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há Dias assim...

Há dias históricos, banais, marcantes, deprimentes, excelentes, maus, magníficos, secantes, fantásticos, desinteressantes e, quiçá, bons. E depois também há Dias assim... Se gosta de Dias assim, parabéns. Está no blog certo.

Há dias históricos, banais, marcantes, deprimentes, excelentes, maus, magníficos, secantes, fantásticos, desinteressantes e, quiçá, bons. E depois também há Dias assim... Se gosta de Dias assim, parabéns. Está no blog certo.

há Dias assim...

31
Jul08

Quanto a caracóis, tudo bem.

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Foi notícia há uns dias: a China vai proibir a comercialização de carne de cão durante os Jogos Olímpicos.

É, sem dúvida, uma medida arrojada: Para não ferir a sensibilidade da malta defensora dos direitos dos animais, proibe-se uma tradição.

Fizesse o nosso Governo o mesmo e Barrancos já tinha pedido a independência!

 

Mas a carne de cão...

Qual é o problema, a sério?

Qual a diferença entre um cão e uma vaca?

As vacas são sagradas na Índia e isso não impossibilita que o McDonald's faça hambúrgueres!

Só porque o cão vai buscar a bola de ténis quando nós a arremessamos, isso não quer dizer que não se possa ver na perna de um cão um belo acompanhamento para um pedaço de pão.

 

É, acima de tudo, uma questão de hábito: Nós, ocidentais, não estamos habituados a comer cão, logo condenamos quem o faz.

Mas os orientais também não estão habituados aos direitos humanos. E não me parece que eles nos condenem por isso...

 

No entanto, para os verdadeiros turistas que me lêem, ainda há esperança para a vossa visita à China neste Agosto, onde certamente irão acompanhar as vitórias de Évora, Fernandes e Gomes.

A notícia vem no The Sun, logo é sempre questionável, mas ainda assim...

Vão haver pratos típicos da China disponíveis durante os Jogos Olímpicos!

Coisas como escorpiões fritos, carne de tartaruga ou pénis de leão marinho.

(O link da notícia tinha de aparecer em algum sítio.)

 

E logo aqui alguma coisa de errado se passa: como é possível os chineses arranjarem carne de tartaruga se existem as Tartarugas Ninja a proteger a espécie?

E para proteger os escorpiões, a eterna personagem do Mortal Kombat, Scorpion.

Não, não me convencem...

Tenho para mim que a carne não é de tartaruga mas sim de cão (Afinal, a caça ao cão tem de continuar por estes dias!), e que os escorpiões são apenas uns lagostins magros.

 

Ainda assim, para quem quiser provar, a especialidade da zona, pénis de leão marinho, este prato encontra-se disponível com preços a partir de 250€.

Ao que Paris Hilton terá certamente comentado:

"Pénis marinho, tão caro? Ainda ontem fui visitar um barco da Marinha, onde eles são bem mais batatos..."

29
Jul08

Para ofender Ferreira Leite, chamem-lhe coerente.

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O insulto não é, de todo, um acto de fácil execução.

Muitas são as pessoas que querem a todo o custo insultar os outros e acabam na miséria, na pobreza de um "estúpido", na complexidade vazia de um "néscio" ou na simplicidade do "isso é pura demagogia".

 

Porque insultar como deve ser não passa por sair à rua a chamar José Castelo Branco a toda a gente. É algo mais que isso!

Convenhamos: quem apelidar Carlos Castro de Castelo Branco não o está a insultar.

Isso, para Carlos Castro, até pode ser uma espécie de elogio!

 

Ou seja, no momento do insulto, o que interessa é chamar à outra pessoa algo que ela não é.

Um bom exemplo de tentativa de insulto vem nesta bonita história, com origem na cidade de Lugoff, na Carolina do Sul. (Estados Unidos, claro. E o link está aqui.)

 

Bill McGee viu o seu jardim ser vandalizado e, por suspeitar que a culpa de tal acto é de um vizinho, decidiu colocar na rua um sinal, apontado à casa desse vizinho, a dizer "Traficantes de droga, ladrões e vândalos".

Será que resultou? Não. Na verdade, o seu vizinho é um vândalo.

Isto não é um insulto, caro McGee!

 

Mas a ideia é gira: sempre que um vizinho nos fizer mal, apontamos-lhe uma placa a atribuir-lhe adjectivos socialmente condenáveis.

