I'm writing in the rain.
Muitos têm sido os artigos escritos neste blog que abordam a temática do bandoleirismo.
E poucos aqueles que, ao apresentar na primeira frase uma palavra bem cara, a definem de seguida.
É nisso que este artigo se vai distinguir: Eu ainda hei-de explicar-vos o que é o bandoleirismo.
O bandoleirismo é a arte de roubar.
E não será por acaso que o termo "bandoleiro" se aproxima tanto do termo "bandeirola".
Já o disse várias vezes: ser bandoleiro não é fácil.
E também já disse que eu próprio não tenho capacidades para ser bandoleiro.
É por isso que eu não tenho nos meus planos para o futuro ser administrador de banco nenhum.
E digo isto pois, tal como o tenista não joga quando chove, o esquiador não corre quando não neva ou o surfista não vai para a água quando não há ninguém na praia para se poderem exibir, também o ladrão não deve sair de casa quando o tempo está húmido.
E eu até gosto de chuva, devo confessar.
(E aqui, claro, podem encontrar um vídeo de Manuela Ferreira Leite a fazer massagens a José Sócrates. Ou então encontram a notícia que pretendo comentar neste artigo. Cliquem e esclareçam-se.)
Em Sydney a polícia foi chamada a meio da noite para salvar um ladrão que ficou preso no telhado de uma fábrica que pretendia assaltar.
Anos e anos a desenvolver vedações electrificadas, sistemas de videovigilância com visão nocturna e posters da Lili Caneças em trajes menores e, afinal, a melhor forma de afugentar ratoneiros é com... Chuva.
E uma cobertura bem inclinada, se faz favor.
A água sempre foi nossa amiga, por muito que em Phuket se pense o contrário.
Sem água não haveria vida.
Sem água não tínhamos gelados Calippo.
Sem água não haveria concursos de "Miss T-Shirt Molhada".
Mas aparentemente a água também é capaz de tratar da saúde do mais idiota larápio.
Talvez por isso Bernie Madoff esteja no Guiness Book pelo maior guarda-chuva do mundo.
É para não se molhar. Ou então para sobreviver.
Um mundo onde a polícia responde ao alarme de uma fábrica e acaba a apanhar um ladrão em flagrante delito parece, afinal, uma utopia.
Este nosso mundo, afinal, vê na polícia o salvador de ladrões, quando a coisa lhes corre mal.
Para salvar este gatuno de 53 anos, as autoridades precisaram de um camião de bombeiros com uma escada extensível e um helicóptero. E três horas de trabalho.
Para salvar um ladrão.
E quando o Simão Sabrosa tenta responder a um centro do Agüero? Não lhe podem emprestar a escada por um bocadinho também?