Alice Chaves.
"Gostos não se discutem."
É, para mim, um óptimo princípio de bom senso.
Como tal, quando uma eventual discussão cai no campo dos gostos pessoais, o mais correcto será, naturalmente, redimir-mo-nos ao silêncio e respeitarmos a diferença de gostos.
No entanto, não consigo resistir ao debate do gosto musical, à volta apenas de uma música.
"No One", de Alicia Keys.
Acho que só a consegui ouvir toda duas vezes: uma antes de escrever este artigo e outra quando, a conduzir, quis à força tentar perceber a essência do raio da música.
Ao mais atento leitor deverá saltar agora a seguinte questão:
"Então mas o Dias, ouvindo o que ouve durante a redação dos seus artigos, gosta de Alicia Keys ou do estilo musical que ela representa?"
A resposta: Não.
Há, no entanto, a tal dose de bom senso dentro de mim, que respeita a diferença de gostos.
Posso não gostar da chamada "pop music" mas, mesmo não gostando, reconheço que nesse universo a Madona é grande!
Já o R&B, soul ou blues (estilos que o myspace diz serem representativos de Alicia Keys) são de facto uma área que eu não conheço muito.
Poderei, portanto, estar a cometer um erro grosseiro: Falar de algo que não conheço.
Mas, mesmo assim, eu não resisto a dizer isto.
É impressão minha ou a "No One", de Alicia Keys, é mesmo muito má?
A sério: Não há musicalidade naquela música!
Nem sequer uma prestação vocal por aí além.
O raio da rapariga parece que está rouca!
Mas não é uma rouquidão com estilo. Não é, e isto é que me parece importante dizer, uma rouquidão musical.
A insistência do prato da bateria no ritmo da música, e aquele som horrível do orgão após o refrão... O que é aquilo, hein?
A minha vizinha de cima canta bem melhor o "Apita o Comboio"!
Eu sei que a dita cantora chegou ao top norte-americano logo na semana de lançamento do single em questão... Mas, bolas, isso não será mais uma prova de que a malta dos EUA é um bocado parva?