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há Dias assim...

Há dias históricos, banais, marcantes, deprimentes, excelentes, maus, magníficos, secantes, fantásticos, desinteressantes e, quiçá, bons. E depois também há Dias assim... Se gosta de Dias assim, parabéns. Está no blog certo.

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há Dias assim...

02
Fev09

Uma lição de vida.

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Apesar de tudo, tenho para mim que a vida de ladrão não é fácil.

Bem vistas as coisas, para uns é preciso saber usar uma arma.

Para outros, vestir o equipamento, empunhar o apito e ir para o relvado numa noite chuvosa.

E para um grupo restrito, é preciso convencer metade da população portuguesa a votar neles.

Daí que eu me mantenha fiel a esta ideia de que é possível sentir-me realizado vivendo honestamente, por muito que os gestores do Banco Privado Português tentem desmentir.

 

No entanto, bem sei que é habitual achar-se que quem rouba tem uma vida mais fácil.

E eu não quero aqui ser advogado do diabo nem tão pouco dos seus mais dignos representantes neste mundo, mas apraz-me neste momento mostrar-vos a notícia que no próximo parêntesis se encontra hiperligada.

(Aqui mesmo.)

 

Em Marselha, no país do queijo e do champagne, um ladrão abriu um buraco na parede de um edifício contíguo a uma dependência do Banque Populaire, com a intenção de chegar ao cofre, e acabou... Nas casas-de-banho do dito banco.

Será que agora me percebem, caros leitores?

Ser bandido não é para qualquer aselha que não sabe ler plantas de edifícios, não.

Ser bandido é ser engenheiro, mesmo não o sendo na realidade, e saber o momento oportuno para efectuar os seus actos.

(Qualquer ligação entre a última frase e o caso Freeport é mera coincidência.)

 

Este senhor de 21 anos que tentou chegar ao cofre do Banque Populaire achava que a vida de bandido é fácil, mas na verdade não é.

Retoricamente, lanço a questão: Como é que se pode tornar a vida de bandido mais fácil?

E mesmo sabendo que, ao responder a isto estarei, de certa forma, a incitar o banditismo junto de quem me lê, não cedo à tentação de vos dar a solução.

A meu ver, o que os bandidos deviam fazer era deixar de ter objectivos e roubar por puro prazer.

 

Abrir buracos nas paredes em direcção a um banco e, chegado lá, roubar o que apanhar.

Loiça de casa-de-banho, porque não?

Os ladrões dos dias de hoje é que deixam de parte a inteligência e dão mais importância a outras características da sua personalidade, nomeadamente a idiotice.

Mandar uma parede abaixo para sacar um bidé de uma casa-de-banho de um banco é, a meu ver, uma história épica para se impressionar miúdas à noite num bar.

E isso é meio caminho para se sair da miséria, se se frequentar o mesmo bar que a Paris Hilton.

 

Quanto à história do Banque Populaire, espero que a dita casa-de-banho tivesse, pelo menos, papel higiénico quando o ladrão chegou lá.

Para este poder, com dignidade, chorar sobre a sua estupidez, tendo uma folha dupla de Scottex para absorver as lágrimas.

Coitado do bandido.

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