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há Dias assim...

Há dias históricos, banais, marcantes, deprimentes, excelentes, maus, magníficos, secantes, fantásticos, desinteressantes e, quiçá, bons. E depois também há Dias assim... Se gosta de Dias assim, parabéns. Está no blog certo.

Há dias históricos, banais, marcantes, deprimentes, excelentes, maus, magníficos, secantes, fantásticos, desinteressantes e, quiçá, bons. E depois também há Dias assim... Se gosta de Dias assim, parabéns. Está no blog certo.

há Dias assim...

29
Abr09

Aposto que adoram papel higiénico preto.

delta_unit

De vez em quando lá surgem notícias de conflitos na Grécia.

São os estudantes, dizem eles, enquanto a polícia atenua a coisa.

Outras vezes é da Venezuela.

E o Hugo Chávez lá arruma o assunto.

Outras vezes é a bancada parlamentar do PSD.

Mas depois fala Paulo Rangel e eles lá se convencem que não vão a lado nenhum mesmo.

 

A verdade é que todos os dias existem conflitos por esse mundo fora.

Longe vão os tempos em que era só na Faixa de Gaza, no Iraque ou em casa da Rihanna.

Ainda assim, a Humanidade parece ter-se habituado a isto.

E os próprios intervenientes desses conflitos parecem já estar habituados.

"Epá, ontem apanhei o autocarro para Tikrit e acabei no hospital com estilhaços de granada pelo corpo todo. Já não consegui ver o jogo do nosso Al-Zwara."

"Olha, não perdeste nada... Ganhámos 2-0 mas achei que os nossos extremos estavam pouco explosivos."

 

Obama poderá discordar, mas eu cá não tenho medo em afirmar isto:

O grande perigo para as sociedades ocidentais não está na ameaça terrorista.

Gripe suína? Não, nada disso.

Música de Toy a passar na rádio? Podia ser, de facto. Mas não, não é isso.

 

Para mim, o real perigo para a nossa segurança é o seguinte: Emos e góticos.

Se hoje os Estados Unidos bombardeassem Portugal, eu dormiria descansado.

Mas se hoje começasse uma guerra entre emos e góticos eu seria o primeiro a enfiar-me num foguetão para o espaço, mesmo tendo uns dentes chumbados.

 

Já alguém imaginou as proporções que isto poderia atingir?

Á distância não se percebia nada.

Afinal, malta de negro à porrada podia muito bem ser apenas a plateia de um concerto de Metallica.

 

Mas não. Esta guerra entre góticos e emos seria algo bem sério.

De um lado, malta a ouvir Evanescence.

Do outro, adolescentes (não só do sexo feminino) a idolatrar Jared Leto.

Cuidado, Humanidade!

 

Indubitavelmente, um duelo épico.

Daqueles que ainda dariam que falar daqui a umas dezenas de anos.

Dois grupos sociais à disputa do título "Os Reis do Anti-Social".

 

Sim, porque é disso que se trata o movimento gótico ou o movimento emo.

Vão dizer-me que não, é mentira.

Ou então vão dizer-me que eu é que não tenho vida social, de tal forma que até escrevo um blog.

Irão dizer muita coisa, mas não há como negar: esta malta é estranha.

E eu em estranhos - perdoem-me lá só desta vez - não costumo confiar.

 

E é talvez por isso que a malta continua a aceitar Fall Out Boy na MTV ou Within Temptation no Optimus Alive.

Para manter esta gente contente, deixando a Terceira Guerra Mundial para outra geração.

 

Assim sendo, caros leitores, fica o conselho: Nunca digam a ninguém que o emo é idiota.

E que o rock gótico segue a mesma linhagem.

Eu sei, é uma cabal verdade.

Mas tal como na política, é na verdade que o mundo descamba.

27
Abr09

Um nome com sentido.

delta_unit

Sempre gostei de aventura.

Pegar na sacola com bolachas, um canivete suíço e uma garrafa de água e partir para o monte, em busca do tesouro perdido.

