Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

há Dias assim...

Há dias históricos, banais, marcantes, deprimentes, excelentes, maus, magníficos, secantes, fantásticos, desinteressantes e, quiçá, bons. E depois também há Dias assim... Se gosta de Dias assim, parabéns. Está no blog certo.

Há dias históricos, banais, marcantes, deprimentes, excelentes, maus, magníficos, secantes, fantásticos, desinteressantes e, quiçá, bons. E depois também há Dias assim... Se gosta de Dias assim, parabéns. Está no blog certo.

há Dias assim...

29
Set08

Um novo lote para a Sical?

delta_unit

O hábito de beber café é, a meu ver, dos mais dignos da nossa sociedade.

"Malta, ouvi dizer que isto tem cafeína, e que nos acorda como mais nada, deixando-nos um estado de hiperactividade moderada!"

"Porreiro, pá! Toca a beber disso para irmos trabalhar!"

"Porreiro, pá! Toca a beber disso para podermos ficar acordados até às 4 da manhã a dançar!"

 

É quase um acto religioso: A seguir à sobremesa, um café e a conta, se faz favor.

A conta quase não dá conta de si se for sozinha. O café faz-lhe sempre companhia.

Porquê? Porque é que o café não ficou nas montanhas da Etiópia para toda a eternidade?

 

Mas o melhor é que a Humanidade já não se contenta com o simples café.

Não.

Agora já temos o café suave, o café ácido, o café espesso.

Porque o café não é todo igual.

E nos últimos dias, um novo aroma de café surgiu no Iowa.

 

(A hiperligação para a notícia, para variar, não está aqui. Há-de aparecer lá para o final deste artigo.)

 

Caros leitores, e que tal um café... De morcego?

É verdade, sim. E a notícia vem no MSNBC.com.

Uma senhora do Iowa viu um morcego passear-se pela sua casa e não se preocupou com isso.

O que acaba por ser otário: Quem é que vê um morcego em casa e não faz nada?

Ninguém no seu perfeito juízo, pois claro!

Se eu visse um morcego, seguir-lhe-ia o rasto até ele me mostrar onde estava estacionado o BatMobile dele!

 

O azar da senhora do Iowa é que o morcego acabou por achar o filtro da sua máquina de café um excelente sítio para pernoitar.

Surpreendido deverá ter este ficado quando, na manhã seguinte, o duche de água quente que lhe fora prometido na recepção tinha uma temperatura demasiado elevada.

E a senhora, continuando a ignorar os sinais de morcego que à sua volta abundavam, lá bebeu a água que vinha do cifão do duche do morcego.

 

A que saberá um café de morcego?

Apenas a pêlo ou algo mais?

É a questão que aqui deixo.

Aliás, a que sabe um morcego? A um rato com asas?

Vamos todos à Coromoto pedir um gelato com sabor a morcego?

Vamos pois!

 

A senhora do Iowa está em exames médicos, para averiguar se não apanhou a doença da raiva.

Não me parece que tal tenha acontecido. O morcego não teve tempo suficiente para se enraivecer.

Pesquisem antes a doença da estupidez. Essa sim, o morcego sofria de certeza!

 

(Então e a hiperligação para a notícia? Está aqui, como prometido.)

22
Set08

Take a drive on the boys' side.

delta_unit

Todos os desportistas têm manias. Todos, sem excepção.

Eu, por exemplo, tenho uma bússola na minha mesa de cabeceira.

E o Cristiano Ronaldo tem a sigla dele na matrícula do carro.

Tivesse eu o ordenado dele e também colocaria uma bússola na matrícula do meu.

 

Estas manias, no entanto, têm um motivo: os desportistas querem dizer ao mundo que os rodeia que, na verdade, praticam desporto.

Eu tenho uma bússola na minha mesa de cabeceira para dizer às amigas que me visitam que eu me oriento muito bem...

E o Cristiano Ronaldo tem aquela matrícula para dizer que, fora de campo, é bastante parecido com o Toy no por mim intitulado "bimbometer"...

 

Todos queremos mostrar ao mundo que de vez em quando trabalhamos o físico!

