casa, leiam Tolstoi sentadas no sofá.

Brincar? Não, isso não é para elas.

Isso é do domínio dos auto-intitulados Jet Set.

 

Está na hora de atacar as Barbies, pois claro, que as crianças são pequenas e não têm margem de progresso ao nível intelectual.

Mas vamos deixar as revistas cor-de-rosa nas bancas de jornais, que essas são lidas por gente crescida que, bem vistas as coisas, ainda vai bem a tempo de formatar o seu cérebro da forma mais eficaz.

Uma Barbie é como uma arma psicológica a favor da leviandade.

Mas as reportagens sobre os casos amorosos de Elsa Raposo não.

São um fino exemplar de jornalismo, que dificilmente se distingue da melhor literatura portuguesa.

 

Ironia à parte, acho que todas as raparigas deviam, na sua juventude, ter uma Barbie.

Pode ser fútil, materialista, sem conteúdo e falsa.

Mas se até Nicole Richie se deu bem com ela em "The Simple Life"...

02
Mar09

O divórcio gera mulheres bem sucedidas.

delta_unit

 

A ex-mulher do Scott tem uma empresa de papel higiénico.

A do Rol, uma marca prestigiada de relógios.

A ex do Moulin, uma cadeia mundial de electrodomésticos.

A do Karp, uma marca de produtos de limpeza para carpetes.

A ex do Colun, uma empresa de colchões.

A do Fed, uma empresa de transporte de bens.

 

Depois disto, tenho para mim que o divórcio até é bom para as mulheres.

E só duvido desta afirmação quando reparo que a ex-mulher do Simpl, coitada, só conseguiu arranjar um programa para o Governo de Sócrates.

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2009
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2008
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2007
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2006
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2005
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2004
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D