O mundo ao ritmo de três cores.
A Suécia, segundo muitos, é apenas mais um país de loiras. Não discordo, é certo, mas parece-me que nesse nórdico país há mais coisas interessantes, como os carros Volvo ou as músicas dos Abba. (Ok, talvez as músicas dos Abba saiam da categoria "interessantes" que criei na frase anterior...)
Mas há mais coisas vindas da Suécia que são engraçadas! Por exemplo, esta bela história de (Qual Tom Hanks sozinho na ilha!) um homem que simplesmente esteve fora deste mundo durante algum tempo! Este senhor, que pediu confidencialidade, voltou a conduzir o seu velho carro mais de quarenta anos na zona da pequena vila de Holmsjoe depois de ter abandonado a condução! Quarenta anos, meus amigos!
E perguntam-se vocês: "E isso é motivo para dizeres, caro Dias, que o senhor esteve fora deste mundo durante algum tempo?". E eu respondo: Só isto, não. Na verdade, o senhor já não conduzia à mais quarenta anos, e quando se lembrou de levar o seu veículo a uma inspecção periódica, posicionou-se na estrada como se fazia no seu tempo. Surpreendido ficaria ele quando veio a descobrir que, em 1967, passou-se a circular pelo lado direito da estrada! E ele, coitado, lá ia pela esquerda...
A verdade é que este tipo de problemas ocorrem frequentemente! Pessoas que parecem estar fora durante muito tempo e depois, quando regressam, já não se integram no mundo como deve ser, pois este evoluiu um bocadito. Nós em Portugal temos exemplos destes! Por exemplo: O corte de cabelo do Pacheco Pereira está relativamente desactualizado! Aquilo estava certamente na moda em 1975... Mas desde então trinta e dois anos passaram, caro Pacheco!
Já o senhor da Suécia, este ainda se manteve na estrada durante algum tempo, até que embateu num semáforo. E este, parece-me, é o momento ideal para eu falar um pouco desse sistema fantástico que a Humanidade decidiu criar há alguns anos: O semáforo!
O semáforo é a pauta dessa melodia que é o cruzamento... Não acham? O semáforo demonstra-nos que enquanto que uma imagem vale por mais de mil palavras, uma cor apenas nos diz uma: "Pára". E tinha de ser a cor vermelha!
O semáforo é a Fátima Campos Ferreira desse debate que é o cruzamento. É o semáforo que dá a prioridade a uns, cala os outros, enverva os que parece esquecer... O semáforo tem poderes únicos na nossa sociedade, e parece-me que este país só avançará para a frente quando houver um semáforo no púlpito da Assembleia da República.
E o semáforo sabe disso. O semáforo sabe que pode ser decisivo para este mundo! De tal forma que tem ganho novas utilidades recentemente: Ele avisa-nos quando vamos a andar depressa no nosso carro. Aquele amarelo seguido do vermelho são o equivalente ao que Sócrates terá dito ao Manuel Pinho depois das suas declarações na China: "Mas tu estás doido?".
O semáforo é, sem dúvida uma ferramenta essencial para a nossa evolução! É um sistema imprescindível para uma civilização que se quer desenvolvida. Porquê é que a Serra Leoa tem tantos problemas sociais e económicos? Porque não tem semáforos! Porquê é que eu hoje almocei tarde? Porque não tenho semáforos em casa!
O semáforo está aí para ficar, e o futuro conta com ele. E nós também!