Nós, desportistas, saimos do sofá com regularidade.

E, acima de tudo, podemos comer pizzas, hambúrgueres ou batatas fritas, sempre acompanhadas de Coca-Cola normal.

Tudo isto, para a inveja de Valentina Torres, sem engordar!

 

No entanto, como em tudo há exageros. Desta feita, a história vem do estado norte-americano da Georgia.

(A notícia vem reportada no chattanoogan.com, e podem lê-la aqui.)

Numa só frase: os habitantes de Lookout Mountain querem que o poder local autorize a circulação de carrinhos de golf nas vias públicas!

E os motivos que a notícia apresenta são muitos.

Mas estou em crer que o motivo real é só um: os locais querem dizer ao mundo que jogam golfe!

 

Não sejamos retrógrados: chegou o tempo de termos um carro exclusivamente para ir ao pão. Porque não um caddy?

Não se percebe como é que o poder local de Lookout Mountain não aceitou imediatamente a sugestão.

 

Ou então percebe-se: Um carro de golfe não é muito seguro.

É muito leve, não tem protecções laterais, tem rodas muito pequenas e, pior que tudo, não tem cinzeiro.

Digamos que o caddy foi desenhado para andar na relva, sendo uma vergonha fora dela.

(Facto curioso: A frase anterior também se aplica a Cristiano Ronaldo.

 

O pragmatismo do Mayor Gifford é compreensível: a circulação de veículos tão frágeis obriga uma atenção redobrada por parte dos condutores dos outros carros que circulam na via.

Ainda assim, com o nome "Lookout Mountain", esta deverá ser uma localidade onde todas as pessoas andam com muita atenção.

 

Mas mesmo supondo que as pessoas não circulam com muita atenção nas ruas de Lookout Mountain... Haverá alguém com o desplante para chocar com o veículo de um senhor que pode andar armado com 14 tacos de golfe?

 

Não se metam com eles, a sério.

A gola obrigatória na modalidade não significa que todos eles sejam queques.

15
Set08

As strippers já tinham descoberto isto há muito tempo.

delta_unit

Esperem só um parágrafo.

Onde é que raio deixei o meu telemóvel?

Apre, não o encontro...

Só mais uma linha.

Já encontrei!

 

Bolas, cheguei a assustar-me!

Porque é que nós temos a mania de ter muitos bolsos na nossa indumentária?

A sério: Não chegavam dois bolsos apenas, nas calças?

Para mim chegavam.

Até porque se eu quisesse trazer muitas coisas atrás, pedia a uma amiga para meter as minhas coisas na malinha dela!

(Vá, amigas, não deixem de ser prestáveis agora que contei o segredo para andar sempre de mãos livres quando é preciso...)

 

A questão está no ar: Porquê tantos bolsos?

Podia aqui tentar uma teoria bem rebuscada, com base no sentido de arrumação que nos invade esporadicamente.

Mas de que me vale teorizar se entretanto descubro esta notícia?

("Qual, Dias?", perguntam-se os caríssimos leitores. A notícia que está nesta hiperligação.)

Laura McLaren, da Califórnia, inventou um sutiã com bolsos!

 

A partir de hoje, se estiverem ao balcão e virem uma senhora a colocar a mão no seu seio, não se armem em campeões... Está só a tirar a carteira, amigos!

Esta invenção acaba por matar dois doelhos de uma só cajadada: deixam-se as mãos livres e aumenta-se o tamanho aparente dos seios.

Ou seja, dentro de algum tempo todas as mulheres parecerão estar em fase de aleitamento dos filhos.

 

Ainda assim, levantam-se algumas questões: o tamanho dos bolsos é proporcional ao tamanho do sutiã?

Se assim for, será que o sutiã da Pamela Anderson terá parquímetro?

 

Apraz-me no entanto enaltecer que é urgente que esta notícia não seja divulgada! Eu próprio não a devia publicitar com este artigo!

E porquê? Porque se isto se tornar popular, dentro em breve os carteiristas vão começar a reparar que os bolsos andam vazios...

