A prova de que, no Vaticano, ninguém percebe de mulheres.
No domingo passado comemorou-se uma vez mais o Dia Internacional da Mulher.
Alguns acham que o dia não tem sentido, outros defendem-no de forma aguerrida.
Para mim, sinceramente, não era preciso este dia.
Porque eu, ao contrário do José Castelo Branco, penso em mulheres durante todo o ano.
Não é preciso chegar o 8 de Março para pensar: "Olha, as mulheres existem!"
Sou até um acérrimo defensor da igualdade de direitos.
Se um homem pode chegar tarde ao trabalho e justificar-se com o jogo do Benfica na véspera, a mulher também o pode fazer justificando-se com a novela da noite.
E eu digo mais: Se uma mulher grávida tem prioridade nas filas de espera, o Fernando Mendes também devia ter esse direito!
No entanto, nem toda a sociedade pensa da mesma forma.
Até porque, verdade seja dita, existem diferenças entre o homem e a mulher que não devem ser disfarçadas, por muito que a Solange F. discorde comigo.
E no meio de todas as ideias diferentes, eis que surge a do Vaticano.
(A notícia, pois claro, anda por aqui.)
O que terá contribuído mais para a emancipação da mulher ocidental?
A pílula? Não, claro que não, que é pecado!
O direito ao aborto? Jamais! Isso é matar!
Pois é, leitores, segundo o Vaticano, o que mais ajudou a mulher a ganhar direitos na sociedade ocidental foi... A máquina de lavar roupa.
Não houvesse máquina de lavar roupa e Hillary Clinton estaria em casa, a esfregar as camisas do marido, e não na equipa de Obama.
Com a máquina de lavar roupa foram-se as preocupações e a "água fria da ribeira" da Aldeia da Roupa Branca não mais foi motivo de constipação.
Vêem, caras leitoras, como nós, homens, somos bem simpáticos?
Sim, porque quem vos libertou fomos nós!
Afinal, a máquina de lavar roupa terá sido inventada por um homem.
Um homem com grande sentido de igualdade, ou então um homem que apenas queria a sua mulher disponível para outras coisas.
Mas dito desta forma irónica até parece que as mulheres não têm mérito na luta pela igualdade.
Têm, claro que têm!
Só é pena que ainda hajam mulheres como a Elsa Raposo a estragarem a reputação do género.
Mas nós, homens, também temos o Cristiano Ronaldo.
Vá lá... Ainda há igualdade de figuras tristes entre sexos.
Nota: Antes que chovam comentários a apelidarem-me de machista informo quem ler este artigo que eu nunca recorro à ironia. Nem mesmo nestas notas com um tipo de letra mais pequeno.