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há Dias assim...

Há dias históricos, banais, marcantes, deprimentes, excelentes, maus, magníficos, secantes, fantásticos, desinteressantes e, quiçá, bons. E depois também há Dias assim... Se gosta de Dias assim, parabéns. Está no blog certo.

Há dias históricos, banais, marcantes, deprimentes, excelentes, maus, magníficos, secantes, fantásticos, desinteressantes e, quiçá, bons. E depois também há Dias assim... Se gosta de Dias assim, parabéns. Está no blog certo.

há Dias assim...

28
Jul09

Alto e pára o baile!

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Os homens não se medem aos palmos.

Pelo menos, assim o diz o senso comum.

A meu ver, o que justifica isto é mesmo a vontade que todos temos em não ser ridículos.

Parecendo que não, ter uma pessoa a medir outra com as mãos...

Vá, seria ridículo.

 

Mas até que ponto a altura de um homem é importante?

Para um jogador de basquetebol é importante sim.

E para uma bibliotecária também.

Mas... E os outros? O padeiro, o portageiro, o guia turístico, o ministro?

 

De que interessa ao ministro ter dois metros de altura quando a vida dele é baixar-se perante a presenta do Primeiro?

Aparentemente, a altura não interessa para nada.

Mas se assim fosse, este artigo não existia.

 

(Aqui está o link para a notícia. Já é um clássico!)

 

Um estudo feito na Austrália concluiu que as pessoas mais altas têm maiores ordenados.

O que é estranho, porque ainda hoje reparei comparei o meu ordenado (que, como estudante, é nulo) com o do Simão Sabrosa, que ainda é uns centímetros mais baixo que eu, e não conclui o mesmo que estes cérebros australianos.

 

Por favor, não me venham com esta da altura agora.

Andei eu tantos anos a estudar para poder almejar um bom ordenado e, afinal, o segredo está na altura?

É que a altura eu não a posso treinar.

É algo com a qual se nasce.

E eu, claramente, não nasci para ser alto.

Pior ainda: pelo que tenho visto, os homens que nascem baixos e tentam ser altos não passam de uns travestis.

 

Afinal, qual é a vantagem de ser alto?

Eu não percebo.

Ainda assim, é normal: Eu sempre fui um bocado lerdo.

Sento-me então e bebo um reflectivo sumo de laranja.

 

Há muito que as mulheres usam saltos altos, e com isso quase fizeram esquecer o machismo que caracterizava a sociedade dos anos 50.

E os jogadores de futebol, bem vistas as coisas, ainda usam umas chuteiras que os fazem três centímetros mais altos, e esses até têm uma boa vida.

E depois temos o Sarkozy, que com uma sola de sete centímetros consegue ser Presidente da França e partilhar a mesa de jantar com a Carla Bruni.

 

Eu não percebo, mas aparentemente está à frente dos nossos olhos:

Ser alto é sinónimo de sucesso.

Aliás, só isso justifica o insucesso de Marques Mendes na política.

Só isso.

 

Mas eu não acredito nisto.

Eu quero crer, porque me dá jeito, que a altura não é assim tão importante na definição do nosso ordenado.

No entanto, trata-se de fé apenas.

Porque os factos não mentem: O Marco Horácio é baixo e, coitado, tem de se contentar a apresentar aquele programa estúpido da SIC.

Soltem a parede.

De betão.

Em cima dele.

20
Jul09

Um casamento garante-te novos vôos. Ou não.

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Casar de branco, com um vestido enorme e um ramo de flores, é o sonho declarado de muitas celebridades: Luciana Abreu, Miley Cyrus, Alexandra Lencastre e, obviamente, Miguel Veloso.

 

Para muitos haverá algum valor simbólico nisto.

Para outros, apenas o prazer material de, na estante da sala, guardar a fotografia do dia mais bonito das suas vidas.

E pode, na verdade, ser o dia mais bonito das suas vidas.

Especialmente quando se nasce na Rinchoa.

 

Naquele dia, tudo está feito ao gosto dos noivos.

O local da cerimónia. A ementa. O carro.

A música de fundo do almoço.