Se todos pensarmos assim, dentro de tempos a Quinta da Fonte estará cheia de sinais assinalando a presença de traficantes de armas e droga, ladrões, vândalos, líderes de gangues e, claro, cantores de hip-hop.

 

Isso não é, de todo, uma ofensa. É apenas a constatação da realidade.

No caso de Bill McGee, seria ofensa se ele apontasse uma placa a dizer "Bom vizinho, a sério".

Até porque estaria cheio de ironia (a arma perfeita no momento do insulto).

Já na Quinta da Fonte, a ofensa passaria por colocar uma qualquer placa que tivesse tudo menos "selva".

26
Jul08

From "há Dias assim..." on SAPO blogs, it's "Late Night Post with Miguel Dias"!

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(Nada como uma referência ao grande no título de um artigo.)

 

Tenho a ligeira impressão que é inédito neste blog: Um late night post.

É verdade, gosto de me deitar a horas.

Mas hoje, com a breca, apeteceu-me iniciar a escrita de um artigo à 1h17min.

 

A noite portuguesa, quando não é num bar com os amigos, não tem piada.

Não há nada de minimamente interessante na televisão portuguesa! (Pelo menos, nos 4 canais...)

Alegrem-se, há solução para tudo.

A minha é não ficar acordado até tão tarde, para não deprimir.

 

No entanto... E os noctívagos?

Sim, aqueles que, por um motivo biológico qualquer, preferem a noite para viverem...

Como fazem eles para sobreviverem num país tão medonho durante a noite?

O Santana Lopes meteu-se na política, mas... E os outros?

 

Ora, eu, como sabem, tenho a mania do serviço público.

Caro noctívago, se encontrou este artigo por acidente (ou talvez por obra e graça do destino), não se descole agora.

Porque o artigo vai começar!

 

Os noctívagos, como é sabido, não gostam da luz solar.

Mas isso não é problema: O Michael Jackson também não se dá bem com a luz do Sol.

E não é por isso que ele vai aos tribunais de vez em quando...

 

No entanto, os verdadeiros noctívagos preferem a luz que Edison inventou.

No fundo (e peço desculpa pela generalização), o verdadeiro noctívago é um zombie.

Alguém muito pálido (afinal, a luz estroboscópica não bronzeia) e com ar sinistro.

Para esses, os zombies, eu descobri finalmente a sua entretenga das noites em que ficam em casa.

Um site de encontros exclusivo para... Zombies.

(Nota: Por uma questão de segurança, não vasculhem muito o site. A homepage do dito site é segura, mas o resto, sinceramente, não quero descobrir. Se alguém for mais além na análise do site e quiser partilhar, use os comentários. A homepage, segura, está aqui.)

 

Se há coisa que os zombies precisam é de um dating site.

Na verdade, faz todo o sentido: é possível juntar betinhas e surfistas, jogadores da bola e mulheres inteligentes, modelos e cientistas.

Mas a um zombie, é impossível juntar alguém.

Conseguem imaginar Marilyn Manson com alguém?

 

Porque os zombies, é sabido, gostam de sangue.

Aliás, segundo o que sei, os zombies doam sangue sempre que vomitam.

Será que os zombies têm problemas com os tipos de sangue que ingerem?

Será que foram eles que inventaram os tipos de sangue?

Não serão os tipos de sangue uma forma de segmentação do mercado?

 

Voltando ao zombie dating site...

O dito site dá-nos os interesses e as coisas que os zombies inscritos não gostam.

HungryBarbara, por exemplo, tem como interesse seguir pessoas magoadas.

E isto pode parecer um interesse macabro, mas não é.

Pensem: Não é isto que as ambulâncias do INEM fazem?

A única diferença é que os médicos do INEM têm bom aspecto...

Mas eu não vou aqui julgar as pessoas pela aparência.

 

No entanto, HungryBarbara não gosta de cocktails molotov.

Portanto, os zombies não gostam de cocktails molotov.

E isto só prova que Hussein, ao contrário do que Bush dizia, era humano...

Ou, pelo menos, não era zombie.

 

Enfim, já é tarde e eu gosto muito de dormir.

E não me quero tornar num zombie, porque nunca fui muito à bola com os The Cranberries.

No entanto, se ainda há quem aprecie o mito dos zombies, deixo só mais um dado:

Diz o site que o zombie LonelyBill gosta de óculos de sol de design.

