É um assunto que já chateia, mas...
...está de volta.
Doping no desporto, amigos, é o tema que volta ao de cima neste blog.
Para os mais distraídos ou para aqueles que só agora se depararam com este blog, eis um pequeno flashback:
No Tour de 2007, quando eu ainda acompanhava algum ciclismo, surgiram vários casos de doping. E a 26 de Julho de 2007, escrevi isto neste blog.
No dia seguinte passava uma prova de ciclismo em Vila de Rei e eu, dado apreciar então a modalidade, escrevo isto.
Considerava eu o assunto arrumado quando a 23 de Agosto de 2007 surge um comentário a um artigo redigido 6 dias antes, acerca de um pormenor que me tinha faltado no início. A super-novidade deste comentário é que era escrito por um dos ciclistas que passara na prova em Vila de Rei e que tinha dado pela minha indignação.
Trocas interessantes de ideias ocorreram entre mim e esse ciclista, ao longo deste artigo (e respectivos comentários) e deste também.
Pouco mais de um ano passado, e com mais um Tour onde um dono da camisola amarela é expulso da prova devido a um controlo positivo, "Pedro Peixoto" sobe ao púlpito e diz que o meu cartaz de há um ano foi, e passo a citar, "a coisa mais estúpida que eu já vi na minha vida."
De facto, se há característica que eu não nego à minha pessoa, essa característica é a estúpidez.
Mas mais estúpido que ir para a beira da estrada acenar um cartaz para uma prova de ciclismo é ler um artigo com mais de um ano e não procurar no mesmo blog eventuais reacções ao mesmo... Caro "Pedro Peixoto", se não estiver a espalhar a sua ignorância por outros estaminés, sugiro-lhe a colecção de links que já mencionei em epígrafe.
Mas "Pedro Peixoto", sinceridade à parte, até demonstra alguma inteligência. Senão repare-se:
"Tem provas que os ciclistas da Voplta a Portugal do Futuro andam dopados? NÃO. Alias não foi nenhum apanhado."
O mais incauto teria concluído que, por não haverem provas que os ciclistas da Volta a Portugal do Futuro andam dopados, nenhum deles anda dopado. Mas "Pedro Peixoto" não conclui dessa forma!
Não, o que ele conclui é que "nenhum foi apanhado".
Façamos de novo uma inversão de raciocínio: se nenhum foi apanhado, isso não invalida a existência de um eventual dopado... Pois não?
Esse eventual dopado é que, por força das circunstâncias (ou graças a uma nova geração de EPO que só se falará no próximo Tour), não foi apanhado.
E diz "Pedro Peixoto"...
"Você é uma vergonha na sociedade."
Bolas, esta magoou. Mas não o nego, caro "Pedro Peixoto". De facto, não há nada em mim de que a sociedade se possa orgulhar. Não obstante, apraz-me dizer-lhe que o nome "Pedro Peixoto" nada me diz também...
Ainda assim... Não será maior vergonha para a sociedade ver Ricardo Riccò ser expulso do Tour por ter usado EPO?
"Pedro Peixoto" acaba o seu comentário dizendo:
"Sincera,mente, eu não desejo mal a nintguém mas você ja merecia um AVC."
E há aqui alguma ironia no meio disto, pois com este comentário, "Pedro Peixoto" parece querer defender os atletas dopados. Ou, pelo menos, não se preocupa em procurá-los...
E a ironia surge aqui: Caro "Pedro Peixoto", sabia que as probabilidades de ocorrer um AVC aumentam com o consumo de EPO?
Talvez eu mereça um AVC... Mas a julgar pela inexistência de casos na minha família (e também nas minhas idas à Igreja todas as semanas), será mais provável encontrar esses casos de AVC nos pelotões das provas de ciclismo que tanto defende.