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há Dias assim...

Há dias históricos, banais, marcantes, deprimentes, excelentes, maus, magníficos, secantes, fantásticos, desinteressantes e, quiçá, bons. E depois também há Dias assim... Se gosta de Dias assim, parabéns. Está no blog certo.

Há dias históricos, banais, marcantes, deprimentes, excelentes, maus, magníficos, secantes, fantásticos, desinteressantes e, quiçá, bons. E depois também há Dias assim... Se gosta de Dias assim, parabéns. Está no blog certo.

há Dias assim...

29
Fev08

Para ler em silêncio.

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Ao chegar a casa no final de mais uma semana de estudo, nada como um sofá, um jornal e música na aparelhagem.

E, para muitos, uma cervejinha na mão. (Eu, pessoalmente, dispenso essa.)

 

Tudo isso é relaxante, desde que o jornal não fale do estado em que o nosso país se encontra.

Uma boa música pode, de facto, levar-nos a um estado de alma tão equilibrado quanto a malta do ioga.

Um som harmonioso, que conduza a nossa audição à felicidade.

 

Todos gostamos disto, não é?

Mas, afinal, nem todos o conseguimos.

Não sou eu quem o diz. É o DN! (Será? Vejam, vejam... Aqui!)

 

A notícia do DN online de hoje diz-nos que 50% da nossa população está exposta a níveis de ruído perigosos.

Eu não acho isto tão alarmante quanto isso.

Grande parte deste ruído advém da garganta de Júlia Pinheiro, da TVI.

E se os portugueses não mudam de canal, é porque são (desculpem-me) parvos.

 

Assim sendo, a exposição ao ruído é, em alguns casos, opcional.

Mas há quem não possa fugir dele! Quem trabalha numa portagem, quem passa todos os dias ao lado de uma pedreira ou quem mora no andar por cima do Toy não pode, simplesmente, mudar de vida, em prol da integridade timpanal.

 

No entanto, já existem utensílios de protecção contra o ruído. Pena serem um tanto ou quanto aparatosos, pois nem sempre dá jeito num mundo como o nosso andar com algo tão grande atrás.

Há quem goste de coisas grandes atrás, mas não é de Carlos Castro que eu quero falar neste artigo.

 

Malta como o 50 Cent está-se a lixar para o que é aparatoso, trazendo sempre protecções auriculares atrás. Há que cuidar da sua audição!

 

 

Quanto estão a cantar, põe-nos, para se protegerem do próprio ruído que produzem.

Quando se calam, tiram-nos, para poderem ouvir as palavras sábias das outras pessoas.

E a analisar pela rima "I'll take you to the candy shop. I'll let you lick the lollypop", 50 Cent deve considerar sábias as palavras de Michael Jackson...

E George Bush é o filósofo favorito dele.

 

Já nós, portugueses, não temos a mesma abertura de mente para andar com as ditas protecções atrás. (Sim, porque o 50 Cent tem uma mente aberta...)

Sujeitamo-nos ao ruído e ponto final.

E isso indigna-me!

Apetece-me lançar um repto contra o ruído! Mas sou tão pequeno...

 

Resta-me apelar para que não haja ruído por minha causa.

Assim sendo, peço-vos que nunca leiam os meus artigos em voz alta!

Porque, por muito boa que seja a dicção do distinto leitor, quando algo é escrito por mim, fará sempre mal ao tímpano de alguém.

E filas no hospital já há muitas...

28
Fev08

E aqui, quem é que manda?

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Já não é a primeira vez que aqui falo sobre animais.

Na verdade, falar de animais é sempre interessante, especialmente quando se nasceu num planeta onde existem ornitorrincos.

Confessem, caros leitores: todos nós gostamos de, de vez em quando, parar pelo National Geographic e ver como é a vida dos leopardos. Não é?

 

No entanto,  não me parece como requisito essencial ir à selva quando o objectivo é apreciar o comportamento animal.