Logo, a probabilidade de este zombie já ter sugado o sangue de José Castelo Branco (ou uma outra qualquer bicha) é elevada, dado que são elas quem usam óculos de sol de desing.

E agora, ainda respeitam os zombies?

 

P.S.: Vejam agora as horas de publicação do artigo. Isto ainda demora tempo, não?

23
Jul08

O gelado mais delicado de sempre.

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Se há coisa que se torna um bem essencial nestes meses de Verão, essa coisa chama-se gelado.

E a julgar pela quantidade de casos de problemas de pele, o gelado assume inclusive maior importância que o protector solar.

 

Eu não dispenso um bom gelado.

Não obstante, reparo na quantidade de sabores picuinhas que têm surgido recentemente.

Longe vão os tempos do clássico Cornetto Morango ou do Calippo Limão.

Não.

2008 é o ano de coisas como Magnum Maya Mystica ou do Cornetto Soft Fruit Sorbet.

 

Para quê tanta picuinhice?

O que interessa num gelado é a característica que lhe dá o nome: estar gelado.

Bem fresquinho, no limite da dor-de-dentes.

Se o chocolate que lhe dá o sabor vem do Equador ou de Java, isso de nada interessa.

 

Se o caro leitor partilha comigo esta opinião acerca da picuinhice em torno dos gelados, parabéns. Será com certeza alguém muito atraente e perspicaz.

Mas não pense que a Olá é a empresa de gelados mais estranha do mundo.

Se pensa isso, leia esta notícia. (Está aqui!)

 

A conceituada marca de gelados "Ben & Jerry's" lançou uma edição limitada de gelados com sabor a "Goodbye Yellow Brickle Road", em homenagem a... Elton John!

A questão impõe-se: haverá algum heterossexual a querer provar um gelado com sabor a Elton John?

Não será este gelado uma substância que induz no mais comum dos mortais a homossexualidade?

 

Bom, muitos fomos os que ouviram a "Candle in the Wind" e nos mantivemos fiéis ao que os livros de biologia nos ensinam no capítulo da reprodução.

Mas... Comer um gelado com sabor a Elton John?

Se esta moda se espalhar, um dia teremos um gelado de sabor a Lili Caneças, onde o único ingrediente existente é o botox, claro.

 

Não obstante, esta ideia de atribuir nomes de celebridades a comidas não é novidade.

Ainda ontem comprei uma sandes de frango.

Se isto não é uma clara referência ao guarda-redes da nossa Selecção, não sei o que será.

 

Resta-nos agora esperar uns meses e teremos também o nosso gelado com sabor a José Cid.

Parecendo que não, os óculos são iguais.

22
Jul08

Talvez a Madonna também seja uma fugitiva.

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Ao contrário de Toy, eu gosto muito dos controlos que a Brigada de Trânsito faz nas nossas estradas.

Porque, contrariamente ao que Toy pensa, as nossas estradas não são pistas. Por seu turno, o Tiago Monteiro sempre achou que as pistas eram meras estradas… Confuso, não?

O mais curioso é que Tiago Monteiro deverá ter as mesmas capacidades vocais que o Toy.

(Não é muito difícil igualar a voz de um emigrante como o Toy… Basta ter um CD de Tony Carreira no Mercedes e um cachecol do Benfica na traseira.)

Porque não uma troca de lugares?

 

Não obstante, todos nós reagimos de forma diferente quando o senhor agente levanta a mão e nos diz para parar.

Se, por um lado, Elsa Raposo começa a desapertar a camisa, já Luisão ou José Diogo Quintela devem soluçar enquanto procuram o cartão de crédito para pagar a multa por excesso de álcool no sangue.

 

No meio de tantas reacções possíveis, nunca tinha pensado nesta que em hiperligação vos introduzo. (Ei-la aqui, a hiperligação.)

Nos Estados Unidos, na cidade de Buffalo, um senhor tirou as calças e fugiu quando foi intersectado numa operação STOP de rotina.

 

Nunca me mandaram parar na estrada. E, por isso, tenho pensado que tipo de reacção devo ter quando isso acontecer. Mas esta não me parece uma boa solução.

