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há Dias assim...

Há dias históricos, banais, marcantes, deprimentes, excelentes, maus, magníficos, secantes, fantásticos, desinteressantes e, quiçá, bons. E depois também há Dias assim... Se gosta de Dias assim, parabéns. Está no blog certo.

Há dias históricos, banais, marcantes, deprimentes, excelentes, maus, magníficos, secantes, fantásticos, desinteressantes e, quiçá, bons. E depois também há Dias assim... Se gosta de Dias assim, parabéns. Está no blog certo.

há Dias assim...

29
Out08

"É como andar de bicicleta."

delta_unit

Uma das expressões que mais gosto na nossa cultura é a que defende que andar de bicicleta nunca se esquece.

"Então, pá? Isso é como andar de bicicleta: nunca se esquece!"

Quem é que disse que nunca ninguém se esquece de como se anda de bicicleta?

Venha de lá esse pensador que temos de ter uma conversa longa!

 

Pensem em José Azevedo: O homem já acabou o Tour de France em 5º lugar.

Mas não conseguiu, três anos depois, ganhar a Volta a Portugal.

Acham mesmo que ele não se esqueceu de como se anda de bicicleta?

 

Mas andar de bicicleta é giro. E devia estar mais na moda.

É uma ideia peregrina (não que esta vá para Fátima a pé), e com a recente escalada do preço do petróleo, o assunto voltou à tona: Porque é que na cidade não se anda mais de bicicleta?

Na verdade, é só vantagens: Não se gasta dinheiro em combustível e não se perde tempo em filas de trânsito.

Para além da manutenção da forma. Se a Valentina Torres fosse de bicicleta para os estúdios da SIC, não estaria tão balofa.

 

Eu não ando de bicicleta porque moro próximo do meu local de estudo. Tão próximo que vou a pé.

Mas se morasse um pouquinho mais longe, naquele limiar que já roça o incómodo em ir a pé e, ao mesmo tempo, ainda é um desperdício comprar o passe do Metro... Será que ia de bicicleta?

Ia, pois!

Se até o Armstrong, com apenas um testículo, conseguiu ganhar o Tour 7 vezes seguidas, porque é que eu, munido de duas gónadas, não conseguiria fazer uns quilómetros por dia?

 

No entanto, as mulheres já não dizem o mesmo...

Segundo um estudo do Reino Unido, as mulheres não andam de bicicleta pois não podem chegar ao trabalho todas suadas.

(O estudo, claro, não é meu. É de alguém, e está apresentado neste belo e cativante sítio da internet.)

É, sem dúvida, um bom motivo.

Eu próprio defendo isso também. Mulheres suadas a trabalhar, não, por favor.

Mas... Não será possível andar de bicicleta sem suar?

Azar o nosso, bolas. Moramos todos no fundo do vale, e o nosso escritório fica sempre no cume da montanha ali ao lado.

 

O que eu acho é que as mulheres britânicas não gostam de bicicletas.

Mas a bicicleta é um veículo simpático, acreditem!

Vamos ali de cabelos ao vento e tal...

Ah, bolas... Esqueçam, mulheres. Outro dos motivos apresentados pelas senhoras britânicas para não andarem de bicicleta é o facto de o capacete de segurança lhes estragar o penteado.

O que é estranho, se pensarmos em Paula Bobone, por exemplo.

O próprio cabelo de Bobone parece um capacete. Não percebo qual é o problema.

 

Mas sim, o penteado é uma coisa importante.

Houvessem bicicletas com um secador de cabeleireiro e um sofá para nos sentarmos e as mulheres já deixavam o carro em casa.

No entanto, 19% das inquiridas neste estudo afirma que não podem ir para o emprego de bicicleta pois não podem correr o risco de serem vistas pelos seus colegas sem maquilhagem.

 

E penso que os colegas delas agradecem.

Pois se dependem assim tanto da maquilhagem para parecerem bem, os colegas delas não devem desejar ver a cara real delas.

Mas se forem a Lili Caneças... Nesse caso, não se incomodem. São feias de qualquer forma.

29
Out08

Por acaso não estava a dormir, mas...

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...essas pessoas que deixam o telemóvel desbloqueado e telefonam para os outros à meia noite, sem que estes reconheçam o seu número, deviam ter mais cuidado.

