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há Dias assim...

Há dias históricos, banais, marcantes, deprimentes, excelentes, maus, magníficos, secantes, fantásticos, desinteressantes e, quiçá, bons. E depois também há Dias assim... Se gosta de Dias assim, parabéns. Está no blog certo.

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há Dias assim...

16
Fev09

E em forma de semáforo, podia ser?

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"Essa cabeça só serve para por o chapéu, pá."

É talvez das expressões mais engraçadas que o senso comum nos oferece.

Nela está embutida uma certa dose de ironia, pois para perceber verdadeiramente a expressão é preciso pensar um bocadinho.

Mas que cabeça que "só serve para por o chapéu" é que pensa?

 

Julgo, no entanto, que em todos nós o cérebro faz alguma coisa.

Uns mais instintivos, outros racionais, outros (quiçá bloquistas) a sofrer os efeitos do consumo de erva, a verdade é que a expressão "essa cabeça só serve para por o chapéu" nunca será verdadeira quando levada à letra.

No entanto, poderá surgir um ou outro caso em que a utilização excessiva de chapéus possa levar-nos a crer que, afinal, o senso comum está, uma vez mais, correcto.

 

"Um ou outro caso?"

Sim, eu sou altamente previsível, e já se sabe o que vem a seguir a esta linha.

(Vem, claro, um parêntesis com uma hiperligação para uma notícia.)

Em Littlestown, no sul do estado norte-americano da Pensilvânia, Larry Douthwaite foi proibído de usar a sua colecção de 103 chapéus enquanto ajuda as crianças, todos os dias, a atravessar a estrada.

E isto porque, segundo as autoridades locais, os seus exuberantes chapéus distraem os condutores, podendo originar acidentes.

 

("Exuberantes chapéus, Dias?" Sim. Se seguirem a ligação da notícia, ainda vêem um... Já o chapéu que ilustra este artigo, foi o Google que mostrou, e não a notícia.)

 

A verdade é que Larry Douthwaite já faz este trabalho há quinze anos, e sempre usou a sua colecção de chapéus para ganhar a simpatia por parte das crianças e dos turistas, que noutras paragens reportam o "senhor dos chapéus" daquela pequena cidade, Littlestown.

(Eu tinha de escrever esta, desculpem.)

 

Afinal, qual é o problema dos chapéus exuberantes?

O vocalista dos Jamiroquai usa-os há muito tempo e nunca apareceu aí nenhum ambientalista a dizer "o senhor não pode usar essas coisas porque parece que está a gozar com as catatuas".

 

O problema parece vir da imagem pública do denominado "crossing guard", que deve apresentar um certo uniforme que, apesar de tudo, não contempla a vestimenta sobre o coiro cabeludo.

Mas... Qual o problema do chapéu?

Na verdade, convém que um "crossing guard" seja visto pelos condutores.

Se não for pelo colete reflector, será pelo chapéu em forma de avião!

 

Um pouco como o que Santana Lopes procura: se não for visto por ganhar as autárquicas em Lisboa, que seja visto nas festas nocturnas, onde empunha um cabelo devidamente embebido em gel que o faz desempenhar o mesmo papel que a bola de espelhos da discoteca onde se encontra.

Tal como o "crossing guard", também para Santana Lopes o mote é o mesmo: o que interessa é ser visto.

 

Ainda assim, ninguém leva a sério quem empunha um chapéu destes.

Porque ao ver Larry Douthwaite com um avião sobre a cabeça a mandar parar o seu automóvel, a fim das crianças atravessarem a estrada, o comum dos condutores deverá naturalmente pensar:

"Paro, paro... Não te desvies e ainda levantas vôo!"

O que não seria de todo perigoso, visto Douthwaite tem asas sobre ele que o permitem aterrar em segurança.

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