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há Dias assim...

Há dias históricos, banais, marcantes, deprimentes, excelentes, maus, magníficos, secantes, fantásticos, desinteressantes e, quiçá, bons. E depois também há Dias assim... Se gosta de Dias assim, parabéns. Está no blog certo.

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há Dias assim...

05
Mar08

A classe do futebol não está só nos pés do Rui Costa.

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Muitas das pessoas com quem privo já o sabem: eu estou a perder gradualmente o meu interesse pelo futebol.

Ou melhor, não é tanto o interesse, mas sim o fanatismo irracional.

Aquele fanatismo que diz que, mesmo a 12 pontos do F.C. Porto, o Benfica ainda vai ser campeão.

 

Estou a chegar a uma fase onde apenas aprecio o desporto como ele é, e não de uma forma parcial, que torce por uma determinada equipa apenas porque quando era petiz me disseram para gritar "Benfica!".

E uma das coisas que me faz perder o interesse pelo futebol é a falta de primor na escolha de nomes.

"Ah, Pedro Manuel Torres não... Pedro Mantorras!"

"Anderson de Sousa fica mal... Usa antes Deco, pá!"

 

Isto, desculpem-me, é primitivo.

E o futebol só perde com estes diminutivos.

Se o nosso Primeiro-Ministro jogasse futebol, aposto que o seu nome na t-shirt era "Sócras".

Como não é esse o nome que ele usa na política, mantém um aspecto credível e respeitável.

Coisa que jogadores como "Liedson" já não têm.

 

Há, no entanto, um jogador de futebol holandês que se notabiliza nesta questão dos nomes.

De seu nome Jans Johannes Vennegoor of Hesselink.

Qual o seu nome na t-shirt? Jans? Johannes? Não.

 

 

Vennegoor of Hesselink.

Eu investiguei e descobri que ele possui este nome porque, em tempos, duas famílias poderosas da Holanda relacionaram-se: a família Vennegoor e a família Hesselink.

Como as duas tinham igual estatuto social, era necessário que ambos os nomes vigorassem com igual importância nos bilhetes de identidade dos seus descendentes.

E o "of" holandês equivale ao "e" e português.

Vennegoor of Hesselink, na Holanda, soa como Campos e Cunha nos soa a nós.

E há algumas semelhanças:

Campos e Cunha percebe muito de dinheiro.

Vennegoor of Hesselink recebe muito dinheiro.

 

O que eu acho fantástico é que Jans Johannes não esteve com meias medidas e exigiu:

"Epá, tratem-me apenas por Vennegoor of Hesselink."

Como quem entra num restaurante e diz:

"Epá, para a entrada era só uns rissóis, uns croquetes, umas mini-tostas com paté e outras com salmão,uns frutos secos,um delicioso Moscatel de Favaios, um gin, um copinho de Vinho do Porto, um whisky e um Martini. Depois eu peço o resto, 'tá bom?"

 

Mas Vennegoor of Hesselink, a meu ver, merece o nosso respeito.

Porque consegue ter um nome de cavaleiro real, sendo apenas ponta-de-lança.

E secalhar só está a jogar no Celtic por causa do seu nome de cavaleiro real.

O que tem lógica: Em tempos o Celtic apostou em Cadete e a sua armada não lhes deu nada...

Agora que aposta em cavaleiros reais, já tudo corre melhor.

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