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há Dias assim...

Há dias históricos, banais, marcantes, deprimentes, excelentes, maus, magníficos, secantes, fantásticos, desinteressantes e, quiçá, bons. E depois também há Dias assim... Se gosta de Dias assim, parabéns. Está no blog certo.

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há Dias assim...

30
Jan08

Relatório de viagem: Oriente - Alferrarede

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Escrevo, pela primeira vez, um artigo em papel.

Coisa gira, esta.

Mais idiota ainda se pensarmos que vou ter de transcrever isto em computador.

 

Ainda assim, escrevo porque o momento é oportuno: estou no comboio.

E andar de comboio, convenhamos, é um bocado secante.

Porque não há nada para fazer.

 

Andar de comboio é como o futebol: há vários escalões.

Desde os campeonatos locais, que na CP significam "Suburbanos", até à SuperLiga, aqui conhecida como "Alfa-Pendular", a analogia entre a rede ferroviária e o futebol será sempre bem conseguida.

Senão reparem nesta bela analogia:

Nos comboios, nós não temos acesso directo à Liga dos Campeões! Não!

Porque a Liga dos Campeões é o TGV!

 

Encontro-me, portanto, num Regional. E, tal como no futebol, também nestes regionais há coisas peculiares.

Porque é que raio as pessoas vão a conversar num determinado tom e, quando dizem algo mais obscuro, falam mais baixinho?

"Ah, o Pereira arranjou lá um esquemazinho, pá... sem recibos e tal... não há fisco que o agarre!"

Para quê dizer baixinho? Eu nem conheço o Pereira!

O Pereira de Vila de Rei será diferente do Pereira da Barquinha, caros passageiros do comboio que falam em constantes sussuros!

 

Eu acho que os portugueses falam em baixo tom, não para esconder a conversa dos outros, mas sim para cativar a atenção deles!

Porque, sejamos sinceros, nós somos todos uns curiosos! Todos!

Se uma senhora gritar em voz alta no comboio: "A Esmeralda traíu o Francisco com o padeiro!"

Toda a gente reclama: "Epá, fale baixo que eu vou aqui a fazer tricot!"

Mas se a mesma senhora sussurrar isso, toda a gente irá afinar o seu ouvidinho para conseguir ouvir tal fofoquice...

 

Mas esta história da curiosidade é real!

O nosso primeiro-ministro é tão curioso acerca dos restaurantes e bares que até criou a ASAE, amigos!

 

No entanto, a curiosidade às vezes é boa. Porque traz com ela uma dose de saudável preocupação.

Quando o Correio da Manhã diz ao país que José Castelo Branco vai fazer um musical, isso não é cusquice... É preocupação! E é com os nossos ouvidos!

 

Num Intercidades (Sim, caros leitores, esta conversa começou com os comboios...) nada disto acontece.

Não há conversas em baixo tom.

Apenas pessoas a pensar na vida, no trabalho e no que fará no dia seguinte.

E, olhando para a produtividade do nosso país, muita gente anda de Intercidades todos os dias, sempre a pensar no que fará amanhã, e sempre sem concluir nada.

 

Abaixo com os Intercidades que a classe trabalhadora, que fala em baixo tom, está toda nos Regionais!

30
Jan08

Caro Confrade.

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Pacheco Pereira tem um blog há quatro anos e meio.

Eu, por sinal, alimento o meu há pouco mais de três anos.

Mas em três anos, já escrevi sobre variados assuntos, assuntos aos quais, em setenta por cento dos casos, é possível associar a figura de José Castelo Branco...

 

E um dos assuntos que mais gostei de escrever foi o assunto das confrarias.

(O link para relerem o artigo está aqui, caros leitores.)

Mas, convenhamos, escrevi sobre esse assunto há dois anos, numa fase em que o cuidado pela minha escrita era pouco...

 

Hoje, ao abrir a minha caixa de correio, reparo num singelo comentário a esse artigo, endereçado por um senhor de nome Filipe Fernandes.

 

O senhor Filipe Fernandes deu-se ao trabalho de deixar um comentário à minha opinião. E ainda bem que o fez. Que todos o fizessem!

