Alto e pára o baile!
Os homens não se medem aos palmos.
Pelo menos, assim o diz o senso comum.
A meu ver, o que justifica isto é mesmo a vontade que todos temos em não ser ridículos.
Parecendo que não, ter uma pessoa a medir outra com as mãos...
Vá, seria ridículo.
Mas até que ponto a altura de um homem é importante?
Para um jogador de basquetebol é importante sim.
E para uma bibliotecária também.
Mas... E os outros? O padeiro, o portageiro, o guia turístico, o ministro?
De que interessa ao ministro ter dois metros de altura quando a vida dele é baixar-se perante a presenta do Primeiro?
Aparentemente, a altura não interessa para nada.
Mas se assim fosse, este artigo não existia.
(Aqui está o link para a notícia. Já é um clássico!)
Um estudo feito na Austrália concluiu que as pessoas mais altas têm maiores ordenados.
O que é estranho, porque ainda hoje reparei comparei o meu ordenado (que, como estudante, é nulo) com o do Simão Sabrosa, que ainda é uns centímetros mais baixo que eu, e não conclui o mesmo que estes cérebros australianos.
Por favor, não me venham com esta da altura agora.
Andei eu tantos anos a estudar para poder almejar um bom ordenado e, afinal, o segredo está na altura?
É que a altura eu não a posso treinar.
É algo com a qual se nasce.
E eu, claramente, não nasci para ser alto.
Pior ainda: pelo que tenho visto, os homens que nascem baixos e tentam ser altos não passam de uns travestis.
Afinal, qual é a vantagem de ser alto?
Eu não percebo.
Ainda assim, é normal: Eu sempre fui um bocado lerdo.
Sento-me então e bebo um reflectivo sumo de laranja.
Há muito que as mulheres usam saltos altos, e com isso quase fizeram esquecer o machismo que caracterizava a sociedade dos anos 50.
E os jogadores de futebol, bem vistas as coisas, ainda usam umas chuteiras que os fazem três centímetros mais altos, e esses até têm uma boa vida.
E depois temos o Sarkozy, que com uma sola de sete centímetros consegue ser Presidente da França e partilhar a mesa de jantar com a Carla Bruni.
Eu não percebo, mas aparentemente está à frente dos nossos olhos:
Ser alto é sinónimo de sucesso.
Aliás, só isso justifica o insucesso de Marques Mendes na política.
Só isso.
Mas eu não acredito nisto.
Eu quero crer, porque me dá jeito, que a altura não é assim tão importante na definição do nosso ordenado.
No entanto, trata-se de fé apenas.
Porque os factos não mentem: O Marco Horácio é baixo e, coitado, tem de se contentar a apresentar aquele programa estúpido da SIC.
Soltem a parede.
De betão.
Em cima dele.