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há Dias assim...

Há dias históricos, banais, marcantes, deprimentes, excelentes, maus, magníficos, secantes, fantásticos, desinteressantes e, quiçá, bons. E depois também há Dias assim... Se gosta de Dias assim, parabéns. Está no blog certo.

Há dias históricos, banais, marcantes, deprimentes, excelentes, maus, magníficos, secantes, fantásticos, desinteressantes e, quiçá, bons. E depois também há Dias assim... Se gosta de Dias assim, parabéns. Está no blog certo.

há Dias assim...

18
Mai09

Isto desconcentra os deuses.

delta_unit

Pode estar a dar futebol no plasma do café.

Aquele jogo que todos os homens esperavam.

O derby a duas jornadas do fim.

O momento alto da temporada!

Mas há um som que consegue desviar o olhar masculino da televisão.

E não, não é o som da carica da cerveja a sair.

 

É antes aquele som que chega ao ritmo de uma caminhada.

A cada passo, o impacto dos tacões no chão.

Mesmo que, nesse instante, Cristiano Ronaldo esteja a partir para a cobrança da grande penalidade... Se entrar uma mulher no café de saltos altos e fizer aquele barulho ao caminhar, todos os homens olharão para ela.

 

Porquê?

Porque é que há mulheres que, esmagando o dedo mindinho, preferem calçar saltos altos daqueles que deixam a palma do pé na vertical a usarem algo que, mesmo aumentando a altura aparente das ditas, é minimamente ergonómico?

E porque é que o barulho que deles advém consegue ser o melhor atractivo da atenção masculina da história?

 

Enquanto este mundo for machista, sugiro que se censure a utilização de saltos altos.

Apenas e só porque, com eles, as mulheres têm-nos na mão.

Com eles, elas dominarão o mundo.

E eu, ao contrário de Cláudio Ramos, não anseio viver no planeta cor-de-rosa.

 

Vamos então abolir saltos altos?

(A notícia, aqui.)

 

Na Grécia, esse país de futebol tão rico, a malta responsável pelo património histórico pondera a proibição de saltos altos nos seus monumentos.

Isto porque, segundo os senhores, esses mesmos saltos altos têm vindo a desgastar os seus monumentos de forma acelerada.

Parece-me bem.

 

Para mim, os saltos altos só têm, aparentemente, uma utilização possível: Partir vidros de transportes públicos em situação de emergência.

Ainda assim, choca-me pensar que um dia poderei estar dependente de uma senhora de saia para fugir de um autocarro em chamas.

O autocarro acabou de tombar e a senhora até ia a retocar a maquilhagem.

E agora é ela que veste a capa vermelha do Super-Homem.

Porquê?

 

A meu ver, os saltos altos deviam ser dados a quem nos pudesse, de facto, salvar numa situação destas.

É por isso que acredito que, um dia, Sarkozy salvará alguém.

 

Porque os saltos altos são perigosos, isso são.

E pior que isso, deixam as mulheres a olharem-nos de cima para baixo.

E isso, segundo diz o Camané, não é muito confortável.

 

Toca a proibir os saltos altos, pá!

12
Mai09

Vai um copo?

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A vida de enólogo, para muitos, é perfeita.

E não só porque a vida dos outros é sempre melhor que a nossa.

Não.

Para muitos, o enólogo é aquele ser abençoado que recebe dinheiro para beber vinho.

E recebe.

Mas não bebe, coitado.

 

Aliás, para mim o enólogo tem a profissão mais ingrata do mundo, pois está sempre em cima da linha, pronto para beber, mas nunca bebe.

Um enólogo é um bulímico com classe.

 

No entanto, muitos de vocês dir-me-ão:

"Mas tens de ver que o enólogo passa a vida a saborear vinhos de qualidade, de castas muito selectas."

(Ou então não me dirão nada, visto que a cadência de comentários neste blog roça a nulidade.)

E eu, a isso, respondo à moda de Cunhal.

Olhe que não, olhe que não...

 

(Será uma notícia? Vejam.)

 

Na região vinícola de Wairarapa, na Nova Zelândia, o vinho branco tem um aroma a... Urina de gato.