O que diz então Filipe Fernandes? Ele começa desta forma...

"As confrarias são grupos de pessoas que têm em comum o prazer que retiram de apreciar determinado prato ou bebida e que pretendem preservar a sua tradição e partilhá-la com outros."

Correcto. Se leu bem o meu artigo, deve ter visto que expressei esta ideia entre as diversas observações que fiz...

Mas vejamos o que diz Filipe Fernandes a seguir:

"Acredito que o conceito pareça insólito a pessoas movidas a bife com batatas fritas e comida de restaurante chinês..."

E é aqui que Filipe Fernandes decide, de forma sombria e bem rebuscada, apelidar-me de "pessoa movida a bife com batatas fritas e comida de restaurante chinês".

Calha bem que eu até repudio a batata frita e, por sinal, nunca comi num restaurante chinês.

Pelo contrário, é comum comer à refeição pratos bem típicos, tais como maranho, bucho recheado, enchidos da região centro, cozido à portuguesa... Enfim, toda uma panóplia de pratos que não têm como acompanhamento a batata frita!

Parece-me que o que acontece, caro Filipe Fernandes, é precisamente o contrário: As "pessoas movidas a bife com batatas fritas e comida de restaurante chinês" é que apoiam estas confrarias, porque as suas refeições casuais são aquilo a que alguém tão pomposamente chamou de "junk food".

E eu nem tenho nada contra isso! Eu também pratico desporto nos tempos livres porque não é muito correcto fazer jogging na viagem para a faculdade!

(O cheiro a suor nos anfiteatros afastaria muitas meninas, e isso não é conveniente.)

O que o senhor não pode fazer é chamar-me de "pessoa movida a bife com batatas fritas e comida de restaurante chinês"! Está a falar com a pessoa errada, caro Filipe.

Depois disto, Filipe Fernandes deixa dois reparos ao meu artigo.

"a Confraria dos Aromas é uma loja de vinhos e não uma confraria própriamente dita (nem tudo o que vem ao Google é peixe)"

Se há coisa que eu nunca quis que o meu blog tivesse, essa coisa chama-se "rigor científico".

Se é uma sociedade de promoção de vinhos ou se é uma loja onde eles se vendem, o meu rigor não chega a tanto...

Mas se bem reparou, no artigo de há dois anos expliquei o procedimento que recorri até obter esses resultados (A apresentação do procedimento é sempre um bom momento de rigor).

O facto de não ter filtrado os resultados é uma falha grave da minha parte, de facto.

Talvez por causa disso não tenha enverdado pela vertente de investigação, no mundo das ciências...

E, por fim, o segundo reparo de Filipe Fernandes:

"dizer "tipo" antes de cada frase é um mau vício de expressão, mas escrevê-lo é ainda pior...."

Tem razão.

Há coisas que eu escrevi no início do blog que hoje em dia só me apetece editá-las e colocar num português do qual eu me orgulhe. E com menos pontos de exclamação.

A utilização do "tipo" na oralidade ou na escrita facilita imenso o trabalho (Não vou sequer pesquisar os últimos artigos, mas penso que ainda hoje recorro a esse estratagema para tornar mais claro o discurso), mas deixa uma marca pouco clássica no discurso.

Como tal, e à semelhança de outras tentativas pessoais de melhoramento dos meus artigos, vou tentar não recorrer ao "tipo"...

Mas, já agora, caro Filipe Fernandes: A utilização do "tipo" está cada vez mais em voga!

De hoje para amanhã tornar-se-á moda, e daqui a quarenta anos já estará a desaparecer outra vez...

Vai uma aposta que daqui a quarenta anos haverá alguém a lembrar-se de criar a "Confraria do Tipo"?

26
Jan08

Defina "emergência".

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Favaios, essa terra rica em moscatel, está nas luzes da ribalta.

Tudo isto por causa de umas chamadas telefónicas de comunicação de emergência médica entre a Corporação dos Bombeiros Voluntários de Favaios e a central do INEM.