Especialmente quando estão a andar de carro e a ouvir a música "Numb", dos Linkin Park, em plena Rádio Comercial.

 

E mais não digo.

24
Out08

Um estrondo de sabor!

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Ao longo de largos meses tenho levantado esta questão junto de muitos amigos: Qual é a melhor profissão do mundo?

Pode parecer que tem uma resposta fácil, mas não tem.

Eu não procuro apenas uma ocupação agradável, como a vida de um enólogo.

Não. Eu quero mesmo aquele emprego perfeito.

 

Eu aposto uma profissão: repórter do canal de cabo Travel Channel.

Basicamente, uma pessoa com esta profissão anda a passear pelo mundo inteiro, sendo altamente bem recebido em todos os hotéis (para que estes tenham boa publicidade da parte do repórter), e, para tornar isto num cúmulo, é pago para isso!

Desafio-vos então: encontram alguma profissão melhor que esta?

 

Mas não é de profissões que vos queria falar hoje.

Já repararam na quantidade de snacks e cereais de pequeno-almoço que apresentam este aviso na zona dos ingredientes: "Pode conter vestígios de amendoim e outros frutos secos de casca rija"?

Porque é que numa barra de chocolate Crunch podem surgir vestígios de amendoim e outros frutos secos?

E porque é que eles não tem mais cuidadinho com o processo de fabrico?

Se nós quiséssemos comer barras de cereais, não comiamos Crunch, bolas!

 

O que eu acho é que os senhores que trabalham nas fábricas de Crunch são, na verdade, portugueses.

Daqueles portugueses que gostam de beber cerveja e de ter como aperitivo o belo do fruto da Arachis Hypogaea, o amendoim.

E, como bons portugueses que são, fazem-no durante o horário de expediente, por cima dos enormes recipientes de confecção do dito chocolate, deixando cair uns pedaços de amendoim ocasionalmente.

 

"Vamos começar a comer amendoins fora do nosso horário de trabalho, para manter a qualidade das nossas barras de chocolate?"

"Não, pá! Vamos é por um aviso nas embalagens! O que achaste do Benfica ontem?"

 

E é aqui que eu, brilhantemente modesto, faço a ligação entre o tema deste artigo e a sua introdução: Para o português comum, não poderá ser "supervisor de produção da Nestlé" a melhor profissão do mundo?

 

Beber cerveja e comer amendoins o dia inteiro, comentando futebol... Muitos devem sonhar com isto.

E depois há os que falam apenas de futebol, parecendo que, embriagados, falam de amendoins. Mas não foi para falar do Rui Santos que redigi este artigo.

22
Out08

Respeitem os sentimentos do malmequer!

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Muitos serão aqueles que me lêem que poderão achar que a existência da People for the Ethical Treatment of Animals (PETA) é, por si só, idiota.

E eu revelo-lhe, estimado leitor: Até acho um certo exagero nesta Associação.

Tudo bem, os toiros não têm que andar a levar com ferrinhos nas costas.

Mas se um dia me pedirem para defender a existência da mosca tsé-tsé, deixem-me rir primeiro antes de pensar no que quer que seja.

 

É verdade que os animaizinhos merecem uma existência digna.

Os cães, por exemplo, merecem viver como cães que são, comendo Pedigree e indo buscar o osso quando o atiramos para longe.

E, acima de tudo, merecem viver sem aquelas camisolinhas parvas que alguns seres humanos lhes decidem vestir.

 

No entanto, o que diremos acerca das plantas: também devemos defender a sua existência?

Um carvalho, um sobreiro, tudo bem.

E... Um Pinho? O caro leitor defende a existência de Pinhos, sei lá, no Ministério da Economia?

Preparem-se então para a nova inquietação do governo suíço.

(A notícia, claro, tinha de ter uma ligação neste artigo.)

 

O governo suíço tem vindo a debruçar-se sobre uma questão fulcral para a sociedade do século XXI: a dignidade da vegetação.

E, de facto, esta questão é essencial.

A vegetação gosta de ser vegetação, e não gosta de ser confundida!

Abaixo com essa gente que cria tofu a partir de soja!

A soja é soja, e ponto final.

 

Por um lado, é importante a defesa das espécies vegetais em risco.

Mas... Será que o governo suíço está preocupado com as ervas banais?

O espinafre, por exemplo, está a ser considerado por esta malta?

