Indonésia.
Caros:
José Castelo Branco;
Cláudio Ramos;
Manuel Luís Goucha;
(Entre outros)
É com muito prazer que vos indico a porta de saída deste país que é Portugal, onde nunca foram perfeitamente percebidos e amados, e abro-vos a porta à Indonésia! A Indonésia é o país ideal para vocês, meus caros!
"Porquê?", perguntais vós... Antes disso, um pouco de história!
A Indonésia é por nós, portugueses, muito mal vista! Tudo isto por causa daquelas questões lá com Timor e tal... As milícias, a violência, o massacre lá no cemitério. No fundo, sempre achámos que aquele país era de muito má onda.
A verdade é que este país, com tanta guerra e tanta força evidenciada, parecia ser um território de valentes homens. No entanto, nunca se ouviu falar em macho indonésio, ao contrário do 'nosso' macho latino. E talvez não seja por acaso...
Com tanta guerra, talvez no fundo de muitas trincheiras, homens e mais homens ali ao monte juntavam-se até que, um dia, repararam: "E as mulheres?". E, muito possivelmente, lá se esqueceram da existência delas e tornaram-se gays...
"Caramba, Miguel, mas de onde é que raio caíu essa ideia?"
Eu explico: Nos últimos dias, enormes manifestações violentas ocorreram em Jacarta, a capital do país mais gay do mundo, a Indonésia. "País mais gay" pois estas manifestações tinham como mote o seguinte: "Não queremos a Playboy no nosso país!"
Basicamente, a revista norte-americana decidiu criar uma publicação na Indonésia, com vista ao mercado da zona. Cientes dos preconceitos desta sociedade, os tipos decidiram publicar fotos menos "agressivas" às mentes dos indonésios, com as meninas vestidas e com poses menos lascivas. Mas nem assim! Parece que os indonésios tem algo na mente na onda do "Sem burka, não são nada!". Ou, pelo menos, assim parece...
A verdade é que extremistas da Frente dos Defensores do Islão manifestaram-se de tal forma que a publicação não passou do número inaugural.
Depois disto, várias ideias me ocorrem, entre as quais a seguinte: Caros indonésios, vocês não gostam de mulheres, é?
Quase que aposto que neste país o jornal mais vendido deve ser o desportivo... Mas pelas fotografias, claro está!