Todos nós vimos a reportagem na televisão (Não viste? Vê aqui então!) e, apesar do caso ser sério, todos nós sentimos um bichinho cá dentro a sussurrar-nos "Viva Portugal!".

Porque estes telefonemas são o espelho de Portugal!

 

É impressão minha ou nas corporações de bombeiros voluntários (Olha, já não escrevi com maiúsculas...) de Favaios e Alijó, a malta dorme durante a noite?

Estão no seu direito, é certo... Mas... Sozinhos?

 

É nisto que Portugal se notabiliza, de facto: A fuga ao mito.

Sempre existiu o mito das corporações de bombeiros!

O mito de que aquilo é a festa da mangueira, com tantos homens em tão pequenas camaratas...

 

No entanto, como mito que é, não é lá muito credível.

Mas nós, portugueses, insistimos em mostrar ao mundo que ele não é credível!

Como é que mostramos isso? Simples!

"Epá, dormir lá no quartel com mais homens não... Sozinho ainda fico!"

"Porreiro, pá! Assim sempre vou dormir a casa com a minha mulher..."

 

(Reparem na utilização do "Porreiro, pá!" ali em cima! A avaliar pelo tipo de discurso do senhor que atendeu em nome dos bombeiros de Favaios, a sua formação deverá ser muito semelhante à do autor da expressão utilizada...)

 

Mas tenho a ligeira esperança de que, quando isto foi decidido numa eventual reunião dos bombeiros voluntários de Favaios, há-de ter havido alguém a questionar-se:

"Então e as emergências nocturnas?"

Ao que, a avaliar pelo que as notícias nos dizem, terá sido respondido com um...

"Esquece lá isso e bebe mais um copo deste belo moscatel cá da freguesia!"

 

É um caso sério, sem dúvida. E merece a nossa maior preocupação!

Mas Correia de Campos comenta de uma forma genial:

"Todos os dias temos quatro mil e tal chamadas... Haver uma ou duas situações destas não é assim tão preocupante..."

Esta reacção fez-me lembrar a de Manuel Abrantes, antigo provedor da Casa Pia, quando questionado sobre os actos de Carlos Silvino... Ainda hoje me lembro da cara do senhor a dizer:

"A Casa Pia tem trezentos e tal funcionários... Haver um ou dois com este tipo de atitudes não é tão grave quanto isso..."

 

Calma lá, em que mundo estamos?

Um provedor de uma instituição como a Casa Pia menospreza a integridade das suas crianças... E agora o Ministro da Saúde menospreza a saúde dos portugueses?

Qualquer dia temos Cavaco Silva a menosprezar os cozinheiros que fazem Bolo Rei...

 

Eu acho é que o nosso Ministro da Saúde é demasiado profissional.

E um bom profissional, sabemos disso, dá tudo pela sua profissão, pelos seus objectivos, no horário de trabalho. Fora dele, até convém pensar noutras coisas, para aliviar o espírito e poder estar apto para o dia seguinte!

Portanto, se querem reclamar junto do Ministro da Saúde acerca das urgências nocturnas, não o façam junto de Correia de Campos... Ele é o Ministro da Saúde diurno!

 

O nocturno ainda está para ser anunciado.

Eu apostava no médico cirurgião José Maria Tallon. Porque esse, deste que se divorciou de Catarina Fortunato de Almeida, que nunca mais teve que fazer durante a noite, em especial com o cinto de fivela que ele usou naquele casamento no Verão de 1999...

22
Jan08

Professora Modesto.

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A divulgação da boa culinária tem estado, nos últimos tempos, em crise.

É, pelo menos, esta a minha interpretação.

Longe vão os tempos em que os programas televisivos de culinária eram religiosamente seguidos.

E, atendendo a que até Manuel Luís Goucha teve programas de culinária, parece-me que a qualidade destes nunca foi por aí além...

(Se bem que o "Entre Pratos", de Henrique Sá Pessoa, que passa actualmente na Dois, é bem interessante.)

 

Este é um problema que não é só nosso.

Na verdade, nós até comemos bem...

Já os ingleses, que no próximo Verão vão ficar sem digerir umas derrotas no Euro 2008, não têm tanta sorte.