Só pode haver um lado positivo nisto. Pensem comigo: Se os fiscais de trânsito me mandam parar, é possível que eu tenha feito algo fora da lei. Logo, estou tramado! Ao fugir sem calças, darei a ideia aos polícias de que eu sou um doido varrido, certamente com problemas mentais.

E ao doente mental não se passam multas, coitado… Já lhe basta ver as Tardes da Júlia

 

Diz a notícia que os agentes da brigada de trânsito ficaram ainda mais petrificados pelo facto de o senhor apenas ter cometido umas contra-ordenações leves.

Permitam-me discordar: Eu acho que isto não é verdadeiro. Porque se assim fosse, o senhor não fugia.

O que eu acho é que o senhor cometeu algo de gravíssimo, e ele sabe disso. E sabe que vai para a prisão por causa disso.

Ora, indo para a prisão, convém habituar-se a andar de calças para baixo entre homens…

Talvez aquilo a que nós chamamos “fuga” seja só um “treino” para o que ele vai passar na prisão.
 
Querem encontrá-lo mesmo? Vão às casas-de-banho com duche mais próximas.
Ele deverá estar lá a preparar-se para a apanha do sabonete.
21
Jul08

Nada como uma boa errata de vez em quando.

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Já imaginaram se eu dissesse que o Jerónimo de Sousa sabe do que o país precisa?

E se eu escrevesse que o Benfica vai ser campeão no próximo ano?

Ou então que a Cola do Mini Preço é melhor que a Pepsi?

E se eu afirmasse aqui que a Manuela Moura Guedes é gira?

Se vos desse a entender que o Cristiano Ronaldo não gosta de aparecer na imprensa cor-de-rosa?

E se eu vos deixasse transparecer que Manuel Pinho percebe alguma coisa de Economia?

Se vos comunicasse que Cláudio Ramos não tem ares de menina mimada?

Ou então se declamasse que o IC19 às 8:30 tem muito pouco trânsito?
Se eu apregoasse que Valentim Loureiro está inocente?
Ou que bebo muita cerveja?
 
Estaria, como é óbvio, a cometer erros grosseiros.
Assim sendo, pensem positivo: O facto de ter dito num artigo recente que “Cornwall” é uma cidade de Inglaterra (em vez de uma região do sudoeste) não foi um erro assim tão grande.
Não obstante, as minhas desculpas por tal erro.
Espero que a Duquesa da Cornualha me perdoe.
21
Jul08

Rigor, se faz favor.

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É impressão minha ou, a julgar pelos nomes que as pessoas atribuem às suas terras, Portugal é constituído apenas por cidades?

Não me julguem mal, mas já repararam na quantidade de pessoas que adiciona o sufixo "City" ao nome da sua terra natal?

 

Este movimento, quiçá instituição, está a crescer. É frequente ouvir "Vila de Rei City" aqui para os meus lados.

E por outras zonas deste país, certamente, ouvir-se-ão coisas como "Sernancelhe City", "Alandroal City" ou até mesmo "Sátão City".

Porquê?

Porquê aquele "City" no final?

 

Eu compreendo o trocadilho. Afinal, se há quem chame aldeia a New York, porque não chamar cidade a Sernancelhe?

No entanto, chamar aldeia a New York é quase um gesto de humildade.

Já chamar cidade, ou melhor, "City" a Sernancelhe arranha a idiotice.

Não conheço Sernancelhe. Não obstante, mesmo não conhecendo, respeito bastante a terra, como respeito todas as outras.

 

Mas se eu não conheço Sernancelhe e respeito a terra, mesmo tendo um nome tão peculiar, porque hão-de as pessoas de Sernancelhe desrespeitar a sua terra natal, apelidando-a de "Sernancelhe City"?

É para se sentirem maiores? Para pensarem que estão na cidade?

Vão por mim: estar em terras como Sernancelhe também é muito agradável. Não é preciso estar-se na cidade para se estar bem.

 

É que, na verdade, quem é da cidade não coloca esse sufixo na sua terra natal. Quem é de Lisboa diz que é de Lisboa e ponto final.

Já alguém ouviu falar em "Lisboa City"?

Não.

E porquê? Porque é idiota estar-se a colocar "City" no final do nome da terra.

 

Eu sei que é muito frequente ver-se a sigla NYC por esse mundo fora.

Mas os nova-iorquinos estão no seu direito. E, para além do mais, são norte-americanos: o seu QI pode não lhes permitir perceber que NY se refere a uma cidade.