E no final, se assim o desejarem, um belo fogo de artifício.

Mas se for terrorista, também se arranja alguma coisa para si.

 

(E agora, uma novidade neste blog: Uma hiperligação para a notícia que vos vou falar neste artigo! O que acham da ideia?)

 

Na vila italiana de Suvereto um avião embateu numa pousada quando passava por cima de um casamento, no momento em que a noiva atirava o ramo de flores às solteiras ali presentes.

Isto porque os noivos acharam que era fofo um avião passar por cima deles naquele dia.

 

Ora, reza a história que quem agarrar o ramo de flores será a próxima pessoa a casar-se.

Ironia ou talvez não, quem ficou com o dito ramo foi o motor do avião ultra-leve que sobre eles passava, e instantes depois este casou-se com um belo edifício de betão armado.

 

Para nós, gente de boa formação - Sim, porque quem me lê é, com certeza, bem formado. De outra forma já me tinha ofendido de todas as formas possíveis na zona de comentários. -, esta é uma situação triste.

Mas imaginem que Bin Laden se casava.

Isto seria, para ele, o equivalente a atar as latas de Coca-Cola ao carro dos noivos, no final da noite.

E, atendendo ao número de mulheres que o Osama tem, seria também um grande empurrão para a indústria aeronáutica.

 

Mas... Quem é que anseia ter um avião a sobrevoar a sua cerimónia de casamento?

Só Bill Clinton, assumindo que o avião simboliza um valente "Please, get me out of here!"

 

Eu gostava, isso sim, de me casar dentro de um avião.

E depois de já ter a aliança no dedo, atirava-me com a minha esposa do avião, ambos munidos dos nossos pára-quedas, e juntos aterrávamos nesse novo mundo da vida a dois.

E, acreditem, gostava imenso de partilhar este meu sonho com muitas pessoas.

Gostava de ver muita gente a casar-se desta forma.

Entre os quais a Elsa Raposo e o João Kléber.

Mas neste caso sem pára-quedas, claro.

16
Jul09

Já que a Bolsa não dá nada...

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Ao contrário do que Cristiano Ronaldo nos mostra, a vida de desportista não é fácil.

Podem não saber fazer contas nem tão pouco descreverem-nos o Ciclo de Krebs, mas muitos deles esforçam-se todos os dias para atingirem os seus objectivos.

Esforços desumanos como beber Formas Luso.

Coitada da Telma Monteiro… As Vitalis são tão melhores.

 

Há um certo grupo de atletas que, na verdade, se esforça imenso para poder participar nos campeonatos da sua modalidade.

Não só para atingir os mínimos de acesso mas também para financiar as suas deslocações às provas.

Porque uma coisa é comprar um Powerade no Lidl do nosso bairro. Outra é comprá-lo no centro dessa grande metrópole que é Beja.

E se alguns conseguem obter os devidos patrocínios, (Lembro-me do Gonçalo Uva, que conseguiu a Carolina), muitos são os que têm de arranjar formas muito originais para o conseguir.

 

(Isto está mesmo a pedir um link para uma notícia, não está? E eu não consigo contrariar a tendência. Cliquem aqui.)

 

Na Nova Zelândia, esse país de tão bom rugby, um praticante de taekwondo, presente nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, abriu um prostíbulo para poder angariar fundos com vista à sua participação nos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres.

Um prostíbulo, Dias?

Sim.

Um lupanar.

Ou alcoice, como quiserem.

Vá, um bordel.

 

Que se façam figuras num anúncio da Formas Luso, com um penteado estranho, tudo bem.

Agora… Abrir um bordel parece-me um bocado exagerado.

Dá emprego a muita gente, é certo.

E incita o mercado de bebidas.

Mas tal como dizia Diácono Remédios, não havia necessidade.

 

O que eu acho é que este atleta, de nome Logan Campbell, está a ser burro.

Ele podia muito bem pedir o dinheiro emprestado ao banco e abria logo em Londres um bordel, durante os Jogos Olímpicos.

Porque, bem vistas as coisas, há muito bom atleta que a certas horas do dia só está bem na caminha.

