Tens BI? Não. Tenho hi5. Serve?
Imaginem a seguinte história:
Era uma vez um senhor que um dia acordou e pensou:
'Epá, era giro criar um site que fosse como um registo civil online, com fotografias e com todos os dados sobre as pessoas!'
Parece uma ideia parva, não parece?
Mas a história é real.
O site chama-se "hi5", e todos nós temos lá o nosso registo!
Todos!
Vá, há algumas excepções...
Mas todos nós, com a breca, temos o nosso hi5!
Mas... Porquê, meus amigos, Porquê a criação do hi5?
É mesmo importante deixarmos comentários aos nossos amigos no hi5?
"Ah e tal, és muito giro e talentoso. Tens um charme interminável e adorava ter um caso amoroso contigo."
Ok, eu já sei.
Escusam de o dizer assim em público, amigas.
Digam-me isso ao ouvido e terá melhor efeito.
(Duvidam que hajam amigas minhas a comentarem-me assim no hi5, duvidam? Então não visitem o meu hi5, para que a dúvida, ao menos, subsista... Vá lá! Ficaria extremamente contente se alguém pudesse equacionar apenas a possibilidade de que alguém me comente desta forma!)
Mas a sério: O hi5 é parvo.
Fotografias nossas com os amigos.
Fotografias nossas ao lado da estátua do Eusébio.
Fotografias junto ao animal de estimação.
Para quê?
Para que hajam comentários como:
"Estavas bonito nessa noite, estavas..."
"Deixa o àlcool, pá!"
Eu tenho o meu próprio hi5.
(O link está ali ao lado, para os mais curiosos. Mas não vos aconselho a visitar, a sério.)
E, diga-se: O meu hi5 não foge muito do normal.
Mas ainda hoje me questiono: O que ganhei eu com o hi5?
Nada.
Ganhei e-mails na minha caixa do hotmail, que é tão pouco movimentada.
Se o hi5 nos desse dinheiro, isso sim, era giro!
"Você recebeu um comentário nesta foto. Tome lá dois euros!"
Aí eu colocaria fotos inquietantes todos os dias!
Fotos junto à estátua do Eusébio, a um barril de cerveja ou até mesmo assim a espreitar por detrás de uma orelha do José Rodrigues dos Santos... Com uma postura de descobridor de um mundo novo!
Mas não. O hi5 apenas nos dá a oportunidade de ver as fotografias dos nossos amigos bêbados.
Não é mau.
Mas não precisamos de relembrar esses momentos através das fotos.
Basta lembrar como eles nos vomitaram as calças.
E isso, meus amigos, é uma recordação mais forte que as fotografias.