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há Dias assim...

Há dias históricos, banais, marcantes, deprimentes, excelentes, maus, magníficos, secantes, fantásticos, desinteressantes e, quiçá, bons. E depois também há Dias assim... Se gosta de Dias assim, parabéns. Está no blog certo.

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há Dias assim...

11
Jul08

"Senhor Procurador, estas escutas de telemóvel estão a ficar estranhas..."

delta_unit

Sou bastante jovem, é certo.

Mas, em 20 anos de vida, já estive presente em vários casamentos.

São sempre uma festa gira, com arroz, fotografias e muita, muita comida.

 

Todos nós associamos a um casamento a imagem da troca de alianças, do "Sim." proclamado pelos noivos e das latas de Coca-Cola vazias, atadas à traseira do carro do novo casal.

(Agora que me lembro do nome "Elsa Raposo", concluo que a definição de casamento pode não ser igual para todos.)

 

Esta imagem, convenhamos, está desactualizada.

Num mundo cheio de inovações, ainda é preciso ir ao altar dizer que é com aquela pessoa que nós queremos passar o resto das nossas vidas?

Claro que não! E a inovação, tal como Vasco da Gama tanto apanagiou, vem da Índia!

(O link para a notícia tinha de estar em algum sítio.)

 

Em Murshidabad, na Índia, a jovem Irin Biswas, de 18 anos, casou com Safikul Islam, que se encontrava no Kuweit.

Como é que se casaram? Simples: por telefone.

Em modo de alta voz, claro. De outra forma, não haveriam testemunhas.

 

[Sorriam, amantes das relações cibernéticas, já se podem casar com a "hot_and_beautifull_69" que conheceram na sala "Amizade" do mIRC!

(Um dia ainda meti conversa com ela. Ela não me ligou. Enfim...)]

 

Eu acho esta ideia bastante liberal: afinal, não é preciso que duas pessoas estejam juntas no momento em que prometem a Deus que só a morte os irá separar.

Afinal, enquanto ouverem telemóveis, estarão sempre ali, juntinhos.

Houvesse cobertura de rede no Paraíso e a definição de "viúvo" teria de ser actualizada.

 

Para mim, a única coisa estranha neste casamento é o menino das alianças vir com uma camisola dos CTT.

Porque aquele cinzento não combina com a ocasião.

 

Mas a notícia traz mais pormenores interessantes: os noivos deste casamento nunca se tinham falado até se terem casado. Depois do casamento, têm falado todos os dias!

Não será esta a solução para Guantánamo?

Casem os inquiridores com os terroristas e eles falam tudo!

 

É óbvio que esta ideia tem pernas para andar: casamentos por telefone é do que a nossa sociedade precisa.

E se o mercado compensar, estou a imaginar a conversa entre padres no futuro:

"- Epá, ontem casei mais dois por telemóvel, estou sem saldo no meu cartão.

- Então mas tu ainda não tens o Vodafone Cupido?

- Não, pá... Não posso mudar de rede porque tenho o patrocínio da TMN na minha batina.

- Ah, pois é. E a tua mulher, como vai?"

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