Em total sintonia com a nossa raça e a coabitarem conosco existem animais que apresentam comportamentos dignos de documentário no NatGeo.

Senão pensem: Para quê ver na televisão os leões a marcarem o seu território com urina quando nas paredes das nossas cidades há graffitis com o mesmo significado?

 

Calma, não se exaltem.

Na verdade, há graffitis muito giros!

E sim, eu também concordo que o graffiti é uma arte urbana.

Tal como uma pintura do séc. XIX, há graffitis que demonstram as preocupações dos artistas, tais como os problemas sociais, a democracia, o racismo ou o preço da erva.

 

Não é esse o graffiti a que me refiro neste momento.

Refiro-me ao graffiti que apenas pretende representar o nome de alguém.

O chamado tag, segundo consta.

 

O tag serve só e apenas para marcar território. Tal como a urina dos leões.

Tem a enorme vantagem de não deitar cheiro. Por outro lado, perde em efeito visual.

E isto porque a urina leonina tende a não ser de fácil percepção. Já o tag, não só é possível ver como também é feio.

 

Eu percebo que para a grande maioria dos líderes de gang, saber escrever é por si só um dom.

Mas é mesmo necessário mostrarem-no numa parede?

Eu acho, sinceramente, que podiam escrever um livro...

Primeiro, porque podiam fazer dinheiro com ele, não sendo necessário roubarem mais pessoas nas nossas ruas.

E segundo, porque sempre que um iliterado escreve um livro, esse livro tende a ser um best-seller. E, na melhor das hipóteses, pode também servir para as investigações do processo "Apito Dourado".

 

Mas porquê, caros líderes de gang das grandes cidades, porquê recorrerem ao tag para mostrar quem manda?

Já não basta a arma que trazem nos bolsos?

Não bastam os chapéus com uma pala maior que a do Pavilhão de Portugal?

Não bastam as calças enfiadas para dentro das meias?

26
Fev08

Se por acaso alguém quiser dizer alguma coisa...

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A pedido de muitas famílias, ou então apenas de uma pessoa, adicionei na barra do lado direito um e-mail de contacto, para que me possam insultar directamente.

Não obstante, julgo que dá mais gozo insultarem-me na zona de comentários.

Porque assim sempre podem dizer aos amigos por MSN "Vejam este link aqui onde eu trato aquele Miguel Dias abaixo de cão".

 

No entanto, há quem prefira insultar em privado, coisa que também alivia o corpo e a mente.

 

Se, por outro lado, quiserem elogiar o meu trabalho, não o façam sem antes consultarem um médico.

Depois de o visitarem, já estarão em perfeita saúde mental.

E, nesse estado, estou certo que ninguém quererá elogiar o que aqui se escreve.

Seja como for, fica ali ao lado a minha caixa de e-mail, criada apenas para este propósito.

 

Com os melhores cumprimentos:

Miguel Dias

25
Fev08

The fireturtle.

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Há pessoas que, sempre que viajam, tentam levar a casa atrás.

E há aqueles seres vivos que trazem a casa atrás e que, aposto, não se importavam de a largar por instantes.

Falo, claro, de caracóis, tartarugas ou da própria Paula Bobone, que pode combinar um jantar com os amigos debaixo do cabelo dela.

 

Mas não é de Paula Bobone que vos vou falar, pois não me encontro sentado com a postura indicada para isso.

Vou então falar de tartarugas, ganhando assim a possibilidade de por uma fotografia gira a ilustrar este artigo, coisa que se afigurava impossível se fosse a Paula Bobone a ilustrá-lo.

 

As tartarugas são répteis da ordem Testudinata. [Testa de nata? Para além de idiota, não parece nada.]

As tartarugas notabilizam-se por terem uma enorme carapaça, na qual se enfiam quando a coisa dá para o torto.

Se Correia de Campos tivesse uma carapaça, era nela que ele estava agora.