E em Portugal, acreditem, há muitos tesouros perdidos por esses montes.

Ou são tesouros ou frigoríficos usados.

 

Gostava, sinceramente, de saber quem teve esta ideia pela primeira vez.

A ideia de despejar frigoríficos obsoletos na floresta.

Porque - e não quero aqui ferir sensibilidades - a ideia até pode ter algum fundamento.

Quem nos garante que um javali não gosta de beber a sua água bem fresquinha?

 

E quem diz o javali diz, claro, a mais banal pessoa que decide passear-se pela floresta.

Porque passear na floresta é, sem dúvida, a experiência mais encantadora da nossa vida.

E, quiçá, a última.

 

(Eis a notícia, claro.)

 

Nos estado norte-americano da Carolina um senhor faleceu após, durante um passeio pela floresta, ter encontrado as intituladas Hidden Falls.

E ter caído.

"Epá, ouvi dizer que há umas quedas de água assim bem escondidinhas naquela floresta... Vamos lá dar uma volta?"

 

Sem dúvida, um raciocínio ao nível de Bam Margera.

Não obstante, há também os normais.

Os que não gostam de engessar membros ou, em última instância, os que apreciam a vida.

 

Não percebo, sinceramente, o sentido lunático que estas pessoas têm.

O de se enfiarem num local qualquer que não conhecem e não terem cuidado onde metem os pés.

E eu sei que este raciocínio é de um puro calculista.

Mas eu não acredito, sinceramente, que mesmo nos desportos mais radicais não haja um momento para pensar em segurança.

Só se atira de um avião ou de um precipício quem tem, efectivamente, um pára-quedas.

Só vai à guerra quem tem um bom colete anti-bala.

E só treina o Chelsea quem, de facto, garante uma boa cláusula de rescisão do seu contrato.

 

Mas e as Hidden Falls... De onde raio veio este nome?

Será que a origem deste nome tem o mesmo sentido que aquelas placas de sinalização que encontramos nas nossas estradas a avisarem-nos que nos encontramos em zona de acidentes?

Se sim, então no caso das Hidden Falls a coisa poderá ter sentido.

Já essas placas nas nossas estradas, não percebo a sua localização.

A meu ver, punham-se apenas à entrada do país.

Porque Portugal, no fundo, é um grande acidente.

13
Abr09

Este blog está em sintonia com o artigo.

delta_unit

De onde surgem os assuntos abordados nas músicas?

É, claro, uma pergunta que deve ser colocada aos próprios músicos e não lançada para o ar num qualquer blog amador.

Mas eu cá não gosto de seguir as regras.

E só por causa das coisas ainda hoje hei-de passar um sinal vermelho.

Para mostrar ao mundo quem é o rebelde.

 

A música de Amy Winehouse virá da sua própria experiência de alcoólica, a de Jason Mraz dos seus problemas amorosos derivados do desvio acentuado do seu nariz, enquanto a de Tony Carreira virá de alguém que, de forma original, compôs de facto a música.

Mas no geral... Será que toda a música tem um fundamento?

Será que, um dia, Bob Sinclar estará mesmo junto com alguém?

Será que Rihanna tem mesmo um guarda-chuva grande? E se sim, porque não o utilizou à tempos como arma de defesa?

E o Venga Bus, existe mesmo ou é só um mito?

 

Às perguntas anteriores não sei responder.

Mas hoje aprendi que, afinal, a música "Blue (Da Ba Dee)" dos italianos Eiffel 65 pode ter algum fundamento.

Não que exista um planeta totalmente azul.

Mas é possível que o mundo de alguém seja azul, desde que esse alguém não saia de casa.

 

(E se eu não pusesse a hiperligação para a notícia? Era um charlatão, claro! E, mesmo gostando da palavra "charlatão", a verdade é que não o quero ser. Assim sendo, aqui está a dita.)