E, pior ainda, vão tornar-se nuns depravados que, ao verem um par de seios aparentemente maior, se agarraram a ele com unhas (mas sem dentes), pensando encontrar ali uma notinha de 10 euros!

 

Não, isto não se pode tornar público.

Ainda assim, vou querer estar na fila da loja de conveniência quando a Soraia Chaves quiser pagar algo e tiver as mãos ocupadas.

"Ó Dias, desculpa lá... Podias-me tirar a carteira d'aqui?"

"Com todo o... Prazer."

11
Set08

Andar preferentemente antes de: Ver rótula.

delta_unit

(Este artigo prima, uma vez mais, pela sua estupidez. E começa logo no título!)

 

Nunca tive medo de ir ao médico.

Na verdade, se vou ao médico é porque estou mal de alguma coisa e quero melhorar.

E enquanto eles me receitarem Ben-U-Ron, tudo correrá bem.

O pior é se vou à clinica do Tallon e ele me receita a fivela do cinto...

 

Porque o médico só quer o melhor para o seu paciente, ao contrário do que o Tallon queria para a sua ex-mulher.

O que é uma profissão ingrata: Para trabalhar, o médico precisa de pessoas doentes. Mas ao curá-las, está a diminuir o seu mercado-alvo.

Estranho, não?

Será que era por isso que o Tallon dava com a fivela na mulher: Para ter trabalho na sua clínica de estética?

 

Ainda assim, há mais coisas estranhas à volta da profissão de médico.

Como a notícia que o Washington Post apresentou hoje no seu site.

(A hiperligação, algures por estas palavras.)

Um estudo canadiano concluiu que as operações aos joelhos são, regra geral, inúteis.

 

É um estudo pertinente, este: Se o joelho lhe doer, sente-se e espere que isso passe.

Quer ser operado? Não vale a pena, não irá ajudar...

Agora imaginem como o médico dirá isto ao paciente.

"Bom, o seu joelho não dobra e está com um problema no menisco... O que eu sugiro é que vá para casa, sente-se no sofá e leia o jornal. Sem cruzar as pernas, claro."

 

A meu ver, este estudo envolve interesses...

E porquê?

(Acalmem-se! Eu, num belo exercício de retórica, irei responder à minha própria pergunta.)

Porque toda a gente sabe que as pessoas que têm problemas nos joelhos costumam deslocar-se por meio de canadianas... Como tal, é do interesse dos canadianos que as pessoas mantenham essas dores!

 

(Repararam na deprimente observação que fiz no parágrafo anterior? As canadianas e tal... Muito mázinha a piadola, certo?)

 

Ainda assim, apraz-me dizer que este estudo é a prova de que nós, neste sudoeste europeu, somos bem mais desenvolvidos intelectualmente que esses cientistas da América do Norte:

Para eles concluirem que as operações aos joelhos são inúteis foram precisas 178 pessoas, cuja observação durou 2 anos.

Nós, aqui em Portugal, apenas precisámos de ver o Mantorras.

09
Set08

Se isto for lido para um cão, eu sentir-me-ei realizado.

delta_unit

Muitas foram as vezes que me cheguei à frente neste blog para, de forma simples e gratuita, achincalhar algo.

Não pensem que vou deixar de o fazer! Não!

Afinal achincalhar é giro, e num país em que existe Jerónimo de Sousa, achincalhar é quase uma obrigação.

 

Mas hoje, para matar a monotonia, vou demonstrar todo o meu apreço e respeito por uma espécie animal: o cão.

Diz a sabedoria popular que o cão é o melhor amigo do Homem.

E eu não poderia estar mais de acordo!

Com tanto cão a usar camisolas, calçado ou penteados esquisitos, fica claro que o cão é um excelente companheiro, pois nele muitos seres humanos aliviam as suas patologias mentais.

 

Ainda assim, o cão não se cansa de ser bom amigo.

Atentem nesta notícia do TCPalm. (A hiperligação... Aqui.)

Em Fort Pierce, no estado norte-americano da Flórida, os cães fazem parte de um programa de leitura para crianças, desempenhando o papel de... Ouvintes.

O que pode funcionar muito bem, até ao momento em que as crianças decidam ler Paulo Coelho.