A pensar nisso, Ed Balls, Secretário do Ensino (Será esta a melhor tradução? Não me soa nada bem... Confiram a notícia na BBC aqui!) quer que se formem rapidamente 800 professores de culinária, para que dentro de algum tempo hajam aulas de culinária no sistema de ensino inglês!

Boa medida, sim senhor!

 

Mas... O que é que se vai aprender numa aula de culinária em Inglaterra?

Fritar umas batatinhas fritas e estrelar um belo ovo?

 

Eu acho que esta é uma boa oportunidade para que as grandes estrelas da cozinha voltem à actividade.

E, na mesma volta, enviávamos para Inglaterra a malta que tem a mania que sabe cozinhar e que não interessa à nação.

Falo, claro está, em personalidades como Manuel Luís Goucha ou Isaltino Morais.

 

Aliás, parece-me que a actividade culinária não é muito susceptível à prática de ilegalidades ou corrupção.

Seria, portanto, interessante ver como Isaltino Morais se iria adaptar a esse, alegadamente, novo ambiente.

(Este "alegadamente" ali no meio é só para facilitar a vida a um eventual advogado de defesa, num caso mais bicudo de acusação à minha pessoa lançado por Morais. Aprendi isto com a selecção grega de futebol: Joga sempre à defesa e hás-de ganhar um dia!)

 

Mas voltando à história das aulas de culinária...

Diz a notícia que os objectivos deste ensino da culinária são o da preparação dos jovens para a vida quotidiana, bem como o combate à má alimentação, tão aliada ao aumento da obesidade nos jovens.

No entanto, já no final da notícia, um dos intervenientes nesta medida observa que já se tem visto alguma coisa feita nesta área da culinária, pois as crianças inglesas já tinham jogos nas suas escolas que passavam pelo desenho gráfico de pizzas, tendo a liberdade de escolher os ingredientes, bem como jogos de desenho de coberturas para bolos.

 

Portanto, para combater a obesidade infantil... Começa-se pela promoção da pizza e dos bolos com cobertura!

Bem pensado, caros súbditos de Elizabeth II.

E eu, para promover o meu espírito de condutor civilizado, vou até ali fora espreitar a circulação na Rotunda do Relógio, 'tá bem?

 

Aulas de culinária são, sem dúvida, uma ideia com pernas para andar.

Já não falta muito para que em todas as casas britânicas hajam especialistas em nouvelle cuisine.

E só quando houver especialistas em nouvelle cuisine em todos os lares é que a obesidade acabará.

Porque mesmo que os ingredientes sejam altamente calóricos, dada a diminuta quantidade que é servida em cada dose de nouvelle cuisine, a malta andará sempre com fome.

E magra, por sinal.

 

(P.S.: A música que irá assinar este artigo começou mesmo no instante em que fiz a última observação à nouvelle cuisine. Coincidência?)

16
Jan08

Boa política?

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A notícia é regional e proveniente do sempre competente "Pinhal Digital". (Leiam-na aqui.)

Em traços gerais, a remodelação do sistema nacional de saúde subentende que Vila de Rei, simpática vila de onde sou natural, passará em breve a recorrer ao serviço de urgências do Centro de Saúde da Sertã, em vez do Hospital Distrital de Abrantes, ao qual recorre actualmente.

 

Que esta medida é desprovida de conhecimento sobre a situação em causa, disso não há dúvida.

Nem é preciso explicar porquê. Porque mesmo supondo que a qualidade do serviço prestado no Centro de Saúde da Sertã é igual à do serviço prestado no Hospital Distrital de Abrantes (o que não acontece), é mais rápido ir a Abrantes do que à Sertã, partindo de Vila de Rei.

Até para o mais ignorante cidadão é lógico que Vila de Rei recorra antes ao Hospital de Abrantes. E, se o Governo aparenta ter decidido que a partir de agora recorremos ao Centro de Saúde da Sertã, não é por estar informado concerteza.

 

O que é engraçado de ver é como a concelhia do PSD aborda o tema.

