"Peixe ferido" é um conceito em vias de extinção.
Era eu ainda criança quando fui pela última vez à pesca. Duas semanas passaram desde então.
E já tenho saudades, confesso. Pescar é como sair num sábado à noite. Todos achamos que temos um isco bem vistoso, mas na verdade o segredo está no anzol.
E pescar, para muitos, chega a ser um desporto. Tal como correr a maratona, mas com a vantagem de não ter a Rosa Mota por perto. (Aquilo devia ser um cheiro a suor que não se podia...)
Esta abordagem desportiva da pesca tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos. E a Suíça é só mais um dos países onde a pesca desportiva já se tornou um hábito.
No entanto, em bom nome da natureza, é hábito apanhar o peixe, por mero desporto, e no final da competição soltar os ditos animais na água.
Mas este hábito está prestes a acabar… Porque o governo suíço vai deliberar que todo o peixe que for apanhado terá de ser imediatamente morto! Logo, no momento, com um corte de faca na cabeça! (Eu gosto mesmo de vos dar a ligação para a notícia.)
E será que a lei também estipula que, a seguir, o pescador asse o dito peixe e convide o governo suíço para a petiscada?
Eu acho esta lei discutível. Qual é o mal de soltar um peixe na água depois de capturado?
Os peixes até agradecem!
Soltar os peixes depois de capturados até deve melhorar a taxa de natalidade piscícola ali na zona!
Porque podem ir ter com as peixes-fêmea contar a sua aventura… A noite deve, concerteza, correr melhor aos peixes que já estiveram no balde do pescador.
Por outro lado, a crise alimentar está aí. E obrigar os pescadores a matarem todos os peixes depois de capturados é um bom incentivo à alimentação barata.
E, acima de tudo, saudável!
Querem peixinho melhor que aquele que vem do lago para onde são descarregados os resíduos das zonas industriais circundantes?