 

Se lerem bem a notícia, a intenção é gira: é para as crianças melhorarem as suas capacidades de leitura, especialmente ao nível da confiança.

No entanto, há uma coisa que eu não percebo: Tudo bem, as crianças lêem mal. Mas... O que é que isso influencia na vida delas? Nada!

Tantas e tão boas pessoas chegaram longe sem saberem ler de forma correcta.

E se duvidam do que vos digo, liguem a vossa televisão amanhã quando o Portugal em Directo começar.

Se repararem bem, Dina Aguiar parece estar ainda a aprender a ler.

 

Como é sabido, eu não sou particularmente bom em coisas relativas à biologia, mas... O ouvido canino não é lá grande coisa, pois não?

O que eles sabem é cheirar! Cheiram como uns doidos!

(Ainda assim, não o suficente para encontrar a Maddie.)

O que eu acho é que o cão, inteligente como sempre, aproveita-se da sua fraqueza de audição e arma-se em bom ouvinte.

E o ser humano, ingénuo como sempre, apelida-o de "O melhor amigo do Homem".

 

Apraz-me no entanto dizer que a educação canina é um aspecto importante.

Estou a imaginar os cães a comentarem entre si as últimas obras literárias que lhes leram...

"Epá, ontem leram-me um livro de Dan Brown. Aquilo sim, é só mistério e tal!"

"Sorte a tua... Ontem leram-me Saramago. Aquilo até soa giro, mas a coitada da criança parece que não atinava com as vírgulas!"

05
Set08

Portugal Guide II

delta_unit

Conversar com um português não é, de todo, uma tarefa fácil.

Tal como abordado no capítulo anterior, um simples cumprimento pode dar azo a uma valente discussão.

E para discussão neste Portugal, sinceramente, já chega a Tertúlia Cor-de-Rosa.

 

Portuguese people, as I told before, are quite complicated.

Just think about the simple way Rooney plays football and the complicated way Ronaldo dribles the ball.

That means we are very complicated, but thanks to that we can score more goals.

 

No entanto, a conversa em si não é de todo difícil. O difícil mesmo é começar.

Se já conseguiu dizer o cumprimento certo, está no bom caminho.

Mas logo de seguida, há uma questão que se impõe.

A questão que toda a gente coloca, em todo o mundo.

Mas em Portugal, o problema não é a forma como se coloca a questão, mas sim a forma como se responde e como se encara a resposta do outro.

 

Well, the conversation by itself isn't hard. We like to talk about common things: Weather, sex, football, drunk nights...

The hardest part on a conversation with a portuguese is the way you beggin.

After saying "Hi!" (wich I hope you've learned on the first chapter of this guide), I guess, you'll have something to ask.

If you really want to have a small talk, instead of asking the way to the beach you're looking for, then you'll say something that everyone says, anywhere in the world!

But, be carefull, in Portugal things won't go the same way as everywhere else.

 

"Então, tudo bem?"

"Como vai a vida?"

"O Benfica, continua em altas?"

São variantes da pergunta que tão naturalmente surge na conversa do português.

No entanto, a resposta nunca é positiva. Nunca!

O português tem sempre, mas sempre, de se queixar de alguma coisa.

E o Benfica tem sempre de andar mal.

 

"How are you?".

That's what everyone asks.

And for the portuguese people, when thinking about the answer, they think almost in the Shakespeare way:

"Not to be, or not to be good: that is the question."

'Cause portuguese people have always something wrong in their life.

Portuguese never say "Oh, I'm fine!".

Never. 'Cause we're never fine.

 

Há quem diga que a culpa é de termos passado pela ditadura há tão pouco tempo.

E a lógica é a seguinte: no tempo de Salazar, se alguém dissesse que andava bem, só podia estar no lado deles.

Só um bufo é que podia andar bem.

Sinceramente, eu acho esta teoria errada.

Naquele tempo, Portugal estava ensinado a gostar da sua miséria, logo estava sempre bem.

E quem dissesse que estava mal, só podia ser comunista!