Se há vegetal que, neste momento, vive uma situação estável, esse vegetal é o espinafre.

Longe vão os tempos em que Popeye, para salvar a Humanidade de Brutus, ameaçava a continuidade do espinafre enquanto ser vivo.

 

A meu ver, a malta da Suíça gostava era de ter água salgada.

E, como não a tem, vai-se entretendo com estes assuntos de extrema irrelevância, enquanto nós debatemos as reformas no sector das pescas.

 

Ou isso ou então estes helvéticos andaram a ouvir Bob Marley em demasia, tornando-se amigos eternos da erva.

Mas não quero acreditar nisso.

Não quero acreditar que na nossa Europa existam líderes políticos viciados em fumar e que, por exemplo, não aguentam um vôo até ao Brasil sem acenderem uns cigarrinhos dentro do avião, contrariando assim a Lei do Tabaco.

Não quero crer nisso.

20
Out08

Enquanto não roerem a prancha, tudo bem.

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Longe vão os tempos da expressão "desde que vi um porco a andar de bicicleta que já acredito em tudo".

Porque, na verdade, ver suínos a praticar ciclismo não é de todo novidade.

Afinal, quem anda no ciclismo e usa doping estará mais próximo da raça suína que da humana...

E todos os anos se houve falar em malta dopada.

 

Não, caros leitores: ver animais a fazerem coisas humanas não é de todo novidade.

E se não acreditam no que vos digo, atentem na notícia que hoje vos apresento, e cujo link se encontra neste texto corrido, em sublinhado azul.

(Vale a pena seguirem o link, principalmente pelas imagens que ilustram a notícia.)

 

No Hawaii, o jovem Boomer Hodel, de 14 anos, ensinou os seus dois ratos de estimação a fazer surf.

Sem dúvida, excelente ideia a de Boomer!

Porque um ratinho, com uma prancha a condizer, não incomoda tanto os outros banhistas.

 

Eu acho que esta ideia tem sentido.

Aliás, tem mais sentido um rato em cima de uma prancha de surf que um tigre a saltar no Circo Chen.

Ou toiros a levarem com ferros no lombo, no Campo Pequeno.

Ou então o Macaco Adriano do Big Show SIC.

(Se, por um lado, seria chocante que aquilo fosse um macaco real, não deixa de ser inquietante pensar que havia uma pessoa debaixo daquele fato. Ainda assim, ao pé do João Baião, a coisa passava...)

 

Está na hora de criar um legião de ratos surfistas!

Poderá, sem dúvida, ser o hype do novo século.

Já estou a imaginar os ratos surfistas na areia, vestidos com as suas t-shirts da Billabong, totalmente despenteados e a ouvir Jack Johnson.

É disto que o mundo precisa!

 

Porque o ser humano surfista já não tem piada.

É apenas um ser humano, que se põe em cima da prancha e vai desfrutar a onda.

Agora um rato surfista... Isso sim, é novidade!

E as ratazanas, sentadas na areia com os seus óculos escuros e t-shirts brancas por cima do fato-de-banho, a babarem-se para os ratos que dominam as ondas?

 

Sem dúvida, um mercado promissor.

Estou em crer que Boomer Hodel será visto, futuramente, como um pioneiro da arte de domesticação de ratos.

No entanto, enquanto esses tempos não chegarem, será visto apenas como um jovem com demasiado tempo livre.

15
Out08

Como comprar um apoiante.

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Declaro aqui solenemente que se a Câmara Municipal de Vila de Rei conseguir colocar estes senhores no próximo cartaz do Rock na Vila, eu nunca mais farei observações políticas de dimensão municipal neste singelo estaminé.

(Nem mesmo sobre o ridículo que é Festa dos Solteiros.)

 

 

Chamam-se "Os Pontos Negros" e o myspace deles está neste link.

 

Vá, têm quase um ano para fazerem o milagre.

13
Out08

Se amanhã o Sol não brilhar, não se assustem.

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Caros leitores, sabiam que o dia de amanhã será histórico?

14 de Outubro de 2008 ficará para a História, e nenhum de nós tem a noção disso.

Felizmente, o Daily Star existe para nos dar estas informações importantes.

(Sigam a luz, perdão, a ligação para a notícia.)

 

Amanhã, a Terra será visitada por extra-terrestres!