Em vez de pegar num cronómetro e num medidor de oscilações adaptado a uma ambulância e fazer um estudo que demonstre ao Ministério da Saúde que a opção "Abrantes" é claramente superior (Ou então falar apenas do que se passa na realidade no terreno), decide ser reaccionária, afirmando logo como se fosse basilar que o actual governo (e passo a citar) "parece governar contra os portugueses e não, como devia, em prol dos portugueses".

 

É uma frase gira e bem construída, em especial tendo em consideração a existência de uma palavra que acaba com a consoante "L". Mas não é, de todo, uma boa prática política, sob o ponto de vista de obtenção de resultados em prol dos munícipes.

Atacar desta forma o Governo, quando na verdade o que se passa (porque é exageradamente lógico) é apenas uma falta de informação adicional, trata-se de uma jogada perversa de uma eficaz e bem actual postura política, a tal em que 80% dos portugueses não acreditam.

(Os outros 20% são os que têm interesses envolvidos.)

 

A concelhia do PSD de Vila de Rei (Que em muitos quadrantes se confunde com o próprio executivo camarário) opta por supor que quem tomou esta medida por parte do Governo conhece a tão sinuosa estrada de ligação entre Vila de Rei e Sertã, bem como a recente e relativamente equilibrada variante da EN2 entre Vila de Rei e Abrantes.

E, com base nisso, promove-se junto da comunidade eleitoral vilarregense, demonstrando-se reaccionária e passando para os mais leigos a ideia de que "estes senhores debatem-se a sério pelas nossas gentes!".

 

E, na mesma virada, decide atacar o Governo, pois a sua cor política é o laranja, a mesma que está na oposição actualmente.

E é aqui que a segunda jogada perversa ocorre. Quem é que usa a sua dignidade e boa imagem para patrocinar uma campanha a favor de Luís Filipe Menezes para governar Portugal?

 

Afinal a política autárquica não é tão local quanto se pensa...

16
Jan08

As vozes que ainda se levantam contra a nova liberdade.

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João Miguel Tavares (JMT), outrora apupado neste blog, merece desta vez a minha vénia pela segunda parte deste artigo de opinião (Secalhar também merece uma boa vénia por causa da primeira parte, mas como estou apenas a falar da minha vénia e eu pouco percebo do currículo de Armando Vara, não me vou explanar sobre isso).

 

Depois de ler o artigo de JMT, dei um pulinho ao Expresso Online para ler a opinião de Miguel Sousa Tavares (MST) sobre a nova Lei do Tabaco.

E de facto, a expressão de JMT "Ora, isto não é texto de um colunista prestigiado - isto é conversa de um junkie a quem o dealer cortou na dose." parece-me optimamente conseguida.

 

De facto, MST parece não perceber muito bem do que está em jogo.

Não se trata de uma perseguição aos fumadores! Bolas, a liberdade ainda está aí, para tristeza de muitos nacionalistas!

Trata-se apenas da salvaguarda da saúde de quem não fuma.

 

Em sociedade, dizem os entendidos, não temos o direito de atentar contra a integridade do nosso próximo, nem tão pouco colocá-la em risco.

É precisamente para não colocar em risco a integridade do próximo que, por exemplo, há limites de velocidade nas nossas estradas. Para que todos co-existamos de forma segura e tranquila.

A Lei do Tabaco vem trazer esta mentalidade para dentro dos espaços públicos, restaurantes, cafés e afins.

Apenas porque todos co-existimos no mesmo espaço e nenhum de nós tem o direito de colocar a saúde dos que o circundam em perigo.

 

O que MST e outros "junkies" defendem acerrimamente é que "Ah, não, o fumo não faz assim tanto mal! E até há coisas que incomodam bem mais!"

O que salva este mundo é que quem legisla não é de todo idiota.

E, como é óbvio, antes de legislar o que quer que seja, esta malta tende a não seguir o senso comum (Com o qual, afinal, se identificam escritores de best-sellers...) mas sim toda uma panóplia de estudos científicos e bastante conclusivos.

 

Sim, porque se há coisa chata neste mundo é que ele não foi feito a pensar só em nós próprios.