Meses a tratar das vinhas, o suor das pessoas a colherem as uvas, semanas de fermentação e, afinal, o resultado sabe a urina de gato.

Ao pé disto, o tempo investido a apoiar o Benfica até parece bem empregue.

 

Afinal, nós e os nossos antípodas estamos mesmo em extremos diferentes.

Quer ao nível do rugby quer ao nível do vinho.

E se somos mesmo assim tão diferentes, então na Nova Zelândia devem haver políticos de confiança.

 

E agora, uma sequência de perguntas sem resposta:

Será que os neo-zelandeses têm a marca registada?

Se sim, isso quer dizer que é proibido engarrafar urina de gato e vendê-la ao público?

Então porque é que ninguém multa a malta que faz a cerveja Tagus?

 

Um vinho que saiba a urina de gato - e isto pode chocar-vos - não me surpreende.

Afinal nem todos podem estar ao nível de Casal Garcia.

O que me surpreende aqui é como é que alguém, com bom vinho para analisar, decide verificar se uma dada casta sabe ou não a urina de gato.

Isto só demonstra que até os enólogos podem ser parvos.

Ou isso ou então, às vezes, não deitam o vinho fora.

O que não se deve fazer, claro.

 

Se todos tivéssemos o cuidado de expelir o vinho que saboreamos este país estaria bem melhor.

E Tony Carreira no esquecimento.

04
Mai09

I'm writing in the rain.

delta_unit

Muitos têm sido os artigos escritos neste blog que abordam a temática do bandoleirismo.

E poucos aqueles que, ao apresentar na primeira frase uma palavra bem cara, a definem de seguida.

É nisso que este artigo se vai distinguir: Eu ainda hei-de explicar-vos o que é o bandoleirismo.

 

O bandoleirismo é a arte de roubar.

E não será por acaso que o termo "bandoleiro" se aproxima tanto do termo "bandeirola".

 

Já o disse várias vezes: ser bandoleiro não é fácil.

E também já disse que eu próprio não tenho capacidades para ser bandoleiro.

É por isso que eu não tenho nos meus planos para o futuro ser administrador de banco nenhum.

 

E digo isto pois, tal como o tenista não joga quando chove, o esquiador não corre quando não neva ou o surfista não vai para a água quando não há ninguém na praia para se poderem exibir, também o ladrão não deve sair de casa quando o tempo está húmido.

E eu até gosto de chuva, devo confessar.

 

(E aqui, claro, podem encontrar um vídeo de Manuela Ferreira Leite a fazer massagens a José Sócrates. Ou então encontram a notícia que pretendo comentar neste artigo. Cliquem e esclareçam-se.)

 

Em Sydney a polícia foi chamada a meio da noite para salvar um ladrão que ficou preso no telhado de uma fábrica que pretendia assaltar.

Anos e anos a desenvolver vedações electrificadas, sistemas de videovigilância com visão nocturna e posters da Lili Caneças em trajes menores e, afinal, a melhor forma de afugentar ratoneiros é com... Chuva.

E uma cobertura bem inclinada, se faz favor.

 

A água sempre foi nossa amiga, por muito que em Phuket se pense o contrário.

Sem água não haveria vida.

Sem água não tínhamos gelados Calippo.

Sem água não haveria concursos de "Miss T-Shirt Molhada".

 

Mas aparentemente a água também é capaz de tratar da saúde do mais idiota larápio.

Talvez por isso Bernie Madoff esteja no Guiness Book pelo maior guarda-chuva do mundo.

É para não se molhar. Ou então para sobreviver.

 

Um mundo onde a polícia responde ao alarme de uma fábrica e acaba a apanhar um ladrão em flagrante delito parece, afinal, uma utopia.

Este nosso mundo, afinal, vê na polícia o salvador de ladrões, quando a coisa lhes corre mal.

Para salvar este gatuno de 53 anos, as autoridades precisaram de um camião de bombeiros com uma escada extensível e um helicóptero. E três horas de trabalho.

Para salvar um ladrão.

 

E quando o Simão Sabrosa tenta responder a um centro do Agüero? Não lhe podem emprestar a escada por um bocadinho também?

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