Sim, caros leitores, a história repete-se: pela 98234ª vez, uns lunáticos quaisquer na internet dizem-nos que os vizinhos do espaço vêm cá fazer-nos uma visitinha.

 

E agora, como é que me visto?

É motivo para tirar o blazer do cabide e arranjar o cabelo?

Ou os extra-terrestres são daquele tipo de amigos junto dos quais não é preciso fazer cerimónia?

Ajudem-me, caros viciados em cannabis... Perdão! Entusiastas por extra-terrestres!

 

Eu não tenho estado muito a par dos dias anteriores de aparições de extra-terrestres... Lembro-me de ouvir falar da febre do movimento raeliano e assim, mas nada de muito aprofundado.

Assim sendo, pergunto:

- Como é esta malta que nasce lá fora?

- Preferem vinho ou cerveja à refeição?

- São benfiquistas?

- E será que acham o José Castelo Branco normal?

 

A grande novidade dos extra-terrestres que nos visitam amanhã é o propósito da visita.

Vêm destruir a Humanidade, para depois aproveitarem-se do pouco que resta deste planeta?

Ou vêm buscar uns exemplares de Homo Sapiens Sapiens para estudarem mais tarde em casa deles?

Vêm reclamar com o facto de estarmos a emitir a TVI para o espaço?

 

Não.

Vêm espalhar o amor.

Vêm ajudar-nos a entrar numa nova vibração do amor.

 

Assim sim, vale a pena acolher extra-terrestres cá em casa!

É que o Kamasutra já tem pouco para ensinar...

E depois de todas aquelas posições, só mesmo um ET para nos mostrar o passo seguinte.

 

Virão eles em naves espaciais com o formato de coração?

Sinceramente, não sei.

Mas acredito que haja alguém no YouTube a profetizar isso, tendo uma boa musiquinha de trance como fundo.

 

14 de Outubro ficará na História.

Pena que eu vá fazer uma coisa que esta malta entusiasta por extra-terrestres desconhece: trabalhar.

(Nuno Lopes, faz o teu sketch junto desta malta.)

Como tal, se algum dos que me lê vai estar amanhã a espreitar o Céu, à espera que os amigos do Robbie Williams venham cá, deixo um pedido:

Se tiverem a sorte de falar com um extra-terrestre, perguntem-lhe em quem é que ele vota: Obama ou McCain.

É que essa resposta não é óbvia: Eles irão votar em quem melhor conhecem, mas se por um lado, Obama tem umas orelhas de outro mundo, já o McCain tem idade de quem estava cá no dia em que a Terra foi colonizada por eles...

07
Out08

A estupidez omnimodamente.

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Apraz-me encetar o presente artigo asseverando-vos que sustento um singular fascínio pela nossa língua.

Não se constata pela antecedente frase?

 

É verdade, eu tenho o dicionário da Priberam nos gadgets da minha sidebar do Windows Vista.

Porque às vezes gosto de usar palavras diferentes ou então porque Cavaco Silva, de vez em quando, fala sobre a democracia.

 

Mas a minha paixão pela língua portuguesa fica-se por aí.

Recorro ao dicionário apenas quando necessito, e não por passatempo.

Ammon Shea não pode dizer o mesmo em relação à sua língua materna.

(O já habitual link para a notícia, numa palavra ao acaso.)

 

O britânico Ammon Shea leu o Dicionário Inglês de Oxford (composto por 20 volumes) em apenas um ano!

Não merecerá este senhor um prémio internacional?

Algo como "Prémio Nobel do Combate à Vida Social"?

 

Um dicionário é como um termómetro.

Está ali guardadinho, e só se usa quando precisamos.

Para quê controlarmos a nossa temperatura diariamente se não bebemos leite chinês com melamina?

 

Também no dicionário a questão se coloca: Para quê lê-lo de uma ponta à outra se ninguém usa a palavra "omnimodamente"?

(Repararam na forma perspicaz como eu, ao dizer que ninguém usa uma determinada palavra, acabei por utilizá-la? Mas não a utilizei dentro do seu contexto, como é óbvio. Querem saber o que significa, querem?(1))

 

Sem dúvida, o senhor Shea tem um problema qualquer.

E diz ele que, com esta sua aventura pelo mundo da definição, perdeu a capacidade de conversar normalmente, pois esquece-se por vezes de palavras como "pão" ou "sapatos".