 

E as tartarugas, em geral, têm um temperamento calmo.

E é lógico: Quem traz a casa atrás nunca tem pressa.

Porque tem tudo ali à mão.

 

Essa é, no entanto, uma ideia falsa!

Vejam os documentários no National Geographic... Se um dia virem uma tartaruga a lutar, vão mudar essa imagem.

 

Até porque tem sentido.

As tartarugas têm de viver com uma ideia na cabeça que é simples: A qualquer momento colocam-lhes em cima pessoas como o Mário Soares.

Se não ficassem furiosas, era sinal que não sentiriam a dor.

A dor de acarretar tão farto peso em cima de quatro pernas apenas.

 

Mas se ainda não estão convencidos de quem as tartarugas não são assim tão calmas quanto eu vos digo, atentem nesta bela e cativante notícia! ("Qual?", pergunta o estimado leitor. Clique aqui e veja!)

Basicamente, uma tartaruga incendiou a casa dos seus donos, em Inglaterra.

 

Eu sei que a história vem do The Sun, o que nem sempre garante a sua veracidade.

 Ainda assim, apraz-me aqui analisá-la: Uma tartaruga de 70 anos colocou uma casa em chamas!

Quem tem 70 anos já tem idade para ter juízo.

Pode ter passado pela Segunda Guerra Mundial, o que a deve ter deixado com traumas pós-guerra.

Mas, mesmo assim, devia saber o que não se deve fazer quando se pretende ter a casa intacta.

 

O problema foi que Fred, a tartaruga, acordou da hibernação mais cedo que o previsto.

E isso, é sabido, causa sempre problemas.

O próprio Paulo Portas acordou da sua hibernação política bem antes do tempo e todos nós sabemos como anda a ala conservadora do nosso hemiciclo...

 

Acordar cedo faz mal e todos nós já o comprovámos na nossa pele.

Quantos de nós não chegaram cedo ao trabalho, às aulas ou ao pequeno-almoço combinado com aquela amiga gira?

Bom, talvez nenhum de nós.

Mas mesmo chegando atrasados, tudo corre bem!

E se tudo corre bem, para quê mudar?

 

Caro leitor, depois de ler isto, tem a minha permissão para chegar atrasado.

21
Fev08

Talvez a Terra trema de medo.

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A terra treme de vez em quando e as razões para que tal aconteça são variadas.

Podem ser devidas a movimentos das placas tectónicas, a rebendamento de explosivos ou a um tropeção da Simara.

 

Mas uma coisa é certa para nós, ocidentais: é impossível prever os terramotos de origem natural.

E afirmo isto com a convicção que a Simara perde o equilíbrio com pouca frequência.

E a chave para que cada terramoto que há no mundo não resulte numa catástrofe baseia-se na mesma palavra que propagandeia os preservativos: Prevenção.

Curiosamente, seria fácil prevenir alguns terramotos com o preservativo.

Bastava os pais da Simara terem usado um...

 

Mas esta grandeza, a da visibilidade da Simara, não é sensual.

Mas esta certeza, a da imprevisibilidade dos terramotos, não é consensual.

 

Basta ler a notícia do "The Sydney Morning Herald", cujo link se encontra na próxima chamada entre parêntesis. (Que é, concerteza, esta.)

Basicamente, o deputado israelita Shlomo Benizri afirmou, em pleno debate parlamentar sobre a vaga de quatro terramotos que assolaram a região em apenas duas semanas no final do último ano, que a culpa é dos gays!

Sim, segundo Benizri, a culpa dos terramotos é dos gays, pois o governo de Israel tem vindo a tornar-se demasiado liberal nesta temática.

 

Eu não sei como é que são os gays israelitas, mas a imagem mundial dos homossexuais é precisamente a de eles serem florzinhas, que não fazem mal a ninguém.

Aliás, nem nós, heterossexuais, sabemos bem como provocar um terramoto de grandes dimensões.