 

Agora, as autoridades neo-zelandesas dizem que a integração de Campbell na comitiva para os Jogos Olímpicos de Londres será agora reapreciada, pois um atleta deve ser também um exemplo para as crianças.

E eu acho que Campbell, com esta história, passa a ser um exemplo para as crianças.

Porque criou o seu próprio negócio.

Empreendedorismo, Nova Zelândia!

 

Mas olha, Logan… Se percebes português e estás a ler isto, segue o meu conselho:

Se isso te correr mal por aí, vem para a Europa.

Com o teu gosto por meretrizes, rapidamente te tornas numa estrela de taekwondo do Manchester United, e uns anos depois transferes-te para o Real Madrid a um preço astronómico.

Mas tens de ter uma irmã gorda.

13
Jul09

Um dia não me lembrarei disto.

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Já não me lembro do que comi ontem ao almoço.

E pode muito bem ter sido apenas um prato. Mas nem desse eu me lembro.

Imaginem então como será para o Fernando Mendes lembrar-se das refeições do dia anterior.

 

Não me sinto frágil de memória, é certo.

Prova disso é o facto de eu ainda me lembrar dos anos em que o Sporting foi campeão.

E se não me lembro do meu almoço de ontem é porque não dou assim tanta importância ao que já comi.

Onde é que vamos jantar hoje? Bom, esse já é outro assunto.

 

Deverei eu ficar preocupado com esta minha memória, que aos 21 anos já apresenta sintomas de Alzheimer?

Claro que sim!

E vou já beber um William Lawson’s.

 

(Nada como enunciar uma notícia para tornar isto mais credível. Ela aqui está.)

 

Na Áustria, país de música com classe, um conjunto de investigadores concluiu que o consumo de álcool reduz o risco de Alzheimer nos idosos.

Vamos ver se eu percebi bem: então os velhotes têm uma probabilidade superior de terem o cérebro em forma se beberem uns canecos de vez em quando?

Porreiro, pá. Era mesmo dessa desculpa que o Jorge Palma andava à procura.

 

É curioso reparar como a idade muda as pessoas: Pelo que observo, em tenra idade o álcool tende a proporcionar o esquecimento nas pessoas.

Mas aos 80 anos, ajuda-nos a lembrar de tudo.

Eu duvido disto, sinceramente.

O que eu acho é que, ao beber álcool, os velhotes ganham um álibi.

Alzheimer? Não, senhor doutor. Eu é que estava meio ébrio, sabe…

 

Ou então não duvido.

Ou então gosto apenas de me contradizer.

É óbvio que o vinho tinto faz bem à memória dos idosos!

Porque se lhes for dada a permissão para beber um copo de vez em quando, é certo que estes nunca estes se vão esquecer, pelo menos, do sítio onde têm a garrafa.

 

Por outro lado, é sem dúvida um bom estudo a apresentar ao mundo.

Porque quem tem 85 anos já não se deve preocupar com a saúde.

Deve, isso sim, aproveitar os seus últimos tempos da melhor forma possível, divertindo-se e - porque não? - bebendo uns canecos com os amigos da tropa.

Divirtam-se, velhotes. E deixem de se candidatar à Presidência da República.

26
Jun09

"Olha, queres uma pastilha?"

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Porque raio existe o Dia Europeu para a Segurança em Passagens de Nível?

Seria respeitar o código deontológico deste blog se a pergunta anterior fosse retórica.

E eu, do alto do púlpito do conhecimento, explicar-vos-ia o porquê do Dia Europeu para a Segurança em Passagens de Nível.

 

Pastilhas elásticas.

Todos nós recorremos a elas.

Porque alivia o stress, porque comemos comida com alho ao almoço ou então porque temos o 10 nas costas e jogamos no Benfica.

Sem dúvida, uma das melhores invenções da Humanidade, a seguir ao copo com pé.

 

Na minha vida, tudo começou com as pastilhas Gorila.

Grandes e com a consistência ideal para a produção de balões, as Gorila marcaram uma geração, e merecem neste artigo a sua devida homenagem.

Está feita.