 

Uma casa pintada totalmente no mesmo tom de azul é a ideia do austríaco Arty Peter Kaschnig, arquitecto de profissão e curioso por saber qual o efeito psicológico em viver rodeado sempre da mesma cor.

Um estudo giro, que só não é original pois o estado de "viver sob a mesma cor" já se verifica há largos bons anos no campeonato português de futebol.

(Onde, curiosamente, a cor em questão é também a azul.)

 

Viver num mundo monocromático não me parece de todo idiota.

Deixaríamos de ter a dúvida sobre qual a cor da roupa a vestir, deixaríamos de julgar o estado da comida pela sua cor e, mais importante, deixaríamos de ficar com a cara rosada quando alguém diz algo sobre nós que não devia.

Porque esse, para mim, é o maior dos problemas desta vida de cores diferentes.

Num mundo todo da mesma cor ninguém saberia que eu tenho aquele crush por aquela jovem, nem tão pouco saberiam onde estávamos os dois naquela noite de festa, quando subitamente desaparecemos.

 

A meu ver, a ideia de Kaschnig até é boa, pois de certa forma até o prepara para o futuro, quando tudo à nossa volta for o azul do mar, cujo nível médio entretanto subiu por culpa do não cumprimento do Protocolo de Quioto.

Mas esta também poderá ter um efeito perverso.

Isto porque uma casa totalmente azul é um conceito que, a vingar e a espalhar-se a tudo o que criamos à nossa volta, poderá tornar a Humanidade numa espécie de "Blue Man Society".

E se três "Blue Man" já incomodam, imaginem o que seriam seis biliões de Blue Men (Agora sim, com o termo no plural.) a baterem em tubos de PVC.

03
Abr09

Fique mais um pouco.

delta_unit

Preâmbulo: Procrastinar, em turco, diz-se ertelemek.

 

 

Está no emprego, caro leitor?

Está?

Então não abra outra página.

Deixe este artigo aberto no seu computador e antes mesmo de continuar a lê-lo, vá chamar o seu superior e convide-o a vir ler este artigo.

 

"Mas tu estás doido, Dias?"

Claro que não.

Estou a ser seu amigo.

 

(E aqui está a hiperligação para a notícia da Reuters.)

 

Segundo um estudo da Universidade de Melbourne, os trabalhadores que lêem blogs ou que vão ao YouTube ou ao Facebook durante o horário de trabalho são mais produtivos.

Viu, senhor superior na hierarquia empresarial em relação ao meu leitor, como tem um belo empregado?

Vá, aumente-lhe o ordenado.

 

Eu já sabia que quem me lia não era mau trabalhador.

Apenas e só porque, ao ler tão deprimentes escritos, qualquer pessoa percebe que nesta internet não se irá divertir, pelo que voltará ao seu trabalho.

 

O estudo, por seu turno, explica a coisa dizendo que ao navegar pela internet o trabalhador descansa o seu intelecto, podendo voltar ao trabalho com a concentração máxima, produzindo assim muito mais trabalho.

Eu acredito que sim.

E o inverso também se verifica: Quem trabalha na internet durante muito tempo também procura vida a sério ocasionalmente.

Ao se aperceberem que não têm jeito para conjungar o verbo "socializar", voltam para o computador e ficam produtivos.

E depois decidem criar o Second Life, só para não passarem pelo embaraço que é contactar com pessoas ao vivo.

 

É verdade, pois claro, que um devaneio pela internet aumenta a produtividade no trabalho.

Porque a internet tem coisas muito úteis para criar preâmbulos, como dicionários que nos permitem traduzir verbos para turco.

 

Por outro lado, o estudo diz-nos que, para ser produtivo, o cérebro precisa de descansar, deambulando por assuntos menos sérios e mais idiotas.

Mas ficar nesses assuntos durante muito tempo é também um perigo.

E é aí que se distinguem as pessoas.

Há os que roçam a parvoíce apenas por instantes, para que o cérebro alivie, e esses chegam longe.

E depois há a Maya.

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