 

É certo que, segundo consta, os homossexuais gostam muito de contacto entre superfícies.

E muitos dos terramotos, diga-se, resultam da fricção entre superfícies!

Mas não serão as dos gays, parece-me...

Com todos os cremes que eles tanto vulgarizam, a tal atrito não deve provocar terramotos...

 

O importante a reter nesta notícia é simplesmente isto:

Um deputado israelita acredita que os terramotos são provocados pela liberalização da homossexualidade no país.

Com base nisto... Haverá alguém naquele país com inteligência para resolver os problemas com a Palestina?

20
Fev08

Sem luz, como será?

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Geralmente, quando uma pessoa se encontra a fazer figura de idiota, há sempre alguém nas redondezas que diz:

"Epá, vai-te esconder!"

 

[Não, caros leitores... Ainda não é desta que eu me vou esconder.]

 

Assim sendo, a Lua faz mal a alguém?

Há alguém neste mundo aborrecido com a Lua ao ponto de estar farto dela?

Então porquê é que ela se vai esconder hoje à noite?

 

Sim, hoje é noite de eclipse total da Lua e, como tal, parece-me essencial abordar esse tema aqui.

Hoje a Lua ficará temporariamente desprovida de iluminação solar porque o nosso planeta irá por-se no caminho entre a Lua e o Sol.

Qual astronomia, na verdade isto acontece porque a Lua e o Sol têm uma relação amorosa.

E a Terra, que em tempos se contentava com o facto de possuir vida, anda agora no fanico por haver nela uma forma de vida que, a pouco e pouco, a vai destruindo.

E o ciúme astronómico é algo complicado de gerir.

 

Eu confesso: gosto imenso destas coisas relacionadas com os astros.

E gosto disto porque é uma coisa tão grande, tão maior que nós, que ninguém neste planeta conseguirá mudar o que quer que seja.

Será possível ir desligar o Sol? Não.

Será possível chegar Vénus mais para cá, para podermos ir buscar as camisas lá do sítio mais depressa? Não.

Será possível fazer com que o Cristiano Ronaldo pare de marcar tantos golos? Não.

 

É talvez por isso que todo o ser humano nutre um fascínio especial pela astronomia: o facto de ela não ser controlável.

Eu acredito que o nosso ex-Ministro da Saúde tivesse pensado se seria possível fazer um eclipse todas as sextas à noite em Anadia, para que os casais passassem mais tempo a olhar para a Lua e menos a fomentarem a reprodução...

No entanto, por muito que ele tentasse, não conseguiria desta forma impedir os nascimentos na dita vila.

Mas ele lá arranjou outra forma...

 

Hoje é noite de Lua Cheia e entre as 3:01 e as 3:52 horas da manhã do dia 21 a Lua estará escondida, sem nos iluminar.

E, nessa escuridão, muita coisa se pode fazer!

Como tal, ficam aqui as minhas propostas:

 

1 - Jogar às escondidas. Especialmente se estiver na Madeira. Eu quando era petiz (Já lá vão duas semanas) preferia jogar às escondidas de noite, porque era mais fácil desaparecermos. E eu acredito que, neste momento, o treinador do Nacional da Madeira agradecesse tal facilidade no acto de se esconder...

 

2 - Ligar uma vela. Especialmente se estiverem na mesma sala que a vossa cara-metade! Porque é fofo e porque a chama de uma vela pode ter imensos significados, tais como "Mas tu 'tás burro ou quê? O interruptor está ali tão perto..."

 

3 - Pensar que vivemos no país perfeito. Porque é lógico que é mais fácil pensar nisto sem estar a ver o país real.

 

Podem sempre optar pela minha opção: dormir.

Ainda no ano passado tivemos um eclipse total da Lua e eu acompanhei-o intensamente.

Este ano vou dormir.

20
Fev08

Só uma coisa.

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Já alguém viu um apanhador de maçãs fazer uma colunoscopia a um invertebrado?

