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há Dias assim...

Há dias históricos, banais, marcantes, deprimentes, excelentes, maus, magníficos, secantes, fantásticos, desinteressantes e, quiçá, bons. E depois também há Dias assim... Se gosta de Dias assim, parabéns. Está no blog certo.

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há Dias assim...

03
Mar08

A presunção da ignorância da máquina.

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Maria de Lurdes Rodrigues, actual Ministra da Educação, tem vindo a tomar medidas reformistas no nosso sistema de ensino.

E nessa discussão, peço desculpa, eu não me intrincarei.

 

Não obstante, posso dar uma sugestão a Maria de Lurdes Rodrigues. Não posso?

Cara Ministra, já que está a revolucionar o nosso sistema de ensino... Porque não uma disciplina no ensino básico chamada "Elevadores"?

 

A reacção do leitor mais incauto a esta minha proposta será certamente algo como "Então mas tu estás parvo, pá?".

Aos incautos, eu proponho que reparem no seguinte: Já analisaram a forma ignorante como nós, seres humanos em geral, utilizamos os elevadores?

 

A verdade é que nós temos uma relação muito estranha com o elevador.

Se virem bem, há uma franja da população que, independentemente de querer subir ou descer pisos através de um elevador, carrega sempre nos dois botões de chamada de elevador: O botão de subida e o botão de descida. E depois entra no primeiro que lhe abrir a porta.

 

E se o elevador fosse idiota, este procedimento seria natural.

Não obstante, o elevador é um muito mais inteligente que a Luciana Abreu (Porque tem menos silicone, claro) e age de forma perspicaz.

Senão reparem: se um elevador estiver a descer e nós quisermos subir, ele não precisa de parar no nosso piso. Porque não vale a pena. Não é?

Ora, a malta que fabrica os elevadores, para além de ter óculos de elevada graduação, também percebe umas coisas no que concerne ao comportamento ideal do sistema.

Eles percebem, pelo menos, melhor que nós.

 

Mas nós, comuns mortais, não sabemos isso! O que queremos é estar dentro do elevador!

E é através deste tipo de raciocínio que muita gente, quando quer ir do primeiro para o segundo andar, passa também pela cave...

Acredito que muita gente goste de ir debaixo de terra de vez em quando. Mas de elevador não há emoção nenhuma, acreditem.

Até porque uma tara por estar debaixo de terra é estúpida.
Para quê gastar precioso tempo da nossa vida a alimentar uma tara que, bem vistas as coisas, será saciada após a morte, durante uma eternidade?

 

Esta paixão, a de estar dentro dos elevadores, compreender-se-ia se as viagens de elevador fossem confortáveis.

No entanto, todos nós sabemos que isso não é verdade.

O chamado "ambiente de elevador" é simplesmente aterrador, mesmo para os não-claustrofóbicos.

Porque no elevador fala-se de tudo aquilo que é banal na nossa vida: Do tempo, das orelhas do José Rodrigues dos Santos, do tempo que fez ontem, do jogo do fim-de-semana, do tempo que eles prevêem para amanhã, do jantar da empresa e, antes que me esqueça, do tempo também....

 

E já repararam bem que a grande maioria das pessoas, enquanto está no elevador, olha sempre para o visor que diz o andar em que estamos?

Tem sentido, dado que queremos estar o menor tempo possível naquele cubículo!

Então se é isso que nós queremos, para quê carregar nos dois botões de chamada e depois entrar no primeiro que aparecer, correndo o risco de ter de passar mais uns minutos dentro do elevador?

 

Eu sei que Maria de Lurdes Rodrigues não vai seguir os meus conselhos. Até porque eu sou apenas um mero estudante... Se nem os professores ela ouve, quanto mais os estudantes!

Assim sendo, espero que os meus leitores tenham aprendido alguma coisa com isto.

Carreguem apenas no botão que indica o vosso sentido de deslocação.

Deixem o outro em paz.

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