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há Dias assim...

Há dias históricos, banais, marcantes, deprimentes, excelentes, maus, magníficos, secantes, fantásticos, desinteressantes e, quiçá, bons. E depois também há Dias assim... Se gosta de Dias assim, parabéns. Está no blog certo.

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há Dias assim...

14
Mai08

Mas que artigo jeitoso!

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Freud, como é sabido, defendia que todos nós nos movíamos ao sabor do que a líbido nos ordena.

Eu não acho, na medida em que o Estádio da Luz ainda vai enchendo para que as pessoas na bancada vejam a sua equipa perder. Se isso é prazer libidinoso então aquela tara por pés começa a ter algum sentido de existência.

 

Ainda assim, muitas são as evidências que me obrigam a, pelo menos parcialmente, concordar com Freud.

Uma delas é o facto de os trabalhadores da construção civil, os da verdadeira mão-de-obra (vulgarmente apelidados de trolhas), mesmo passando o dia de volta do betão e do ferro, não serem capazes de ignorar as senhoras que passam na rua.

Todos nós sabemos meia dúzia de piropos de trolhas, e há que confessar que alguns deles são bem originais.

 

Mas... Como fica a mulher depois de assediada por trabalhadores das obras?

Este é um trauma sobre o qual nem José Gameiro deve ter meditado.

Como interpretam as mulheres um piropo de senhores das obras: um elogio ou algo assustador?

A resposta pode vir na tese de mestrado de Holly Kearl, recentemente noticiada no site da CNN. Mais precisamente aqui.

 

Kearl diz-nos que podem haver as duas reacções em epígrafe enunciadas.

Das 225 mulheres que responderam ao inquérito, 98% diz já ter sido alvo do belo piropo na rua.

98%, caros leitores.

 

Isto quer dizer que, à parte de um certo erro, 98% das mulheres deste mundo têm, pelo menos, um admirador. Ainda há esperança para a Lili Caneças.

Mas 30% das mulheres dizem que são alvo de piropos muito frequentemente.

 

Eu devo confessar que não lanço piropos ao desbarato a moçoilas que não conheço.

Parece-me bastante estranho, ainda para mais num país onde há mais mulheres que homens.

Mas ainda há mais!

Eu gosto de olhar para as mulheres para além do corpo. Gosto de olhar para a carteira, por exemplo. E para o carro.

E há quem goste de olhar para o interior das mulheres. A sua essência. Coisa que eu também faria, se as radiografias não estivessem tão caras...

 

Mas uma professora de psicologia diz-nos algo que merece a nossa atenção.

Segundo ela, os piropos fazem com que as mulheres olhem para elas como sendo apenas um corpo, esquecendo-se que também são seres humanos e inteligentes.

Pois é, coitada da Merche Romero.

Já se esqueceu que sabia fazer continhas de somar...

 

O que me parece é que Freud tinha razão: nós só pensamos em sexo.

No entanto, eu diria que somos irracionais ao fazê-lo. Pelo menos nós, homens.

Porque, digam-me mulheres, nós com piropos não aumentamos a nossa probabilidade de vos levar para cama... Ou aumentamos?

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