Há toda uma sociedade envolvente, toda uma diversidade de opiniões e posturas perante a realidade que parece que incomodam muitos "junkies" por esta altura.

 

Eu não quero falar muito sobre a Lei do Tabaco, porque ela é tão lógica que só quem não percebe o que é a civilização é que a nega.

Resta-me é dizer que os dois milhões de fumadores em Portugal devem-se dar por muito contentes: A nossa lei ainda é relativamente moderada...

Fossem para Espanha, que em tantos casos é o exemplo de sucesso, e aí saberiam o que é uma Lei do Tabaco a sério!

14
Jan08

Atletas tuning são proibídos nos Jogos Olímpicos.

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Com licença.

Sim, convém pedir licença antes de importunar o estimado leitor com mais um artigo.

Porque ler um artigo destes é coisa que incomoda, e se há coisa que eu não gosto de fazer é incomodar pessoas sem pedir licença.

Isso e cumprimentar as pessoas com um aperto de mão.

Também é coisa que gosto muito.

Eu e o Sócrates.

Mas esse, se tiver estrangeiros por perto, relega o Ministro dos Negócios Estrangeiros para segundo plano.

Eu não. Eu cumprimento toda a gente.

 

E peço-vos licença para quê?

Para vos falar de uma notícia que acabo de ler: A IAAF (Associação Internacional de Federações de Atletismo) acaba de proibir o atleta sul-africano Oscar Pistorius de participar nos próximos Jogos Olímpicos. (Heis a notícia.)

Ser impedido de participar nos Olímpicos é coisa chata, de facto.

Anos e anos a correr para conseguir ir ao segundo maior evento desportivo do mundo, a seguir aos torneios de chinquilho de Vila Nova de Poiares, e agora os tipos da IAAF proibem-no.

É, de facto, coisa chata.

 

Mas porque foi Pistorius impedido de participar nas corridas de 100, 200 e 400 metros nos Jogos Olímpicos?

Simples. Ele não tem duas pernas naturais.

Tem sim duas próteses!

E estudos recentes indicam que ele consegue correr à mesma velocidade que os outros velocistas (Os de duas pernas naturais) fazendo apenas um quarto do esforço dos seus concorrentes.

 

Portanto, isto é o que a IAAF nos diz, ainda que indirectamente.

Podemos ter os norte-americanos ditos "normais" a correrem.

Mas não podemos ter um sul-africano com duas próteses nas pernas.

Isto é quase como se a malta do automobilismo dissesse:

"Pessoal, podem adicionar nitro-glicerina ao vosso combustível! Mas nada de mudar os pneus, ok?"

 

Em todos os Jogos Olímpicos há tramóias com o doping!

Já para não falar em casos como o de Marion Jones!

E agora, que a IAAF podia recuperar uma imagem de humanismo, integrando na competição principal um atleta com duas próteses...

"Ah, não... Ele corre que se farta e nem um hambúrguer queima!"

 

Isto não é motivo!

O Jardel jogou 10 anos ao mais alto nível com um implante de cérebro (Era cérebro proveniente de um boi, certamente.) e ninguém lhe tirou a Bota de Ouro por causa disso!

Cara IAAF, ainda estão a tempo de retirar essa vossa decisão.

E, se o fizerem, pode ser que tenham também o Marques Mendes no salto em altura.

Basta uma prótese nas pernas, só para que ele fique com um metro e sessenta centímetros, e a coisa já se faz.

08
Jan08

Pimp your mobile.

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O espaço comercial da nossa televisão tem sido recentemente invadido por publicidade de produtos e serviços disponíveis para o nosso telemóvel.

Quem é que ainda não ouviu falar no Clube Jamba?

"Envia POLI Toy para o 1234 e recebe mais todas as semanas."

 

É chato. É aborrecido.

Mas, mais que tudo, é parvo!

 

Eu acho que estas sociedades que comercializam estes produtos devem ter uma competição interna, lá na associação deles, em que procuram ser os mais parvos possível!

"Ah, nós inventámos a vaca a cantar!"

"Sim, mas nós temos o Rato Pauli a chamar pelo nome da pessoa!"