Então porque é que a TVI continua com a mania de lançar bandas musicais nas séries que produz?

 

Eu sei que, à primeira vista, a comparação parece estúpida.

Mas isso é mera ilusão: O estúpido sou eu. A comparação em si, perdoem-me a estupidez, é genial!

 

E é genial porquê?

Porque o apanhador de maçãs não sabe fazer colunoscopias, bem como a malta da TVI não sabe nada de música.

Mas ainda assim, uma colunoscopia a um invertebrado é uma impossibilidade, bem como é impossível sairem bons músicos das séries da TVI.

 

Digam-me, em bom nome da minha estupidez: Não é esta a comparação perfeita?

16
Fev08

[Mais um apontamento político.]

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Em todos os postos da sociedade portuguesa há pessoas comuns.

E ser comum, diga-se, não é mau de todo.

Eu, por exemplo, não me importava nada de ser um milionário comum.

Ou um bígamo comum.

(Desde que as duas espécimes femininas fossem sobejamente interessantes, claro. Espero que isso faça parte do "comum" dos bígamos.)

Também na classe dos autarcas portugueses já existe a definição de comum.

Um, digamos, comum autarca português(CAP)!

Um CAP é, em geral, uma pessoa com uma visão reduzida ao raio médio do município que supostamente serve.

(Nunca a existência da palavra "supostamente" numa frase teve tanto sentido.)

E como é que um CAP chega ao seu poleiro? Bom... Para isso há várias opções, dependendo do município em análise.

Regra geral, nos municípios mais industrializados, mais populosos e com mais serviços para a população, o CAP chega ao seu poleiro através da sua aproximação junto de pessoas influentes, pessoas essas que querem o CAP no poder apenas para tirarem proveito dele.

(Jogos de influências? Não. Apenas bons amigos... Carmona Rodrigues e Domingos Névoa até andaram na mesma escola!)

Já nos municípios onde não existe um tão grande frenesim económico (A grande maioria, diga-se), o CAP precisa de cativar o seu eleitorado. E é aqui que a coisa corre mal.

(Quem é que disse que os jogos de influências eram maus? Caramba, esses magistrados... Sempre com a mania de cumprir as leis! Azar, Felgueiras, azar...)

E corre mal porque nestes municípios, em geral, há três tipos de eleitorado:
- Aquele que se está a lixar para a política, e em geral toma uma de duas decisões: ou vota no partido que está no poder há mais de 20 anos sem dar atenção às pessoas que está a eleger ou aos projectos que defende(É este o eleitorado que decide as eleições) ou então não vota (é este o eleitorado que dá origem à grande abstenção);
- há também os que se interessam pelo desenvolvimento do município e que, a seu lugar, se juntam à oposição (ou, em raras e muito peculiares situações, ao partido dominante da zona) mas que passam a sua carreira política a escrever opiniões em jornais e blogues;
- e há os que têm os interesses envolvidos, porque um primo tem uma costrutora ou a tia afastada tem uma empresa que faz souvenirs muito giros de se colocarem no escaparate lá em casa.

Como o CAP sabe que não são os atentos nem os capazes que decidem as eleições, ele decide atacar a grande frente decisória do eleitorado: os que se estão a lixar para a política.

E é neste processo quase maquiavélico que surge a palavra "caciquismo", que em geral vigora nos dicionários depois de "cacique" e antes de "caciz".

E como é que se cativa este eleitorado? Basta fazer coisas visíveis... Geralmente, colocar alcatrão a cada 10 anos em todo o concelho, jardinar um pouco os principais aglomerados populacionais e oferecer transporte às populações idosas, que tão bem agradecem a boleia e tão bem retribuem nas próximas autárquicas.

E depois também há o magistral movimento demagógico do CAP: Sempre que o poder central toma alguma decisão acerca do seu município e que o CAP não concorda, responde sempre com uma das duas frases possíveis:

- "O Governo está contra nós", demonstrando assim junto do seu desinteressado eleitorado que o CAP preocupa-se é com as gentes da terra e não com os interesses políticos (Nota: talvez os jogos de influências fizessem algo mais...).