 

E se é factual que já todos reparámos que a variedade de sabores de pastilha elástica é enorme – Lembram-se do simples mentol? O que dizem então do sofisticadíssimo Blue Dream Mint? -, eu lanço outra questão:

Já repararam como as embalagens de pastilha elástica evoluíram? E o próprio formato das pastilhas?

 

Eu sou do tempo das Chiclets.

Numa simples caixa de papel, elas lá se acomodavam, lado a lado, segundo uma organização quase bibliotecária.

E a caixa funcionava.

Era toda de papel e, findada a degustação de todas as drageias, punha-se no papelão.

 

Não obstante, num qualquer momento da história, as pastilhas em drageia deixaram de ser cool.

Surgia a era da pastilha elástica pré-mastigada.

Alguém se lembra daquelas Trident que vinham assim moles e em formato rectangular, embrulhadas num papelinho?

Confesso que, por vezes, cheguei a tentar pendurar os quadros lá em casa com essas pastilhas.

Só depois descobria onde tinha, de facto, guardado o Bostik.

 

Sem dúvida, esta era a fórmula certa para a pastilha elástica.

Mas a sociedade vai mudando, e o mercado não pode parar.

Voltavam as drageias, mas em embalagens que as isolavam individualmente do ar exterior.

Essa foi, sem dúvida, a fase da minha vida em que mais me senti vilarregense.

Porque sempre que tirava uma pastilha da embalagem sentia-me um idoso de 80 anos a tomar o comprimido para o reumático.

 

Pelo meio surgiam também as primeiras Max Air, em formato drageia e numa embalagem comprida de 14 pastilhas.

Sem dúvida, um marco na história do ardor a mentol na boca.

Tens marijuana?

Não. Mas tenho Max Air e água para beber após ter trincado três vezes a pastilha. Queres?

Uuuuui! Eu não tenho pedalada para isso!

 

E hoje, a hegemonia é das Trident Senses, no formato pré-mastigado que as Trident já nos tinham apresentado.

Mas a embalagem destas Senses encerra em si muita magia.

Sempre que retiro da embalagem uma pastilha sinto que estou a tirar um fósforo daquelas embalagens de fósforos do tempo do outro ditador.

Sinto-me um viciado, mas não em tabaco.

 

Felizmente, o mercado de hoje já serve todos os gostos.

Porque a drageia é sempre uma boa aposta, continuam a haver as Trident em drageia, nas embalagens mais variadas.

Desde o pequeno cilindro, que faz de cada um de nós, ao retirar uma pastilha, um pequeno Greg House, até às embalagens cilíndricas, que em muito confundiriam o mais incauto treinador de Pokémons.

 

Escolho-te a ti Charizard!

 

 

Ora bolas, enganhei-me na bola. Deixa-me apanhar esta porra e já fazemos o combate, pode ser? Olha, queres uma pastilha?

19
Jun09

Uma Sueca em vez de Solitaire.

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Lembro-me de, em petiz, achar que a globalização era a indústria que fazia aqueles globos das aulas de Geografia.

Tão redondinhos, com os países às cores e os oceanos no sítio.

Aposto que a ilha de Mykonos estava pintada de cor-de-rosa.

E o professor de História lá o usava também, para nos mostrar por onde andaram os nossos navegadores do século XV.

 

A meu ver, os portugueses são relativamente bons em Geografia porque tiveram na sua história malta muito viajada.

Ao contrário dos Estados Unidos, nós podemos olhar para o pequeno globo e dizer que, em 1487 já havia um Dias na Namíbia.

O mais semelhante que os EUA podiam fazer era, nas aulas de Geografia, apontar no mappa mundi a origem dos namorados da Paris Hilton.

Assim qualquer pequenito do Arkansas saberia tudo sobre o mundo.

Excepto Beja.

Não parece, olhando para o CR7, mas a Paris tem requisitos mínimos.

 

Viria a Coca-Cola, a Microsoft e até a própria Paris Hilton mostrarem-me o verdadeiro significado da palavra “globalização”.

Por todo o mundo a bebida é a mesma, o programa televisivo é o mesmo e o automóvel também.

Onde está a identidade nacional? Alguém a viu?

