Já fez o seu?
Sento-me em frente ao computador, abro o site de gestão deste singelo blog, carrego no link que diz "Novo Post" e penso para mim: Está na hora de trabalhar.
Pode parecer um exagero isto. Este artigo: Trabalho?
Eu próprio não acho que isto seja trabalho, confesso-vos... Mas se até Cláudio Ramos se apresenta como "um excelente profissional" quando comenta as fofoquices da TV Guia, porque não posso eu considerar este artigo uma valente empreitada sob o ponto de vista intelectual?
Ainda assim, convenhamos: trabalho é coisa que só um grupo restrito desempenha.
Com o desemprego a aumentar e a função pública a funcionar como sempre, é óbvio que há muita gente neste país que não faz nada.
O problema é que há muitos que não trabalham, mas queriam trabalhar, e outros que dizem que trabalham e, na verdade, passam o dia a ler coisas na internet. A ler blogs, sei lá.
É dos que procuram trabalho que eu vos vou falar hoje.
E isto porque quem procura emprego redige sempre o seu currículo.
Mas... Serão todos os currículos sinceros?
Ou será que há quem entre nós se diga engenheiro sem o ser?
Se estão nessa situação, o Partido Socialista é a vossa solução.
(Isto rima e tudo!)
E São Bento, a vossa futura morada. Vá, toca a alistarem-se nos rosas...
O estudo foi feito pelo careerbuilder.com, e desta vez o link para a fonte deste artigo nem se encontra entre parêntesis.
Este belo estudo apresenta-nos um conjunto de adulterações que apareceram nos curriculos de alguns pretendentes norte-americanos a empregos interessantes.
Coisas como: "Eu sou membro da família Kennedy."
Logo aqui algo se impõe: para quê adulterar um currículo?
Eu sei que pode haver quem entre nós tenha o azar de ter no seu currículo "Licenciatura em Filosofia".
Mas... Porque não hão-de colocar isso no currículo quando concorrem para trabalhar nas caixas do Modelo?
Certo, tudo bem, há que adulterar o currículo de vez em quando.
Se, na realidade, muitos de nós fingem que trabalham, porque é que não hão-de fingir também o seu currículo?
O chato é quando dizem que tiveram experiência militar numa data anterior ao seu nascimento, tal como o estudo do careerbuilder.com nos apresenta...
É um problema que só esta geração nova tem.
Já malta como o Mário Soares, pode perfeitamente dizer que andou a combater as tropas de Junot durante a Guerra Peninsular.
Mesmo que não tenha andado, a sua idade permite tal inverdade.
E as suas bochechas também.
Mas o careerbuilder.com, como site de referência que é (ou então não é, mas achei engraçado usar esta expressão agora), deixa-nos alguns conselhos para a redacção do nosso currículo.
E um deles apela à nossa honestidade.
Eu acho bonito isto.
Especialmente se estiverem a concorrer para um lugar na administração de uma gasolineira.
Eu sei que não gostam de dizer que, durante a vossa infância, roubaram chocolates na loja de conveniência do vosso bairro.
Mas, acreditem: a direcção da gasolineira irá gostar de saber que vocês já têm experiência na actividade que irão desempenhar.
Sejam honestos.