- "Eles não conhecem a realidade no terreno", provando assim cabalmente que não percebe a forma como as decisões são tomadas no Governo.

Sim, porque bem vistas as coisas, só Portugal Continental tem 308 municípios! E um ano comum tem 365 dias.

Portanto, se um ministro passasse um dia em cada concelho só para conhecer "a realidade no terreno", ficava apenas com 57 dias de sobra para o seu primeiro ano de mandato!

E isto sem contar com fins-de-semana, feriados e, claro, as férias em Cabo Verde, tão bem apanagiadas noutros tempos por Morais Sarmento.

E um dia chega para conhecer a realidade do terreno?

Ainda ontem quis ir de uma aldeia de Vila de Rei a outra e tive dúvidas qual era o melhor trajecto! E já cá ando há alguns anos...

Conseguirão os ministros discernir sobre isto numa só visita?

Mas mesmo assim, como o eleitorado que decide as eleições é frágil e desinteressado, o CAP lá se vai mantendo no lugar... E o país, que toda gente se queixa que está feio, mantém-se na mesma trajectória.

A culpa, essa não é do CAP, coitado... Em todos os sistemas de governação houve e haverá quem deles se queira aproveitar!

A culpa é do eleitorado, que insiste em não se preocupar no seu sentido de voto nem no que ele pode fazer...

[Eu tenho de jurar a mim próprio que nunca mais escrevo sobre política neste blog. Mas, bolas, às vezes sabe bem desabafar um pouco...]

14
Fev08

Notícia certa no dia certo.

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Desobedeceu ao imperador Claudius II e acabou decapitado neste dia, apenas em prol do amor.

Se este dia não fosse de São Valentim, talvez fosse do criador do hi5, que tanto amor virtual espalha pelo mundo.

 

É dia dos namorados e eu, por muito frio que possa ser, não passo indiferente a ele.

Apetece-me dizer coisas lamechas, oferecer rosas vermelhas, recitar poemas... Sei lá!

 

Apetece-me dizer que o amor devia usar óculos escuros, porque é cego.

Mas como eu gosto de ter a certeza do que digo, nada como um estudo proveniente dos Estados Unidos da América para comprovar o que vos digo: O amor é cego!

A notícia vem no ABC News e eu, de forma catita, sugiro-vos o link no próximo apontamento entre parêntesis. (Sim, aqui mesmo!)

 

Basicamente, já existem provas científicas que mostram que o amor é definitivamente cego.

E que uma pessoa apaixonada deixa de identificar a beleza noutras pessoas que não a sua cara metade.

Digam-me: Não é isto suficientemente fofo para eu publicar tal artigo em pleno dia dos namorados?

 

O amor é cego, é verdade.

Mas nos comboios não há nenhuma guia para pessoas apaixonadas.

Como tal, concluo que para as pessoas apaixonadas é perigoso andar de comboio.

 

Mas se as pessoas apaixonadas perdem o sentido da visão... O que acontecerá aos outros sentidos?

Com a breca: acordar ao lado da cara metade e levar com o hálito matinal dela é, sem margem de dúvida, desconcertante.

Mas os apaixonados suportam isso!

Não será isto uma prova de que o amor também sofre de anosmia?

 

E a audição?

Bom, a audição, a meu ver, melhora.

Ainda ontem estava à conversa com um amigo meu e comentámos a beleza de uma mulher que surgiu na conversa... E a namorada dele ouviu tudo!

E, confessou-me o meu amigo hoje, quando chegaram a casa ela deu imenso uso às suas cordas vocais, tudo por causa do comentário "Ela é podre de boa, Miguel!" que o meu amigo fez...