Todos nós vemos as mesmas notícias, todos sofremos da mesma gripe, todos jogamos o mesmo videojogo na PS2.

 

Haverá benefícios, certamente, mas os factores prejudiciais também abundam.

E é por esses que o governo de Gordon Brown decidiu fomentar o espírito nacionalista.

Virá aí uma cadeia de fast food que venda fish and chips?

Ou será obrigatório por lei ignorar os preços baixos dos chapéus de chuva chineses?

Não, nada disso.

Para patrocinar o espírito nacionalista, toca a fazer jogos de computador com espírito britânico.

 

(Sigam a hiperligação se quiserem ler a notícia.)

 

Se há coisa que mina a cultura de um país, é sem dúvida jogar GTA IV.

A não ser, claro, que se nasça em Chelas.

Aí, O GTA IV é conhecido como “Escola Primária”.

 

Parece-me bem, pois claro, que se apoie a criação de videojogos com conteúdo nacional.

E em Portugal esta ideia teria pernas para andar.

Os jogos de estratégia podiam ser baseados no Império Português de D João V.

Os jogos de corridas podiam passar-se todos na Ponte Vasco da Gama.

E os de gestão hospitalar tinham sempre problemas de compatibilidade, correndo devagar em qualquer plataforma.

 

Vamos a isso, pois claro!

Toca a pegar na ideia dos ingleses e adoptá-la em Portugal!

Queremos os Magalhães todos com “A Idade de D. João V” pré-instalado.

 

Só é pena que, segundo esta ideia, não possamos ter o videjogo “África do Sul 2010 – Campeonato Mundial de Futebol”.

Paciência.

Jogamos antes a versão portuguesa do videojogo “Mafia”: o pomposo “Superliga Sagres”.

15
Jun09

É tudo uma questão de tempo.

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É só para confirmar que este blog ainda não acabou.

O tempo é que não abunda por aqui.

 

Entretanto, há uma semana isto fazia parte do monólogo do grande O'Brien:

"The family of a Michigan woman brought her to a MacDonald's to celebrate her 100th birthday. It was basically the family way to say 'Grandma, you've lived long enough.'"

 

E ainda:

'Paris Hilton is denying rumors that she striped naked at a Las Vegas party and then danced for a group of wealthy business men. Paris said: 'They weren't business men, they we're plumbers.'"

E agora pensem: Se nem tempo tenho para ver o Tonight Show with Conan O'Brien à medida que vai dando, quanto mais para escrever aqui...

 

Mas eu hei-de voltar.

01
Jun09

Caros Leitores

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Não vos percebo, a sério.

Hoje está uma noite tão gira, bem quentinha lá por fora, e vocês estão a ler isto?

Tinha-vos em melhor conta.

 

É factual que não tenho escrito ultimamente, mas tempo livre é coisa que não abunda por estes lados.

Assim, aconselho-vos a, nos próximos tempos, abandonarem este blog, escrito pelo maior amador da história.

Por outro lado, quem é que raio lê coisas tão mal escritas e que só anseiam por ter piada quando, na verdade, quem a possui de raiz regressa hoje à noite à grelha da NBC?

 

 

A cadeira já lá está à espera dele.

 

Se puderem, vejam o regresso de Conan O'Brien.

E eu ficarei a rezar para que, nos próximos dias, arranje um tempinho para o ver também.

18
Mai09

Isto desconcentra os deuses.

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Pode estar a dar futebol no plasma do café.

Aquele jogo que todos os homens esperavam.

O derby a duas jornadas do fim.

O momento alto da temporada!

Mas há um som que consegue desviar o olhar masculino da televisão.

E não, não é o som da carica da cerveja a sair.

 

É antes aquele som que chega ao ritmo de uma caminhada.

A cada passo, o impacto dos tacões no chão.

Mesmo que, nesse instante, Cristiano Ronaldo esteja a partir para a cobrança da grande penalidade... Se entrar uma mulher no café de saltos altos e fizer aquele barulho ao caminhar, todos os homens olharão para ela.

 

Porquê?

Porque é que há mulheres que, esmagando o dedo mindinho, preferem calçar saltos altos daqueles que deixam a palma do pé na vertical a usarem algo que, mesmo aumentando a altura aparente das ditas, é minimamente ergonómico?

