O exército rebelde.
(Se com o título deste artigo fiz uma observação geek relativamente ao universo Star Wars, fi-la sem querer. Nunca vi nenhum filme da saga.)
Devo dizer que não tenho nada contra as forças militares de um país. Um país, com a breca, é coisa para precisar de agentes de segurança e vigilância a toda a hora! Não acham que as noites do Porto estão a precisar de um batalhão lá pela rua?
Mas não é só para isso que os militares servem. Missões internacionais, de salvamento ou de treino da nossa selecção de râguebi, a verdade é que a existência de forças militares num país como o nosso é essencial.
A vida militar, no entanto, não é assim muito atractiva. Convenhamos: Dormir num quarto com dez homens pode não ser o sonho de muitos. Vá, do José Castelo Branco é capaz de ser. Mas acho que se ele fosse para lá, os outros dez homens abandonariam a carreira.
(Isto digo eu, para que um ou outro eventual militar que me leia não implique muito comigo... Mas a verdade é que o mito da carreira militar costuma dizer o contrário! [Ora bolas, com isto os eventuais militares que me leiam vão mesmo bater-me!])
E o Brigadeiro David Allfrey, do exército britânico, sabe disso. (Heis a notícia.)
Sabendo disso, David Allfrey apresenta uma proposta perspicaz: Porque não pegar nos jovens delinquentes que passam os dias a roubar pessoas e carros nas nossas cidades e levá-los para a vida militar?
É bem pensado: Eles já devem saber como manusear uma arma! E sabem como roubá-la também!
Se o exército português fosse composto pelos delinquentes que se passeiam nas nossas cidades, tinhamos o melhor arsenal do mundo. Tinhamos o arsenal norte-americano!
Acho que eles até um porta-aviões conseguiam roubar sem que ninguém desse por isso!
Vá, secalhar precisavam de intimidar um segurança com uma navalha cheia de ferrugem...
Por outro lado, esta ideia dos delinquentes na guerra é muito bem vista: Se para a guerra fossem apenas os deliquentes das nossas cidades, as notícias que reportam a morte dos nossos militares não seriam tão penosas para a sociedade...
"- Olha, morreram cinco dos nossos numa emboscada armada pelo Hamas.
- Menos mau... Se ficassem vivos ainda vinham para Lisboa roubar carteiras!"
Agora tendo no nosso exército pessoas trabalhadoras e honestas, é uma choradeira sempre que algo corre mal lá fora.
No entanto, esta ideia seria péssima para o desporto nacional. Basta pensarem: Se esta medida tivesse sido implantada à dez anos em Portugal, não teríamos nenhum Quaresma na Selecção... Ou nenhum Miguel...
Seria chato. Com isto, o futebol passava a ser apenas um desporto para queques. E deixava de ter piada. Em campo, ficavam só jogadores como o Miguel Veloso, o Moutinho ou até mesmo o João Coimbra.
Manuel Fernandes? Nem vê-lo!
Estava com uma metrelhadora na mão a combater no Iraque ao lado do Freddy Adu!