Afeganistão: O local ideal para viver.
Escolher um local para viver é sempre difícil.
Ou porque a casa é pequena, ou porque a Ana Malhoa vive ao lado e costuma cantar no duche, a verdade é que encontramos sempre imensas condicionantes para a escolha da nossa casa.
Mas as nossas escolhas mudam com a idade ou com a nossa actividade. Quando somos mais novos, queremos espaço para brincar! Um jardim amplo, com espaço para correr! Quando envelhecemos, queremos apenas espaço para ter um sofá enorme, uma televisão enorme e a Telepizza perto de casa.
É normal, parece-me. Mas heis a questão do dia:
Qual será a casa ideal para um militar?
Sim, já estou a imaginar-vos a meditar sobre o assunto:
- "Uma casa com espaço para um ginásio privado, pois os militares têm de estar sempre em forma..."
- "Ah, não, uma casa perfeita para um casal que raramente se encontra junto, com camas grandes e um jacuzzi para o casal, pois os militares passam muito tempo fora de casa em missões."
- "Uma casa que tenha um mastro para ter a bandeira nacional e onde todos os dias possam ter as sempre respeitadas cerimónias do hastear e arriar da bandeira!"
É claro que isto depende dos militares em questão. Mas o The Sun lembrou-se disso e fez um inquérito (Heis a notícia, caros leitores.)! E concluiu que a maioria dos militares britânicos que estiveram em missão no Afeganistão preferem viver no quartel do campo de batalha, nos arredores das grandes cidades do Afeganistão, a viver sua casa em Inglaterra!
Sim, os militares preferem dormir em camaratas, com outros militares ao monte, e sem grandes condições de higiente!
Eu nunca estive num cenário de guerra. Já vi muitas na televisão: Guerras como a do Afeganistão, do Iraque, do Kosovo ou a do Estádio da Luz quando o F.C. Porto jogou lá há uns tempos... E, mesmo baseando-me apenas nas imagens que vejo, presumo que aquilo deva ter assim um ambiente pesado. Ali não se discute: dispara-se!
Mas os militares preferem aquele ambiente ao ambiente calmo em sua casa.
Bom, uma coisa me parece linear: Em guerra não devem haver grandes preocupações com a sociedade ou até mesmo com os nossos familiares. Bolas, estão sempre debaixo de fogo! Se nem naquele ambiente o ser humano for egocêntrico por natureza, onde será? Ali cada um salva-se como puder! E se der para se salvarem em equipa, isso sim é ideal.
Assim sendo, e dado que o inquérito foi feito a militares britânicos, penso que esta deve ser uma das vantagens que eles encontram: Como estão só a pensar na vida deles, nem reparam que podem ter uma filha chata que não os deixa em paz nos jantares com os amigos e que, de forma humana e responsável, a enchem de calmantes e a deixam em casa sozinha, com os seus dois irmãos gémeos mais novos. É bem visto. Egocêntrico, mas bem visto.
Será que a vida na guerra é boa? Será que eles comem bem lá? Caviar ao almoço, camarão pela ceia... Será isso que os faz preferir a vida em cenário de guerra?
Ou será o espírito de grupo? Mas se querem espírito de grupo, vão para o futebol! No futebol, até um grupo de vinte e três pessoas (Com culturas diferentes: Uns brasileiros, outros portugueses...) são capazes de se unir e defender o seu sargentão, que antes tinha tentado agredir um elemento da equipa adversária! Querem melhor espírito de grupo que este?
Os militares britânicos têm gostos estranhos, sem dúvida.
Depois disto, se me disserem que eles fazem uma corrida para ver quem é o primeiro a apanhar o sabonete durante o duche, eu acredito.
Acredito e vou estudar, para que o meu futuro não seja de arma na mão.