 

Mas nós, portugueses, perdoem-me o extremismo dextro, somos bem mais inteligentes que isso.

 

Se puderem, caros leitores, evitem estas coisas.

Esta coisa de adicionar "City" no final do nome da terra natal tem de acabar.

Se procurarem bem na Bíblia, não está escrito em lugar nenhum "Belém City", e não é por acaso que a Bíblia é o livro mais lido em todo o mundo.

18
Jul08

Combustíveis caros? A solução é esta, amigos!

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Em pleno terceiro choque petrolífero da história, muitos de nós questionam-se:

Será que é desta que o Benfica ganha o campeonato?

Dava um jeitaço, porque, a supor tão fantasiosa situação, podia ser que a Repsol lançasse uma campanha para os sócios benfiquistas, que poderiam abastecer os seus carros a um preço muito mais baixo que o praticado normalmente.

 

Como a minha fé benfiquista está em baixo, sou obrigado a dizer-vos: Isso não irá acontecer.

Vamos todos continuar a pagar o combustível, mesmo o da Repsol, a preço de café.

Urge então outra pergunta:

Como poderemos nós poupar combustível?

 

A resposta vem da vila de Flagstaff, no estado norte-americano do Arizona.

Querem poupar combustível?

Então não parem nos sinais de STOP!

(Porque raio insisto eu em colocar as ligações para as notícias que leio?)

Um senhor, na vila de Flagstaff, foi detido por ter roubado os sinais de STOP que foram recentemente instalados na sua zona de residência, pois alega que, desde que passou a parar em todos os cruzamentos, o seu carro tem consumido muito mais gasolina.

 

O curioso disto é que o senhor tem razão. Não parássemos nós em todas as intersecções e o carro gastaria muito menos!

E o negócio da reparação de automóveis estaria de vento em popa.

 

A solução, amigos, é esta: se querem poupar, não parem.

Se o senhor agente da polícia vos disser para parar, sigam em frente e depois, em tribunal, digam que são da Quercus. A coisa passa.

 

Porque muitas das vezes, nós paramos porque o sinal está lá.

E, no final de contas, não vem lá ninguém.

 

Estou plenamente convicto que a natureza agradeceria que fossem retirados todos os sinais de STOP das estradas.

E colocados no lugar do teleponto da Manuela Moura Guedes.

 

Porque sem STOP nós não paramos e seguimos a nossa viagem, não poluindo o ambiente com o chamado "pára-arranca".

Ou então porque sem STOP todos nós batíamos uns nos outros e os nossos carros estariam sempre parados, na oficina, não emitindo os gases poluentes característicos da sua utlização.

De uma forma ou outra, a natureza marcaria pontos.

17
Jul08

Será que a Bíblia fala em perdoar gaivotas?

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Apesar de muita má língua dizer o contrário, julgo que a vida de sacerdote nunca foi fácil.

Há sempre funerais a fazer, confissões a ouvir, eucaristias para celebrar.

E com o evoluir da sociedade (ou então com o aparecimento da Elsa Raposo) as confissões tornaram-se um acto cada vez mais doloroso para os sacerdotes.

 

A vida sacerdotal não é, de todo, fácil.

Porque as pessoas estão cada vez mais falsas e nem os sacerdotes, com os seus dons, conseguem avaliar bem as pessoas como noutros tempos.

Até Bento XIV já deu crédito ao casal McCann!

 

Depois disto, só falta o Papa santificar Paris Hilton.

O que não seria de todo descabido: os santos geralmente chegam a esse patamar porque durante a sua vida ajudaram os mais necessitados.

E Paris Hilton, bem vistas as coisas, tem feito o mesmo.

 

Mas, dizia eu, a vida de sacerdote não está fácil, e prova cabal disso é que hoje não há muitos jovens a enveredar por essa carreira.

Mas não é só a Humanidade que complica a vida dos sacerdotes.

Não.

A Natureza, obra do Senhor, também decidiu complicar a vida dos presbíteros.

A notícia vem no Daily Mail de hoje e, a meu ver, merece que seja lida.

(E se quiserem seguir os meus conselhos de leitura, carreguem neste azul sublinhado.)

 

As gaivotas andam a atacar os sacerdotes e visitantes da St. Petroc's Church, na cidade de Cornwall, no Reino Unido.