"Nós temos um despertador a gritar para a pessoa acordar!"

"Nós enviamos toques reais e polifónicos do Emanuel!"

 

É parvo, não é?

E quem é que subscreve estes serviços?

Quem é o público alvo desta campanha?

Pessoas literadas não deverão ser decerteza. Qualquer pessoa com um mínimo de testa arranja tudo aquilo e muito mais, à borla, na internet...

 

Enfim...

Há também este anúncio giro do já épico Clube Jamba. 

 

 

Devo confessar que no meu ensino básico já me divertia com algo deste estilo.

Uma "Love Calculator" que não passava de uma aplicação no computador e que dava resultados distintos conforme a ordem com que se escreviam os nomes das duas pessoas em análise.

Muito coerente, portanto.

 

Mas há uma coisa que salta à vista neste anúncio: Os nomes utilizados.

Para exemplificar, decidiram testar em pleno anúncio os nomes "Carolina" e "Jorge".

E descobre-se que estes nomes são incompatíveis!

Então mas... Era preciso um anúncio do Clube Jamba para nos dizer isto?

Bastava ler o livro "Eu, Carolina" para perceber que "Carolina" e "Jorge" não encaixam!

 

"Pois é... Ás vezes o amor é tramado!"
Não é, Jorge Nuno?

05
Jan08

A solução para o Lisboa-Dakar.

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O cancelamento do Lisboa-Dakar deste ano é algo chato.

Com a breca, não vamos ver o nosso Sousa a brilhar!

 

Mas, a meu ver, a segurança jamais deverá ser posta de parte.

A pensar nisso, deixo aqui a minha proposta para que no próximo ano a prova não seja cancelada.

 

É muito simples:

Esqueçam esses Volkswagen Touareg ou Mitshubishi Pajero.

Troquem isso tudo por estes veículos:

 

 

Não haveria terrorista que os parasse.

Para além dos óbvios benefícios ao nível da tracção do veículo.

03
Jan08

Alice Chaves.

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"Gostos não se discutem."

É, para mim, um óptimo princípio de bom senso.

Como tal, quando uma eventual discussão cai no campo dos gostos pessoais, o mais correcto será, naturalmente, redimir-mo-nos ao silêncio e respeitarmos a diferença de gostos.

 

No entanto, não consigo resistir ao debate do gosto musical, à volta apenas de uma música.

"No One", de Alicia Keys.

Acho que só a consegui ouvir toda duas vezes: uma antes de escrever este artigo e outra quando, a conduzir, quis à força tentar perceber a essência do raio da música.

 

Ao mais atento leitor deverá saltar agora a seguinte questão:

"Então mas o Dias, ouvindo o que ouve durante a redação dos seus artigos, gosta de Alicia Keys ou do estilo musical que ela representa?"

A resposta: Não.

Há, no entanto, a tal dose de bom senso dentro de mim, que respeita a diferença de gostos.

 

Posso não gostar da chamada "pop music" mas, mesmo não gostando, reconheço que nesse universo a Madona é grande!

Já o R&B, soul ou blues (estilos que o myspace diz serem representativos de Alicia Keys) são de facto uma área que eu não conheço muito.

 

Poderei, portanto, estar a cometer um erro grosseiro: Falar de algo que não conheço.

Mas, mesmo assim, eu não resisto a dizer isto.

É impressão minha ou a "No One", de Alicia Keys, é mesmo muito má?

 

A sério: Não há musicalidade naquela música!

Nem sequer uma prestação vocal por aí além.

O raio da rapariga parece que está rouca!

Mas não é uma rouquidão com estilo. Não é, e isto é que me parece importante dizer, uma rouquidão musical.

 

A insistência do prato da bateria no ritmo da música, e aquele som horrível do orgão após o refrão... O que é aquilo, hein?

A minha vizinha de cima canta bem melhor o "Apita o Comboio"!

 

Eu sei que a dita cantora chegou ao top norte-americano logo na semana de lançamento do single em questão... Mas, bolas, isso não será mais uma prova de que a malta dos EUA é um bocado parva?

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