E eu sinto o mesmo quando consulto o dicionário.

Neste momento, por exemplo, quero adjectivar Ammon Shea e não me lembro do melhor termo.

Deixem-me pensar mais um bocadinho...

Ah, já me lembrei!

Idiota.

 

Mas, no fundo, tal como Rui Gameiro certamente preconizará, Ammon Shea é a consequência do meio em que se insere.

Não o tivessem obrigado a ler as Fábulas de La Fontaine em menos de um dia e hoje este senhor só lia o Daily Mirror.

 

Caros leitores, aguardem mais uns tempos e em Portugal também teremos o nosso Ammon Shea.

Basta continuarmos a obrigar os estudantes a lerem Os Maias em menos de uma semana.

 

(1) Se está curioso acerca da palavra "omnimodamente", cuidado. Está a desenvolver a curiosidade de Ammon Shea, logo a sua vida social corre perigo. E eu não quero ser culpado por isso. Depois não diga que eu não lhe avisei omnimodamente.

01
Out08

Já fez o seu?

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Sento-me em frente ao computador, abro o site de gestão deste singelo blog, carrego no link que diz "Novo Post" e penso para mim: Está na hora de trabalhar.

Pode parecer um exagero isto. Este artigo: Trabalho?

Eu próprio não acho que isto seja trabalho, confesso-vos... Mas se até Cláudio Ramos se apresenta como "um excelente profissional" quando comenta as fofoquices da TV Guia, porque não posso eu considerar este artigo uma valente empreitada sob o ponto de vista intelectual?

 

Ainda assim, convenhamos: trabalho é coisa que só um grupo restrito desempenha.

Com o desemprego a aumentar e a função pública a funcionar como sempre, é óbvio que há muita gente neste país que não faz nada.

 

O problema é que há muitos que não trabalham, mas queriam trabalhar, e outros que dizem que trabalham e, na verdade, passam o dia a ler coisas na internet. A ler blogs, sei lá.

 

É dos que procuram trabalho que eu vos vou falar hoje.

E isto porque quem procura emprego redige sempre o seu currículo.

Mas... Serão todos os currículos sinceros?

Ou será que há quem entre nós se diga engenheiro sem o ser?

Se estão nessa situação, o Partido Socialista é a vossa solução.

(Isto rima e tudo!)

E São Bento, a vossa futura morada. Vá, toca a alistarem-se nos rosas...

 

O estudo foi feito pelo careerbuilder.com, e desta vez o link para a fonte deste artigo nem se encontra entre parêntesis.

Este belo estudo apresenta-nos um conjunto de adulterações que apareceram nos curriculos de alguns pretendentes norte-americanos a empregos interessantes.

Coisas como: "Eu sou membro da família Kennedy."

 

Logo aqui algo se impõe: para quê adulterar um currículo?

Eu sei que pode haver quem entre nós tenha o azar de ter no seu currículo "Licenciatura em Filosofia".

Mas... Porque não hão-de colocar isso no currículo quando concorrem para trabalhar nas caixas do Modelo?

 

Certo, tudo bem, há que adulterar o currículo de vez em quando.

Se, na realidade, muitos de nós fingem que trabalham, porque é que não hão-de fingir também o seu currículo?

O chato é quando dizem que tiveram experiência militar numa data anterior ao seu nascimento, tal como o estudo do careerbuilder.com nos apresenta...

É um problema que só esta geração nova tem.

Já malta como o Mário Soares, pode perfeitamente dizer que andou a combater as tropas de Junot durante a Guerra Peninsular.

Mesmo que não tenha andado, a sua idade permite tal inverdade.

E as suas bochechas também.

 

Mas o careerbuilder.com, como site de referência que é (ou então não é, mas achei engraçado usar esta expressão agora), deixa-nos alguns conselhos para a redacção do nosso currículo.

E um deles apela à nossa honestidade.

Eu acho bonito isto.

Especialmente se estiverem a concorrer para um lugar na administração de uma gasolineira.

Eu sei que não gostam de dizer que, durante a vossa infância, roubaram chocolates na loja de conveniência do vosso bairro.

Mas, acreditem: a direcção da gasolineira irá gostar de saber que vocês já têm experiência na actividade que irão desempenhar.

 

Sejam honestos.

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