Tudo isto porque as ditas aves decidiram fazer um ninho e procriar nas imediações da dita igreja.

E agora estão apenas a ser super-protectoras relativamente aos seus descendentes.

No fundo, uma bela história de amor, onde o vilão se veste de negro, como em todas as histórias da nossa infância.

A diferença é que o bom da fita, para além de vestir de branco, tem também um proeminente bico.

 

Diz a notícia que os ataques das gaivotas têm sido tão ferozes que os padres decidiram começar a usar capacetes de protecção sempre que entram na igreja.

Longe vão os tempos em que "Gaivotas em terra, tempestade no mar!" era um provérbio certeiro.

Hoje os tempos são outros: "Gaivotas em terra, capacete no lugar!"

O que, bem vistas as coisas, não se devia aplicar só aos sacerdotes de Cornwall: as gaivotas têm a mania de satisfazer as suas necessidades fisiológicas em vôo.

E enquanto nós não ganharmos asas também, seria inteligente protegermo-nos dos bombardeamentos dos ditos seres de duas asas.

 

Parece-me que o verdadeiro problema está na qualidade de vida que Cornwall consegue proporcionar às aves.

Elas adoram aquela cidade!

Mudassem eles o nome da cidade para "Stonewall" e talvez as placas de sinalização da cidade não lhes fossem tão atractivas.

 

P.S.: Sei que muitas aves alimentam-se de cereais, entre os quais o milho. Não obstante, presumo que as gaivotas prefiram peixe. Ainda assim, decidi redigir a observação anterior, na esperança que um qualquer David Attenborough me desminta.

 

11
Jul08

"Senhor Procurador, estas escutas de telemóvel estão a ficar estranhas..."

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Sou bastante jovem, é certo.

Mas, em 20 anos de vida, já estive presente em vários casamentos.

São sempre uma festa gira, com arroz, fotografias e muita, muita comida.

 

Todos nós associamos a um casamento a imagem da troca de alianças, do "Sim." proclamado pelos noivos e das latas de Coca-Cola vazias, atadas à traseira do carro do novo casal.

(Agora que me lembro do nome "Elsa Raposo", concluo que a definição de casamento pode não ser igual para todos.)

 

Esta imagem, convenhamos, está desactualizada.

Num mundo cheio de inovações, ainda é preciso ir ao altar dizer que é com aquela pessoa que nós queremos passar o resto das nossas vidas?

Claro que não! E a inovação, tal como Vasco da Gama tanto apanagiou, vem da Índia!

(O link para a notícia tinha de estar em algum sítio.)

 

Em Murshidabad, na Índia, a jovem Irin Biswas, de 18 anos, casou com Safikul Islam, que se encontrava no Kuweit.

Como é que se casaram? Simples: por telefone.

Em modo de alta voz, claro. De outra forma, não haveriam testemunhas.

 

[Sorriam, amantes das relações cibernéticas, já se podem casar com a "hot_and_beautifull_69" que conheceram na sala "Amizade" do mIRC!

(Um dia ainda meti conversa com ela. Ela não me ligou. Enfim...)]

 

Eu acho esta ideia bastante liberal: afinal, não é preciso que duas pessoas estejam juntas no momento em que prometem a Deus que só a morte os irá separar.

Afinal, enquanto ouverem telemóveis, estarão sempre ali, juntinhos.

Houvesse cobertura de rede no Paraíso e a definição de "viúvo" teria de ser actualizada.

 

Para mim, a única coisa estranha neste casamento é o menino das alianças vir com uma camisola dos CTT.

Porque aquele cinzento não combina com a ocasião.

 

Mas a notícia traz mais pormenores interessantes: os noivos deste casamento nunca se tinham falado até se terem casado. Depois do casamento, têm falado todos os dias!

Não será esta a solução para Guantánamo?

Casem os inquiridores com os terroristas e eles falam tudo!

 

É óbvio que esta ideia tem pernas para andar: casamentos por telefone é do que a nossa sociedade precisa.

E se o mercado compensar, estou a imaginar a conversa entre padres no futuro:

"- Epá, ontem casei mais dois por telemóvel, estou sem saldo no meu cartão.

- Então mas tu ainda não tens o Vodafone Cupido?

- Não, pá... Não posso mudar de rede porque tenho o patrocínio da TMN na minha batina.

- Ah, pois é. E a tua mulher, como vai?"

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