O que eu acho é que, com os cravos nas metralhadoras, veio também a liberdade de Portugal dizer que vai mal. No fundo, a liberdade da verdade.

 

Portuguese people are never fine, and I guess you're asking why.

The answer comes with a few question marks:

Have you seen our wages?

Have you seen the oil prices?

Have you seen Portugal being defeated by Germany on Euro 2008?

Come on... We're on a really bad situation!

Do you want to help us?

Good! Take us to the nearest bar and pay us a beer!

We'll be better after it.

04
Set08

O barril está caro.

delta_unit

Sim, nós já sabemos: a notícia do dia de hoje é mais uma rixa num bairro ou então mais um assalto violento.

Este Portugal está a perder os seus brandos costumes, e a culpa é do plano tecnológico: Não oferecesse o Governo computadores portáteis aos meninos da Quinta da Fonte e eles nunca teriam aprendido as leis da sua vida no Grand Theft Auto.

 

Ainda assim, há que enaltecer uma coisa: aparentemente, o negócio da gatunagem está em alta.

Houvesse um grupo de bandidos profissionais cotado na Bolsa e as suas acções estariam a valorizar grandemente!

Só falharia uma coisa neste conceito: Como é que se adquirem acções de uma empresa de ladrões: Comprando ou roubando?

 

No entanto, tal como os nossos políticos, também os nossos ladrões não são muito inteligentes.

E digo isto porque assaltar uma bomba de gasolina não é muito inteligente, dado que as pessoas estão a cortar no consumo de combustível.

Não obstante, "ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão".

Acaba por ser bem visto...

 

Mas reparem na notícia que chega do firstcoastnews.com (e cujo link se encontra nesta peculiar palavra):

O que está na moda lá fora, nos Estados Unidos, é roubar barris de cerveja!

Coisa que há muito tempo está implementada no Reino Unido, graças aos chamados hooligans.

 

Atentem agora no pormenor interessante da notícia: O que os ladrões de barris de cerveja vendem no mercado negro não é a cerveja... Não. É o ferro que compõe o barril em si!

Não será esta a carreira de sonho de muito bandido: roubar, beber cerveja para comemorar e depois ainda ganhar dinheiro com isso?

 

Graças a isto, consigo finalmente olhar para uma carrinha de transporte da Super Bock e reconhecer na sua mercadoria algum valor.

Meramente monetário, claro.

 

Ainda assim, neste Portugal de costumes alcoólicos, estou em crer que se o assalto a transportadores de barris de cerveja se tornar um hábito, rapidamente se criarão cordões políciais para escoltar os ditos camiões.

Para transportar dinheiro, uma carrinha da Prosegur chega.

Já a cerveja... Portugal quer que seja bem guardada.

03
Set08

Pelo sim, pelo não, marquem na agenda. (E este é o título mais usado em artigos do género.)

delta_unit

Entusiastas da vida, chega de tanto alarido!

Eu sei, eu sei: Vocês adoram a vida na Terra, os passarinhos, as árvores e o Al Gore.

 

No entanto, tudo o que há de bom neste mundo, e também o Michael Jackson, está prestes a acabar.

Mas descansem: O fim do mundo será por uma boa causa.

É o The Sun que diz, e eu soube disto por intermédio do camarada Pedro Duarte: o fim do mundo deste ano é a 10 de Setembro.

(A notícia, aqui.)

 

O mundo vai acabar e desta vez não é com um meteorito.

Não.

É em nome da ciência.

O que é idiota: De que vale fazer uma descoberta fascinante se depois o mundo acaba e já ninguém poderá usufruir dessa descoberta?

 

Ora, acontece que cientistas suíços vão fazer uma experiência para perceber umas coisas giras acerca da origem do universo. Mas isso, segundo consta, irá criar pequenos buracos negros, que alguns pessimistas temem que irão crescer e fazer implodir a Terra.

 

(Atenção, caros leitores: No último parágrafo tentei explicar o que se irá passar de uma forma socialmente aceitável. No entanto, tal revelou-se impossível, pois se eu consegui dizer "coisas giras acerca da origem do universo" em vez de "questões relacionadas com a origem da matéria", já para substituir o termo "buraco negro" não arranjei nada fofo, bem como para o verbo "implodir". A sério, eu tentei. Mas afinal há coisas impossíveis...)