E porque é que o barulho que deles advém consegue ser o melhor atractivo da atenção masculina da história?

 

Enquanto este mundo for machista, sugiro que se censure a utilização de saltos altos.

Apenas e só porque, com eles, as mulheres têm-nos na mão.

Com eles, elas dominarão o mundo.

E eu, ao contrário de Cláudio Ramos, não anseio viver no planeta cor-de-rosa.

 

Vamos então abolir saltos altos?

(A notícia, aqui.)

 

Na Grécia, esse país de futebol tão rico, a malta responsável pelo património histórico pondera a proibição de saltos altos nos seus monumentos.

Isto porque, segundo os senhores, esses mesmos saltos altos têm vindo a desgastar os seus monumentos de forma acelerada.

Parece-me bem.

 

Para mim, os saltos altos só têm, aparentemente, uma utilização possível: Partir vidros de transportes públicos em situação de emergência.

Ainda assim, choca-me pensar que um dia poderei estar dependente de uma senhora de saia para fugir de um autocarro em chamas.

O autocarro acabou de tombar e a senhora até ia a retocar a maquilhagem.

E agora é ela que veste a capa vermelha do Super-Homem.

Porquê?

 

A meu ver, os saltos altos deviam ser dados a quem nos pudesse, de facto, salvar numa situação destas.

É por isso que acredito que, um dia, Sarkozy salvará alguém.

 

Porque os saltos altos são perigosos, isso são.

E pior que isso, deixam as mulheres a olharem-nos de cima para baixo.

E isso, segundo diz o Camané, não é muito confortável.

 

Toca a proibir os saltos altos, pá!

12
Mai09

Vai um copo?

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A vida de enólogo, para muitos, é perfeita.

E não só porque a vida dos outros é sempre melhor que a nossa.

Não.

Para muitos, o enólogo é aquele ser abençoado que recebe dinheiro para beber vinho.

E recebe.

Mas não bebe, coitado.

 

Aliás, para mim o enólogo tem a profissão mais ingrata do mundo, pois está sempre em cima da linha, pronto para beber, mas nunca bebe.

Um enólogo é um bulímico com classe.

 

No entanto, muitos de vocês dir-me-ão:

"Mas tens de ver que o enólogo passa a vida a saborear vinhos de qualidade, de castas muito selectas."

(Ou então não me dirão nada, visto que a cadência de comentários neste blog roça a nulidade.)

E eu, a isso, respondo à moda de Cunhal.

Olhe que não, olhe que não...

 

(Será uma notícia? Vejam.)

 

Na região vinícola de Wairarapa, na Nova Zelândia, o vinho branco tem um aroma a... Urina de gato.

Meses a tratar das vinhas, o suor das pessoas a colherem as uvas, semanas de fermentação e, afinal, o resultado sabe a urina de gato.

Ao pé disto, o tempo investido a apoiar o Benfica até parece bem empregue.

 

Afinal, nós e os nossos antípodas estamos mesmo em extremos diferentes.

Quer ao nível do rugby quer ao nível do vinho.

E se somos mesmo assim tão diferentes, então na Nova Zelândia devem haver políticos de confiança.

 

E agora, uma sequência de perguntas sem resposta:

Será que os neo-zelandeses têm a marca registada?

Se sim, isso quer dizer que é proibido engarrafar urina de gato e vendê-la ao público?

Então porque é que ninguém multa a malta que faz a cerveja Tagus?

 

Um vinho que saiba a urina de gato - e isto pode chocar-vos - não me surpreende.

Afinal nem todos podem estar ao nível de Casal Garcia.

O que me surpreende aqui é como é que alguém, com bom vinho para analisar, decide verificar se uma dada casta sabe ou não a urina de gato.

Isto só demonstra que até os enólogos podem ser parvos.

Ou isso ou então, às vezes, não deitam o vinho fora.

O que não se deve fazer, claro.

 

Se todos tivéssemos o cuidado de expelir o vinho que saboreamos este país estaria bem melhor.

E Tony Carreira no esquecimento.

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