 

Portanto, o amor deixa-nos a sofrer de cegueira e anosmia, para além de nos deixar exacerbadamente irracionais... A questão que levanto é: valerá a pena apaixonar-nos?

Não sei...

Será que a aranha-macho se apaixona pela aranha-fêmea?

É que a fêmea mata e digere o macho após o coito!

Se aquilo for paixão, então é melhor não ceder a esse sentimento nobre, caros leitores.

 

É dia dos namorados.

E sobre isso já disse o que achava há três dias.

Escrevi este artigo apenas para divulgação da ciência e nada mais.

 

Como tal, dou por terminado este artigo.

13
Fev08

Cristo sacrificou-se por nós. E tu, sacrificavas-te por um plasma?

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Há 10 anos, quando os Silence 4 lançavam o seu primeiro àlbum, "Silence Becomes It", diziam na faixa 10:

"'Cause we're only here for reproduction."

Era David Fonseca quem cantava, ciente de que nós, humanos, estamos neste mundo apenas para nos reproduzirmos e dar-mos continuidade à evolução humana, tal como Darwin escrevera antes.

 

Talvez seja verdade.

Mas nós, humanos, temos uma forte tendência para contrariar o que a natureza para nós planeia.

Basta pensar que a natureza tinha pensado em fazer do Cláudio Ramos um espécime bem másculo da raça humana para perceber a subversão do nosso intelecto.

Mas há mais argumentos para sustentar esta minha afirmação.

 

Um inquérito feito aos cidadãos do Reino Unido revelou que 47% destes abdicaria de ter sexo durante seis meses, se em troca recebessem uma televisão plasma de 50 polegadas. (A notícia é do Sol e está aqui.)

Sim, 47% dos britânicos!

E talvez tenha lógica: Com um televisor maior, talvez haja mais espaço para procurarem a Maddie nas imagens da Praia da Luz...

 

Por outro lado, o Serviço Nacinal de Saúde do Reino Unido tem vindo a promover a prática do sexo como forma de luta contra a obesidade, problemas cardíacos, ósseos e até prevenção das rugas. (A notícia também é do Sol e lê-se aqui.)

Depreende-se então que os britânicos preferem a obesidade à ausência de um televisor plasma de 50 polegas.

Parece-me natural, dado que, geralmente, os grandes amantes de televisão também têm uma boa barriguinha. E bebem cerveja,

 

Este estudo, no entanto, mostra uma coisa engraçada:

Os homens britânicos não pensam só em sexo.

Mas isso já não era de todo novidade, parece-me.

Eles também pensam em futebol, com a breca!

E no próximo campeonato europeu vão pensar ainda mais, dado que não irão perder tempo a praticá-lo.

 

Será normal os homens preferirem um televisor plasma de 50 polegadas a seis meses de sexo?

É esta a questão que eu lanço e que, num bom exercício de retórica, tento também responder.

 

Eu, pessoalmente, acho que não é normal.

A não ser, claro está, que estes 47% dos homens tenham uma mulher cujo corpo apresente proporções superiores às 50 polegadas.

Nesse caso, o televisor será "aquela coisinha magrinha com a qual eu me entretenho até às três da manhã a ver a Eva Longoria", e a mulher "aquele camião que estaciona sempre ao meu lado, na cama".

Nesse caso, talvez o televisor desperte mais curiosidade.

 

Mas este estudo revela outra coisa ainda mais interessante:

Apenas um quarto dos inquiridos parava de fumar para ter o dito televisor.

Num bom exercício demagógico, concluo que, em situação de crise, o britânico comum prefere abdicar em primeiro lugar da prática do sexo e só depois da prática de fumar, o que demonstra até que ponto nós, humanos, prezamos o bem estar da Humanidade: num mundo tão mau como este, é preferível fumar para morrermos mais depressa do que ir para a cama fazer os possíveis para gerar um novo rebento, que posteriormente se sujeitará a este mundo.

 

Esta malta do Reino Unido está sempre a pensar no bem da Humanidade.

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