 

Mas nem tudo é negativo: se a teoria pessimista for a vencedora, acabar-se-ão com as Tardes da Júlia de uma vez por todas.

O chato é que tudo aquilo que nós marcámos para depois de 10 de Setembro não vai acontecer.

O mundo irá acabar sem haver um Barack Obama presidente. Sem o novo álbum de Franz Ferdinand. Sem o Benfica à frente do campeonato. E sem a segunda festa dos solteiros em Vila de Rei.

 

Eu não quero parecer demasiado alucinado, mas isto parece aquelas histórias de Hollywood: há um vilão que tem um projecto para destruir o mundo!

Como tal, precisamos de um herói agora.

Ora, baseando-me em Austin Powers e em James Bond, de quem nós precisamos é de um engatatão para nos salvar.

Alguém que, depois de destruir o complexo científico, pratique um coito iluminado pelas chamas da explosão. ("pratique um coito"? Upa upa, há aqui muito recurso estilístico.)

 

Sim, caros leitores, é verdade: O futuro do mundo depende de Zézé Camarinha.

Ou seja: Se a 11 de Setembro de 2008 ainda estivermos cá, a Humanidade fica a dever uma a Zézé Camarinha.

Não se ralem, a Suécia tratará de saldar essa dívida. Em mulheres, claro.

 

P.S.: Eu não ouvi a música que vai aparecer em baixo enquanto escrevia isto. No entanto, pareceu-me que ficava bem.

02
Set08

Fora de tempo.

delta_unit

Em tantos anos de Humanidade, raros parecem ser os casos de pessoas que não são do tempo em que vivem.

Galileu, segundo muitos, era um senhor muito à frente da sua época.

E Zezé Camarinha é um senhor de há muitos séculos atrás.

 

Tal como ficou provado nas duas frases antecedentes, não estarmos no nosso tempo nem sempre é positivo.

E digo isto porque Galileu morreu solteiro.

Mas... Porque será que existem pessoas fora do tempo em que habitam este planeta?

 

Eu julgo que é tudo uma questão de prioridades.

Galileu dava demasiado ênfase à componente intelectual da existência humana, deixando de lado a arte de, com uma autêntica floresta de pêlos no peito, cativar turistas inglesas.

E Camarinha, exactamente o contrário.

 

A verdade é que, tratando-se de prioridades, a existência de pessoas fora do seu tempo tem aumentado. E muito!

Já não são só os arqueólogos, cujo futuro se encontra em ruínas, os que não estão conosco no século XXI.

São muitos os que se projectam no eixo temporal, para algumas semanas depois ou então para anos antes do momento actual.

Eu, por exemplo, escrevi este artigo três semanas antes dele ser publicado. Isso projectamente para o futuro ou para o passado? Não sei. Nem quero saber.

 

Mas... Já repararam como os políticos, por exemplo, nunca se encontram no presente? Alternam sempre entre o passado e o futuro. O passado de expressões como "O senhor quando esteve no Governo / na presidência da Câmara Municipal nada fez". E o futuro, quando prometem fazer o melhor pelo seu país ou pelo seu concelho.

 

Não. Isto de estarmos no nosso tempo parece estar a perder adeptos.

Os meteorólogos, por exemplo.

Passam a vida a prever, a prever.

E o tempo de ontem? Querem ver que me esqueci?

Mas amanhã haverão aguaceiros fracos em toda a zona a norte do Cabo Carvoeiro, sendo que a sul deste se verificará céu muito nublado com abertas na parte da tarde.

Não estarão os meteorólogos sempre uns dias à frente de nós?

 

Mas isso, é sabido, dá jeito à Humanidade.

Tal como nos deu jeito Galileu.

Estar à frente do nosso tempo parece ser francamente melhor para a Humanidade que estar atrás.

Senão pensem: Sem meteorólogos no dia de amanhã, sobre o que é que falaríamos na viagem de hoje de elevador?

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2009
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2008
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2007
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2006
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2005
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2004
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D